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A retirada ‘estratégica’ de um punhado de livros

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A minha casa está uma loucura só. Há pouco tempo, optei por uma pintura externa, mas depois percebi que as janelas estavam perrengues e lá vamos nós trocar as tais janelas, mas ao substituí-las, percebi que a pinturas dos dois quartos ficaram detonadas; aí... toma pintura total nos dois quartos. Acabou? Bem que eu queria, mas infelizmente ainda tem mais vendaval pela frente. Agora é o assoalho de tacos e madeiras de lei que ficaram completamente destroçados com o arrasta móveis pra lá e pra cá.
- “Mô, vamos reconstituir tudo isso aqui com sinteco”, sugere Lulu.
-  “Ok, Ok, vamos nessa”, concordo.
E assim, começa o pega pra capá. Implantei uma força-tarefa de recolhimento de livros da minha estante. –“Em dois dias faço isso”, disse. O tonto aqui, mal sabia o que ainda estava por vir. Dois dias não foram suficientes para acondicionar as obras em caixas ‘hermeticamente’ fechadas e catalogadas.
Vencido o prazo, a equipe responsável pela aplicação do sinteco chegou, literalmente 
 babando. Tigrão era o apelido do sargento que comandava a equipe. Gostei do cara: educado e com um poder de convencimento sem igual. Ao contrário de seu apelido, o cara era "mando" e com a fala mais mansa ainda. E foi assim que ele revelou que teria de começar o seu trabalho imediatamente, sem condições de adiamento de prazo,já que os seus 'soldados' tinham novas missões agendas. Nem mesmo Lulu - tenho de fazer força para não rir quando ela o chama por 's-e-o' Tigrão - conseguiu demover o sargentão de seu intento.  
E nessa história de cumprimento de prazo fui obrigado a ‘semi-organizar’ uma autentica operação de guerra, visando uma retirada estratégica dos meus livros das estantes. O objetivo era resgatá-los sem nenhum ferimento ou baixas. Queria todos sãos e salvos. Cara, me senti um verdadeiro sargento comandando um pelotão antes do ataque em massa do esquadrão rival.
No desespero valeram todas as táticas, incluindo as mais absurdas. Parte da minha tropa – digo livros – foi conduzida ao banheiro de um dos quartos. E por lá ficaram acomodados em cima de banquetas, numa tábua sobre o vaso sanitário, na pia e até mesmo no gabinete do toalete.
Outra parte da tropa foi conduzida – com alguns ferimentos, mas sem baixas – para um local secreto escolhido por Lulu, onde a poeira e os gazes tóxicos emanados pelos equipamentos dos comandados de Tigrão não pudessem chegar.
Minha Nossa!! Nem mesmo o quartel general; quero dizer, as prateleiras da minha tropa escaparam da fúria dos “inimigos”. Pó e poeira vermelha por todos os lados.
Bem galera, o jeito agora é recomeçar. Esperar que a tão propalada reforma de my house termine para reagruparmos a ‘tropa’ e voltarmos a gostosa rotina de leitor inveterado.
Peço ainda desculpa pela desacelarada  no ritmo das postagens. Tudo efeito dessa correria que acabei de lhes contar. Espero voltar ao ritmo normal o mais breve possível.
Inté!



Sete ossos e uma maldição

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Contos com finais devastadores, mas não todos. Se tivesse que analisar em poucas palavras o livro “Sete Ossos e Uma Maldição” da escritora e jornalista carioca Rosa Amanda Strausz, esta seria a melhor maneira.
Quatro histórias – “Crianças à venda. Tratar aqui”, “Dentes tão brancos”, “O fruto da figueira” e “Morte na estrada” – são verdadeiras obras primas do gênero terror. Eles arranham, machucam, enfim, deixam o leitor incomodado com aquele calafrio que começa na nuca e termina na base da espinha. E para que uma história de terror, seja no formato conto ou livro, possa ganhar o status de ‘obra-prima’, ela deve, antes de tudo, incomodar. Mexer com aquele medo secreto que todos nós temos e que fica muito bem escondido em nosso íntimo. E estes quatro contos de Strausz fizeram isso comigo.
Quanto aos outros seis, não. Até achei o desenvolvimento dos seus enredos convincentes, mas quando chegou a hora da conclusão, de fato, não me convenceu. Achei os finais dos contos: “Devolva minha aliança”, “Os três cachorros do senhor Heitor”, “O chapéu de guizos”, “Sete ossos e uma maldição”, “A procissão” e “O elevador” pouco atraentes.
O final insosso foi realmente uma pena em “Devolva minha aliança”, já que o enredo foi muito bem desenvolvido pela autora. Cara, o leitor fica o tempo todo pensando em como será a vingança da noiva que morreu recentemente e teve a sua aliança furtada em seu tumulo por um adolescente. Putz, então vem aquele final morno. Desculpe-me, morno não; frio, mesmo. O mesmo acontece com “Chapéu de guizos”, “A procissão” e “Sete ossos e uma maldição”, conto que empresta o título à obra. Achei o final deste último comum de mais, nada de sobrenatural, e sem direito até mesmo aquele medinho bem réba.
Dois pontos positivos do livro são a gramática e os diálogos impecáveis e o layout, incluindo as ilustrações internas (cada conto com direito a uma ilustração). Que show!
Vamos conferir um pequeno resumo dos contos
01 – Crianças à venda. Tratar aqui.
Este é fodástico. Daqueles que provocam medo e mal estar. O final, então. Brrrrrrrrrrrr. Caraca, me coloquei no lugar da irmã do Fabiojunio e juro que quase borrei as calças. Strausz conta a história de uma mãe oportunista que, por viver na miséria, decide colocar à venda os seus filhos, em busca de melhoria de vida para as crianças, mas principalmente para ela. Cada um dos menores foram sendo comprados por famílias ricas até que sobrou somente um, o tal do Fabiojunio que acabou vendido para um casal muito estranho. A irmã do garoto decide investigar mais a fundo os novos pais e descobre algo aterrorizante.
02 – Devolva minha aliança
Dois amigos vão ao velório de uma noiva que tinha falecido no dia do seu casamento. No enterro, eles vêem que no noivo, inconformado, joga a aliança dentro da cova. Quando todos vão embora, um dos amigosvai até o cemitério e rouba a aliança da defunta. Tudo vai bem até o dia – melhor dizendo, a noite – em que a noiva decide se levantar da cova para reaver a sua jóia furtada. Ocorre que o garoto, autor da “proeza” acaba perdendo a aliança e não tem como reparar o seu erro. Um conto que tinha tudo para ter um final macabro, mas ficou devendo e muito.
03 – Os três cachorros do senhor Heitor
Decepcionante. O início chega a convencer, mas então, a história vai esfriando... esfriando... e implode.
Quando Zé Luiz, um menino com cerca de dez anos, é encontrado morto, atrás do banco da pracinha, Marcelo, Tito e Rosana, se perguntam o que teria acontecido com o garoto, já que as causas da morte são desconhecidas. Depois dele, outras crianças e adolescentes começam a aparecer mortas. Todas com o mesmo sinal: uma expressão de pavor no rosto, o que leva a crer que elas morreram de medo após terem visto algo pavoroso.
Decidido a esclarecer o mistério, Marcelo, amigo de Zé Luis – decide investigar as causas das mortes. Ele esclarece o caso, mas não sem antes pagar um preço muito caro pela sua descoberta. Fraca a história, mais fraco ainda o final.
04 – Dentes tão brancos
O melhor de todos os 10 contos. Na minha opinião, superou até mesmo o fantástico “Crianças à venda. Tratar aqui”. A autora conta a história de uma garota muito bonita que é convidada para uma festa a fantasia de uma amiga com o tema “A Morte”. Andréia vai vestida de uma garota romântica do século XVI, iguais aquelas do Romantismo que morriam belas e castas. Na festa, ela acaba conhecendo um belo rapaz que toca violino, mas esconde um lado misterioso. Já adianto que com o desenrolar do conto, o “belo” rapaz irá provocar arrepios de medo no leitor. O conto termina de uma maneira terrível.
Aliás, dois momentos marcantes que mais me impressionaram na leitura de “Sete ossos e uma maldição” foram a maneira como o rapaz misterioso se apresentou à Andréia, descendo do palco de uma maneira muito esquisita e antinatural; e também quando uma mulher acorda com o demônio sentado de cócoras em sua cama no conto “O fruto da figueira velha”. Mas isso é assunto para daqui a pouco.
05 – O chapéu de guizos
Fraco. É sobre um garoto que houve vozes desde que era pequeno. Certo dia, mexendo num baú repleto de quinquilharia, ele descobre a miniatura de um chinês com um chapéu de guizos e começa a ouvir a voz dele que o induz a fazer coisas contra a sua própria vontade. O conto é tão fraquinho que não tenho nem mais o que escrever.
06 – Sete ossos e uma maldição
Não merecia ser escolhido para dar nome ao livro. Clara sempre acordava assustada no meio da noite após sonhar com uma mulher de silhueta assustadora que sussurrava: “Meus ossos”. Sua tia espírita a orienta queimar todos os objetos de seu quarto numa fogueira para purificar a casa. Logo depois, os pais de Clara compram novas mobílias para o seu quarto. Dentro de uma caixa, a garota descobre uma pequena boneca muito bonita chamada Muriel. É a partir daí que os seus problemas de Clara recomeçam. O enredo é interessante, merecia um final muito melhor.
07 – O fruto da figueira velha
Mil vezes caraça!! Este me deixou tonto de medo. O momento em que uma mulher acorda com o coisa ruim ao seu lado na cama, olhando fixamente para ela. Uhuhu!! Quase me borrei inteiro. Strauz escreveu esse conto de maneira magistral, fazendo com que o leitor mergulhe de cabeça na história, louco para saber o seu final.
Denise não acreditava em casa mal assombrada, por isso não esquentou a cabeça com ‘bobagens’ quando encontrou um imóvel dos seus sonhos. Nem mesmo deu atenção aos vizinhos que ainda tentaram lhe alertar da procedência da casa misteriosa.
Após seu casamento com Tiago, o casal se mudou para a nova casa. Em sua primeira noite, depois do jantar, Denise pegou um fruto de uma velha figueira localizada ao lado da casa. Mal sabia ela, que aquela árvore... Bem, melhor você ler o conto.
08 – A procissão
Também não gostei. Quatro amigos estão caminhando, mas só um deles chamado Adriano consegue ver uma procissão. Tomé, Carlos e Marita não vêem nada. Além de assustado, Adriano não entende como só ele podea ver uma procissão formada só por mulheres com uma expressão triste. Adriano vê um único menino na procissão, ele está na última fileira sendo segurado por duas mulheres. Quando o garoto é encontrado morto na manhã seguinte, Adriano chega a conclusão de que precisava descobrir a verdade.
09 – Morte na estrada
Este conto utiliza como base uma lenda urbana muito popular entre os americanos e que acabou se espalhando para outros países, inclusive o Brasil. Trata-se da história de uma família que viaja de carro quando à beira da estrada, surge uma mulher desesperada pedindo socorro. Ela avisa que tem um carro caído numa ribanceira próxima dali com três crianças feridas dentro dele. A família pára e segue a mulher até o local do acidente. Ao chegar lá, eles descobrem um carro acidentado e, de fato, com três crianças  feridas, mas vivas. Ao volante, está a mãe delas, morta: a mesma mulher que estava na beira da estrada e avisou sobre o acidente.
Não soltei nenhum spoiler, já que o trecho que descrevi acima é revelado logo na primeira página do conto. O pega-pra-capá vem depois disso. Valeu muito a leitura, principalmente pelo susto e pela surpresa final.
10 – O elevador
Outro conto que não me atraiu. Um prédio antigo e perto do abandono. Um garoto curioso que se muda para o ‘prédio-mausoléu’ juntamente com o seu pai. E para completar o quadro tétrico, um elevador com ‘pinta’ de mal assombrado que resolve funcionar, por conta própria, depois de muitas décadas. “O elevador” tinha todos os ingredientes para ser uma história aterrorizante, mas não deu.
Pelo menos, eu não gostei. O suspense inicial não foi mantido durante a narrativa e o final, achei decepcionante. Sei lá, uma questão de gosto.
Já li resenha sobre a obra, na qual o blogueiro adorou todas as histórias do livro. Um fato não posso negar: Strauz dá um show de gramática. Ela escreve muito bem e os diálogos dos personagens são perfeitos.

Mas não temos como negar que num livro de contos, raramente todos são considerados bons. Haverá sempre algumas ovelhas negras. Cara, isso é normal! Nem mesmo o mestre Stephen King consegue escapar dessa máxima.

Edição ilustrada de Harry Potter e a Pedra Filosofal chega em junho ao Brasil. Livro terá mais de 100 ilustrações!

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Cara! Imagine só uma edição ilustrada de Harry Potter?! E desenhada por um cara que  ganhou a condecoração “Kate Greenaway Medal”, prêmio literário internacional para ilustrações em livros infantis. O sujeito é considerado o mago das ilustrações. Os seus traços ultrapassam a perfeição. Este sujeito se chama Jim Kay e recebeu rasgados elogios da exigente J.K. Rowling, a idealizadora da saga do menino bruxo. Segundo ela, as ilustrações criadas por Kay a tocaram profundamente: "Adoro a sua interpretação do mundo de Harry Potter. Sinto-me grata e honrada por ele lhe ter emprestado o seu talento", destacou a autora.
Tudo indica que os sete livros da saga ganharão a sua edição ilustrada, começando com “Harry Potter e a Pedra Filosofal” que já está em pré-venda nas principais livrarias virtuais. A previsão de lançamento é para o dia 07 de junho.
Nos Estados Unidos, o livro de J.K. Rowling com as ilustrações de Kay foi lançado pela editora Scholatic e, no Reino Unido, pela Bloomsbury. Aqui no Brasil, a obra traduzida chegará às livrarias pela Rocco. 
Além das ilustrações que prometem arrasar, a obra de 256 páginas terá ainda capa dura hiper-trabalhada, sobrecapa, miolo em papel couchê, marcador de páginas, além de ser protegida por uma luva ilustrada.. Mil vezes caraca! Só posso dizer fantastic!!
A edição brasileira não ficará muito diferente da original publicada pela Bloomsburry. Com projeto gráfico sofisticado, o livro terá mais de 100 fotos. Galera, eu disse 100 e não 10, 20 ou 30! Sem dúvida alguma, o livro fará a cabeça não só das crianças e adolescentes, mas também dos adultos Pottermaníacos.
A inglesa Joanne Rowling começou a escrever Harry Potter em 1990 e, somente em 1997, conseguiu publicar: Harry Potter e a Pedra Filosofal. Tendo ainda que alterar sua assinatura a pedido da editora, pois esta pensou que o nome de uma mulher não seria atrativo para o público-alvo de jovens garotos, assinando como J.K.Rowling (o K, de Kathleen, que era o nome de sua avó paterna)
Autora de um sucesso que revolucionou a literatura infanto-juvenil, os livros de J.K. Rowling já foram traduzidos para cerca de 70 línguas e a cada publicação de Harry Potter, um novo recorde de vendas é sempre batido.

Pois é, agora só resta contar nos dedos a chegada de 07 de junho para ‘agarrar’ a edição ilustrada do menino bruxo e começar a devorar as suas páginas e claro, as suas fotos.

Inté!

10 heroínas da literatura que arrebentaram a boca do balão

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Elas são decididamente fantásticas! Corajosas e arrojadas, espertas e dissimuladas, astutas e inteligentes. É a mais pura hipocrisia pensar que a literatura é um campo exclusivamente masculino. As mulheres também conquistaram o seu espaço e nas ultimas décadas assumiram o controle das páginas de diversos romances nacionais e internacionais, fazendo dos personagens masculinos meros coadjuvantes.
O que seria de Artur na lendária Batalha do Monte Badon se não fosse a intervenção de Guinevere? Quantas vezes Hermione livrou Harry Potter de enrascadas cruéis? E quanto a Hester Prynne que teve coragem suficiente para enfrentar uma sociedade purina nos primórdios da colonização da América do Norte por causa de um amor impossível?
Estas heroínas de “As Crônicas de Artur”, “Harry Potter” e “A Letra Escarlate” colocaram muitos heróis machões da literatura embaixo do braço. O post de hoje pertence exclusivamente a elas.
01 – Guinevere
Livro: “As Crônicas de Artur” (Trilogia)
Esqueça aquela princesinha ‘lesmatóide’, aculturada, romântica e que só sabe arrastar asas para o valente e bonitão guerreiro Lancelot, homem de confiança de Artur. A Guinevere de “As Crônicas de Artur” é uma mulher forte, corajosa e que assume as suas decisões. Enquanto a princesinha das lendas arturianas tradicionais tem pavor de armas; a personagem criada por Bernard Cornwell é uma caçadora talentosa e ao longo da história, desenvolve as suas habilidades, vindo se tornar uma guerreira nata, daquelas que encaram um campo de batalha forrado de brutamontes.
A participação de Guinevere na Batalha do Monte Badon foi decisiva para a vitória de Artur. Com sua armadura reluzente e seu arco, conseguiu derrubar vários inimigos, ajudando Artur a vencer esse sangrento combate em “Excalibur”, livro que encerra a trilogia arturiana escrita por Cornwell.
02 – Hester Prynne
Livro: A Letra Escarlate
A personagem do romance de Nathaniel Hawthorne pode ser considerada uma das mulheres mais corajosas da história da literatura. Apesar de ter comido o pão que o diabo amassou, sendo humilhada e espezinhada por uma sociedade puritana, Hester Prynne, jamais baixou a cabeça para nenhum homem ou mulher. Ela nunca abandonou suas convicções, a troco de nada. Aqueles que leram “A Letra Escarlate” sabem disso.
Na rígida comunidade puritana de Boston do século XVII, a jovem Hester Prynne tem uma relação adúltera que termina com o nascimento de uma criança ilegítima. Desonrada e renegada publicamente, ela é obrigada a levar sempre a letra “A” de adúltera bordada em seu peito.
Hester  se vale de sua força interior e de sua convicção de espírito para criar a filha sozinha, lidar com a volta do marido e proteger o segredo acerca da identidade de seu amante.
03 - Katniss Everdeen
Livro: Jogos Vorazes (Trilogia)
Graças a Suzanne Collins, os leitores teens ganharam uma das heroínas mais ‘fuçadas’ dos últimos tempos. Katniss Everdeen é quem dá as cartas na trilogia “Jogos Vorazes” adaptada com grande sucesso para as telonas.
Após a morte do pai, Katniss, então com 16 anos, foi obrigada a assumir a sua família, passando a cuidar da  mãe e da irmã. Munida apenas de arco e flecha, ela começou a caçar animais selvagens para o sustento de todos.
Depois desse teste, a garota teria ainda de enfrentar mais uma prova de fogo: participar de uma competição mortal, juntamente com outros jovens, chamada de Jogos Vorazes, onde apenas um conseguiria sair vivo Katniss vence a competição e ainda arruma tempo para liderar uma rebelião contra o sistema que promove tais jogos.
Que garota!
04 – Lisbeth Salander
 Livro: Trilogia Millennium
Cara, como sou fã dessa menina ousada! Lisbeth Salander é a protagonista da “Trilogia Millennium” do autor sueco Stieg Larsson. Ela e seu parceiro Mikael Blomkvist apareceram pela primeira vez no romance “Os homens que não amavam as mulheres”; depois vieram: “A menina que brincava com fogo” e “A Rainha do Castelo de Ar”.
Lisbeth é uma hacker. Não uma qualquer, mas uma das melhores. Toda tatuada, cheia de piercings e com  um visual punk, ela conquistou uma infinidade de leitores em todo o mundo.
A garota parece frágil e indefesa, mas não se enganem porque no fundo ela é fera. A personagem de Larsson faz justiça utilizando-se dos meios tecnológicos e não mede esforços para conseguir a “sua”  justiça. Lisbeth enfrentou e venceu muitos momentos difíceis em sua vida: conseguiu escapar de uma clinica psiquiátrica após ter sido injustamente internada, passou por abusos sexuais, um lar instável, foi enterrada viva, mas voltou ao mundo dos vivos e sofreu chantagens de seu tutor. Todos que a fizeram sofrer receberam o troco.
05 – Sherazade
Livro: As Mil e Uma Noites
As Mil e Uma Noites, uma das mais conhecidas obras da literatura mundial, provoca interesse por parte do ocidente desde quando o orientalista Antoine Galland recebeu manuscritos em árabe contando essas histórias, e decidiu traduzi-los para o francês, no início do século XVIII. A personagem principal desse romance antológico chama-se Sherazade. Considero-a uma das mulheres mais inteligentes e astutas dos enredos literários. Sabem como ela conseguiu ‘dobrar’ o poderoso sultão Sheriar que a queria matar? Contando histórias. Verdade! Não só ‘dobrou’ o sujeito como o fez se apaixonar perdidamente por ela. Vai ser boa de papo assim lá na Conchinchina!!
No livro “As Mil e Uma Noites”, o sultão está desiludido com as mulheres, pois acredita que todas elas são inféis. Por isso, para se vingar do gênero, decide desposar cada dia uma jovem e matá-la no dia seguinte da noite de núpcias. É nesse exato momento que Sheherazade, a filha do vizir, aparece como uma heroína que tenta salvar as demais mulheres do reino e recobrar a razão do rei. Ela solicita ao pai para desposar o sultão assassino e, na noite de núpcias, pede para contar histórias, pela última vez, para a sua irmã mais nova. Quando a manhã chega, ela interrompe a sua narrativa no clímax da ação, fazendo com que o sultão fique com muita curiosidade, e a deixe viver por mais um dia, com o objetivo de finalizar os seus contos. E é assim que ela sobrevive noite após noite, contando com a curiosidade do sultão para ganhar mais um dia de vida, desenrolando várias histórias para entreter o seu esposo. No milésimo primeiro dia, a raiva de Sheriar é abrandada e ele desiste de seu plano assassino.
Esperta ela, não acham?
06 – Mãe Joad
Livro: As Vinhas da Ira
O romance "As Vinhas da Ira", do escritor norte-americano John Steinbeck,  se desenvolve no período da Grande Depressão nos anos de 1930, no qual o flagelo de um país debilitado causava dramas naturais, como a miséria e o desemprego. O autor utiliza a família Joad como instrumento para contar o drama de milhares de pequenos agricultores americanos que durante o período pós- depressão foram obrigados a migrar da costa leste para a oeste, principalmente para o estado da Califórnia.
Mãe Joad é a força da família e, mesmo diante das dificuldades, consegue solucionar os problemas, mesmo sendo realista e sabendo das dificuldades nas quais a família está inserida.
A mulher é uma rocha e não esmorece, apesar dos grandes problemas que enfrenta. No enredo de John Steinbeck, Mãe Joad vive uma existência de perdas: perde a terra, a família e o filho querido. São perdas concretas insubstituíveis. Mas, mesmo assim ela é uma fortaleza, pois a união de sua família tem um valor enorme. No final do filme, ela diz: “...a mulher se adapta melhor que o homem. Um homem vive meio que, bem, aos solavancos. Bebês nascem e alguém morre, isso é um solavanco. Ele compra um sitio ou o perde, isto é um solavanco. Com a mulher, é constante como um riacho. Pequenos redemoinhos e cascatas, mas o rio continua.” Esta frase deixa evidente que mãe Joad não veio para brincadeiras em “As Vinhas da Ira”. A matriarca dos Joad possui uma percepção de gênero que transcende a dimensão de classe. É uma percepção concreta que incute uma sabedoria popular, de que a força está com a mulher. 
07 – Scarllet O’Hara
Livro: E O Vento Levou
Costumo dizer que Scarllet é capaz de tudo para conseguir os seus objetivos. Ela é fantástica a sua maneira. Concordo que Scarllet não agradou todos os leitores ou cinéfilos, mas independente disso, não podemos negar a sua coragem.
De menina mimada a heroína. Scarllet matou, roubou e enganou uma batelada de pessoas, principalmente homens, os quais mantinha sob os seus pés. Apesar de tantos defeitos, jamais abandonou a sua família e foi responsável pelo seu sustento durante o período pós-guerra.
"mocinha" corajosa e obstinada , porém, cheia de defeitos como qualquer pessoa real. Scarlett bebe , se insinua para um homem casado, come demais em público, negocia com os inimigos , cobra as dívidas dos amigos , aceita dançar mesmo estando de luto, enfim, desafia toda uma moral severamente respeitada pela sociedade a que pertence.
Esta é Scarllet O’Hara, uma das maiores musas da literatura, personagem principal do romance “E O Vento Levou” de Margaret Mitchell.
08 – Celie
Livro: A Cor Púrpura
Celie, personagem principal do livro “A Cor Púrpura” de Alice Walker, é uma mulher de fibra. Em 1909, numa pequena cidade americana, Celie, uma jovem com apenas 14 anos que foi violentada pelo pai, se torna mãe de duas crianças. Além de perder a capacidade de procriar, Celie imediatamente é separada dos filhos e da única pessoa no mundo que a ama, sua irmã. E para complicar, é doada para um sujeito bruto que a trata simultaneamente como escrava e companheira.
Celie fica muito solitária e compartilha sua tristeza em cartas (a única forma de manter a sanidade em um mundo onde poucos a ouvem), primeiramente com Deus e depois com a irmã Nettie (Akosua Busia), missionária na África.  Com o virar das páginas, Celie vai conquistando o seu espaço num ambiente preconceituoso, revelando o seu espírito brilhante, ganhando consciência do seu valor e das possibilidades que o mundo lhe oferece.
Uma mulher resiliente que jamais se quebra diante das adversidades da vida. Verdadeira vencedora.
09 – Hermione Granger
Livro: Harry Potter (Saga)
Talvez Harry Potter não estivesse mais no mundo dos vivos s e não fosse sua inseparável amiga Hermione Granger. Cara! Ela salvou o menino-bruxo de cada enrascada. Muitas vezes quando ‘o negócio’ esquentava era Hermione quem assumia o comando da situação. – “Exaaa comigooo!” Eta menininha porreta! Ela utiliza suas habilidades para ganhar independência, estando sempre pronta para aceitar novas responsabilidades. Inteligente, voluntariosa, esperta e muito corajosa. Parabéns para J.K. Rowling por ter criado uma personagem tão supimpa.
Hermione, sempre Hermione.
10 – Aethelflaed
Livro: Crônicas Saxônicas
A personagem do romance de Bernard Cornwell é simplesmente fantástica. Um exemplo de mulher. Além de muito bonita, Aethelflaed é corajosa, intrépida, inteligente e guerreira. A princesa de Crônicas Saxônicas usa toda sua perspicácia em “O Trono Vazio” visando tomar o trono da Mércia. Para conseguir o seu objetivo, ela passou, até mesmo, por cima de seu ardiloso marido, Ethelred que já estava com um pé na cova. Desta maneira, a filha do Rei Alfredo consegue uma verdadeira proeza: ser a primeira mulher em toda a história da Mércia a assumir o trono.
Aethelflaed é fodástica. Não tem como não se apaixonar por essa mulher. Enquanto seu marido Ethelred é um covardão de ‘mão cheia’, ela é uma guerreira completa; uma combatente de fazer inveja para muitos brutamontes com escudo e machado nas mãos. Como não bastasse, ela ainda é inteligente e perspicaz. Cornwell faz questão de destacar todos esses atributos da moça em “O Trono Vazio. É ela que salva Uhtred, em cima da hora, da humilhação de ter de se entregar – juntamente com as suas tropas – para um asqueroso inimigo à mando de Ethelred. Cara, ela sozinha, somente com a sua espada e a sua formosa égua branca Gast,  esculhamba o sujeito e seus homens, mandando-o seguir as suas ordens e não as de Ethelred.
Aethelflaed é fera!
Por hoje é só.

Fui, galera!

A história de um armário muito louco, seus livros e gibis maravilhosos

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E o ‘pega pra capa’ continua rolando solto lá em casa. Graças a Deus, a reforma está chegando ao fim. Entramos agora na fase da limpeza e arrumação dos móveis. Amanhã, pretendo começar a organizar os livros nas estantes. Este é o momento mais complicado do período pós-refrorma, mas com a ajuda de Lulu, com certeza, conseguirei realocar as minhas obras favoritas que no momento encontram-se “desacomodadas’, provisoriamente num sofá e também no chão da minha sala de leitura.
Mas no post de hoje, gostaria de falar sobre a descoberta de um outro armário. Apesar de não ter nada de secreto, como o saudoso armário de meu irmão (ver aqui), ele me presenteou com verdadeiras jóias raras que eu julgava perdidas.
Este armário fica na cozinha de casa e é enooorme! O engenheiro que fez o projeto da ‘obra’ deve ser um alien, daqueles que vivem em nosso planeta disfarçadamente, fingindo pertencer a raça dos terráqueos, como no filme “Homens de Preto” com Will Smith.
Mêo, o sujeito conseguiu embutir um armário gigante e profundo numa parede pequena e rasa! Certo dia, entrei no armário e comecei a medir a sua largura e profundidade. Caraca, parecia que a minha fita métrica era uma sonda de plataforma exploradora de petróleo e o tal armário, o próprio oceano! Imediatamente me lembrei daquela sala secreta da Escola de Bruxaria de Hogwarts, onde Harry Potter costumava guardar seus badulaques. Lembram-se dela? Quanto mais coisas o Potter guardava, mais coisas ali cabiam.
Acredito que ‘seo’ Basílio, o engenheiro que projetou o armário famoso tenha utilizado tecnologia alienígena. Tanto que acredito que ele não morreu, mas simplesmente retornou para o seu planeta de origem.
Dona Táta que contratei para fazer a faxina de casa, sentiu na pele o que é desafiar o desconhecido. Quando ela começou a limpar o armário do ‘seo’ Basílio quase teve um piripaque. – “PQP! Que armário #@&*%$#@*!! Quanto mais eu retiro as coisas, mais badulaqueira aparece!” – trovejou a faxineira. – “Parece que essa joça ta parindo”! – completou.
Acontece que a dona Táta é uma verdadeira boca-santa, um poço de tranqüilidade. Desde que a conheço, nunca a ouvi pronunciar um xingamento, uma ofensa qualquer. Mas o armário do ‘seo’ “Basílio, O Extraterrestre” conseguiu tirar aquela mulher do sério.
Para cada panela que ela tirava, surgiam outras três e assim, dona Táta foi entrando em pânico e ficando nervosa. Com isso, foi perdendo as estribeiras até deixar de ser a famosa boca-santa.
Vendo o seu desespero, eu e Lulu decidimos ajudá-la a ‘parir’ o armário com DNA Alien. Quando já estávamos quase vencendo-o  pelo cansaço, eis que descubro em um de seus compartimentos uma caixa de madeira, tipo bauzinho, pronta para ser explorada. Ao abrir a caixa, quase tive um ataque cardíaco, mas de emoção. Ali dentro estavam verdadeiras relíquias literárias que devorei a exaustão em minha infância e adolescência.
Não me perguntem como alguns livros e revistas foram parar num armário de cozinha junto com um monte de panelas. Não sei explicar. Talvez tenha sido mais uma das peças pregadas pela ‘caixa secreta’ de seu Basílio (rs).
Só posso dizer que sou grato por essa descoberta, independente de quem tenha guardado o baú com o seu rico conteúdo no famoso armário.
E vamos as descobertas!
01 – Almanaque O Homem Aranha (1972)
Cara, palavra. Fiquei muito emocionado quando o armário de ‘seo’ Basílio pariu o primogênito. E este primogênito foi ninguém menos do que o super “Almanaque O Homem Aranha”. Trata-se do sonho de consumo de 10 em cada 10 fãs do cabeça de teia. O gibizão lançado pela Ebal em 1972 pode ser considerado um produto antológico. Por quê? Man, ele foi inteiramente desenhado pelo mago John Romita. Sob seu pincel, a revista do Aranha se tornou a mais vendida da empresa no período de 1967 a 1968. E o almanaque que descobri amoitado no famoso armário foi publicado originalmente em 1968 ou seja, quando as histórias do amigão da vizinha estavam no auge dos auges.
É evidente que naquela época – com os meus 11 anos - eu não tinha noção sobre nada disso, na realidade eu só queria devorar aquelas histórias cheias de ação e repletas de ilustrações fantásticas do aracnídeo.
O almanaque tem três histórias: “O Estigma do Lavador de Cérebros”, “Amarga Vitória” e “Perdidos na Teia”. Os enredos são interligados e abordam de um modo geral o tumultuado romance de Peter Parker com Gwen Stacy.
02 – Gibi Jerônimo – O Herói do Sertão (1957)
Cara, estou emocionado. Verdade. Durante a exploração ao armário do ‘seo’ Basílio, topei com uma relíquia raríssima que pertenceu ao meu saudoso pai, o Kid Tourão que ilustrou tantos posts nos quase cinco anos de vida desse blog. Putz, que saudades. Porra, essas lágrimas que insistem em cair enquanto digito essas linhas são fod...
Pois é, prosseguindo: encontrei um gibi que certamente pertenceu ao meu pai.
Eu soube – por intermédio de minha mãe - que o velho Kid era fã de “Jerônimo, O Herói do Sertão” e vibrava com os capítulos da radionovela que a Rádio Nacional levou ao ar de 1953 a 1967. Depois passou adquirir os gibis do rei do gatilho tupiniquim lançados pela Rio Gráfica Editora em 1957. Nem mesmo Francisco Di Franco di Franco, o intérprete de Jerônimo na TV Tupi, escapou do grande Kid que passou a acompanhar a novela religiosamente.
  A capa traz o nosso herói do sertão lutando com o crocodilo E que surpresa agradável ao descobrir quase depois de seis décadas desses gibis que certamente, um dia, o meu velho pai pegou em suas mãos para lê-lo. Com o título de “Rio das Sombras”, a capa traz o nosso herói lutando com um crocodilo no fundo do rio. Nem preciso dizer que essa relíquia foi imediatamente para a minha estante de livros.
03- Robinson Crusoé
Robinson Crusoé fez parte da minha infância. Lembro ter lido o livro de Daniel Defoe traduzido por Monteiro Lobato na biblioteca da escola primária da minha cidade. Isto no início dos anos 70. Gostei tanto da história que mesmo após décadas, ainda lembro de detalhes da obra lançada pela editora Brasiliense em 1968. O enredo era no formato corrido, ou seja, não tinha capítulos. A escrita de Lobato me enfeitiçava. Como o livro estava proibido de sair da biblioteca, aproveitava para lê-lo durante o recreio.
Recordo que um dia cheguei para minha mãe e disse-lhe que estava lendo um livro muito legal, mas que não podia trazê-lo para casa por causa das normas internas da biblioteca. Então, ‘mami’ fez questão de comprar uma edição semelhante a da escola para me presentear. Só faltei plantar bananeira quando ganhei aquela jóia rara.
O tempo passou, eu cresci e o livro sumiu. Bem, sumiu até o momento em que resolvi explorar o armário alien. Ele estava lá, muito bem guardadinho. Não me pergunte como ele foi parar naquele espaço. Com certeza, não saberei responder.
04 – Perdidos no Espaço (Álbum de figurinhas)
“Perigo, perigo, Will Robinson!” Esta frase antológica marcou a minha infância. Eu era super-fã do seriado “Perdidos no Espaço”. Não saia de frente da TV enquanto não terminasse o capítulo do dia. Fantástico! Gostava tanto do seriado que acabei ganhando de presente de meu irmão mais velho, um álbum de figurinhas da patota do Dr. Smith.
Grande parte da minha mesada gastava na compra de figurinhas para completar o álbum. Quantos “bafos” joguei com os meus amigos de infância na esperança de faturar os cromos que faltavam para completar o álbum! Colocávamos quatro ou cinco figurinhas viradas para baixo e batíamos nelas com a mão em forma de concha. Aqueles que conseguissem virá-las  passavam a ser os seus proprietários. Rapaz! E a emoção ao abrir um maço de figurinhas que havia acabado de comprar na banca! Ficava torcendo para ser contemplado com "uma difícil”.
Fiquei muito feliz quando localizei esse álbum jogado no fundo do armário gigante.
05 – Almanaque do Mancha Negra
Quando pensei que o armário de seu Basílio já tinha esgotado as suas surpresas, eis que encontro uma nova preciosidade: um almanaque do Mancha Negra lançado pela Editora Abril em 1984. E mais: trata-se do primeiro número!!
Nos meus tempos de universitário, gostava muitos dos gibis da galera da Disney. Eu acabava indo sempre na contramão, preferindo a patota que não era assim, digamos... tão certinha. Mancha Negra, Irmãos Metralha e Bafo-de-Onça eram aqueles que eu mais curtia. Eles eram muito engraçados, apesar de sempre se darem mal no final.
O mancha Negra era o tradicional inimigo de Mickey, conhecido por assaltar bancos, deixando como marca pessoal uma mancha de tinta preta. Mickey sempre o apanha em flagrante.
O almanaque da Abril é ‘coisa do outro mundo’ e eu não o via há aproximadamente 32 anos. Mal sabia que ele estava muito bem guardado – quero dizer, escondido – no armário de “ Basílio, o Extraterrestre”.

Galera, inté!

Autor de Trainspotting lança A vida sexual das gêmeas siamesas. Obra editada pela Rocco já está à venda

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Autor Irvine Welsh
Um livro lançado, recentemente, no Brasil pela editora Rocco está sendo considerado o ‘bam-bam-bam’ do momento: o assunto principal nas rodinhas literárias. Estou me referindo “A vida sexual das gêmeas siamesas”. Caraca, todo mundo está falando, gritando ou cochichando sobre a obra de Irvine Welsh. Acredito que esse estardalhaço se deva a “Trainspotting”, lançado em 1993. O livro narra a vida destrutiva de um grupo de amigos viciados em heroína e se tornou extremamente popular graças à sua adaptação para o cinema, sob direção de Danny Boyle. Que filmaço!!
Depois do lançamento de “Trainspotting”, os leitores de todo o mundo se acostumaram a ficar na expectativa toda vez que o escritor escocês anunciava o lançamento de um novo livro. Ocorre que nenhum deles conseguiu suplantar a aura mágica de “Trainspotting”, nem mesmo a seqüência “Pornô” (2002) e a pré-sequencia Skagboys (2012) que mostra o que aconteceu antes  e depois com os pirados do primeiro livro.

“Trainspotting” é excelente e os dois livros citados acima, apesar de serem muito bons, não chegam aos pés do original.
Agora, a esperança da galera é a de que “A vida sexual das irmãs siamesas” consiga se igualar a obra de estréia de Welsh.
O nono romance do autor escocês lançado pela Rocco, conta com duas protagonistas: Lucy e Lena. A primeira uma professora de academia bissexual e fissurada pelo corpo, praticamente uma nazista da boa forma, a segunda uma jovem artista insegura e acima do peso. O livro começa com um encontro casual entre as duas: Lucy enfrenta um sujeito armado, e Lena acaba filmando a cena com seu celular, uma imagem que depois vai parar em todas as TVs e torna Lucy uma celebridade passageira. Na história, enquanto uma fica obcecada pela outra, a mídia acompanha atentamente o caso de uma irmã siamesa que quer sair com um namorado, mas obviamente não consegue fazer isso sozinha.
Lucy e Lena são dois opostos, quase extremos. Welsh explica que as pessoas tendem a dizer que Lucy é terrível, “é quase uma nazista, e Lena é tão legal. Mas você pode enxergar o contrário”. Ele conclui dizendo que quem adora fazer ginástica costuma adorar a Lucy. Já as irmãs siamesas, o autor vê como uma tragédia de duas pessoas que não podem fazer nada separadas.
Com certeza, irei comprar o livro e acrescentá-lo na minha já abarrotada lista de leituras..

Inté!

Livro Invocadores do Mal mostra os casos paranormais desvendados pelo casal Ed e Lorraine Warren

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Juro que fiquei muito escaldado após acessar alguns sites e blogs americanos e obter a informação quase unânime de que o livro da dupla de investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren seria lançado no Brasil. Fui pesquisando e aqui e acolá e como a maioria dos internautas gringos dava como certa a vinda de “O Demonologista” para o Brasil, decidi escrever um post sobre o assunto. Para tirar a prova dos nove, consultei também algumas páginas, aqui da terrinha, que davam como certo o lançamento da obra. E assim, lá vai o inocente, todo belo e formoso, escrever o post. Resultado: levei uma baita rasteira. Daquelas que você quebra todos os ossos e mais um pouco.
Man! Man! Man! Confundiram tudo! Quando publiquei o post, em 2014, aobra que iria ‘desembocar’ era, de fato, “O Demonologista”, mas não dos Warrens. Acredito que a vontade de ler o livro com os casos desvendados pela dupla de videntes era tão grande que muitos blogueiros –inclusive eu, admito – confundiram o livro de Ed e Lorraine com o de Andrew Pyper, que por sinal é muito bom.
Por isso, para não comer bronha novamente – expressão usada pelo saudado Kid Tourão – ao tomar conhecimento de que a editora Pensamento iria lançar “Invocadores do Mal” que prometia mostrar aos leitores os casos desvendados pelo casal Warren e mais do que isso: os próprios investigadores paranormais revelando como conseguiram esclarecer esses casos, resolvi aguardar na minha toca até que o sinal verde fosse dado. Pensei comigo: - “E se for novamente de um alarme falso?”. Cara, não poderia colocar, de nooovo, a reputação do blog em jogo, não é mesmo? (rs)
Mas agora que o livro acabou de cair nas prateleiras das lojas físicas e virtuais, já posso soltar a garganta e não correr o risco de decepcionar a vasta legião de fãs de Ed e Lorraine Warren.
Invocadores do Mal (Ghost Tracks) escrito  por Cheryl A. Wicks e traduzido para o português por Martha Argel e Humberto Moura Neto foi  lançado pela Pensamento no final de maio.
A obra, de 280 páginas, explora os casos paranormais pelo famoso casal, conhecidos mundialmente pelas investigações que fizeram, pelo museu de ocultismo e pelos filmes de terror inspirados em suas aventuras.
Os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren
Para quem não sabe, A médium clarividente Lorraine Warren e seu marido, o respeitado demonologísta Ed Warren, estudaram, por mais de meio século, fenômenos paranormais ao redor do mundo. Seus casos inspiraram os filmes: Invocação do Mal, Amityville e Annabelle.
A obra de Wicks reúne as cinco décadas de experiência em investigação de campo desse casal, juntamente com as suas perspectivas histórica, científica e religiosa, revelando que até mesmo o que é considerado paranormal não pode ser ignorado, pois tem padrões de comportamento previsíveis e pode ser mensurado cientificamente. 
Por meio de milhares de palestras, estudos de caso e análise de cartas de clientes, eles revelam o que é conviver com fantasmas, poltergeists e infestações malignas, como investigá-los e solucionar seus mistérios.

Com certeza, já entrou em minha lista de leituras.

Editora libera o primeiro capítulo do livro “Invocadores do Mal”

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Ed e Lorraine Warren
O livro "Invocadores do Mal" sobre o casal de pesquisadores paranormais Ed e Lorraine Warren já entrou na ponta das listagens dos mais vendidos no Brasil. A boa notícia para os fãs do gênero é que a editora Pensamento liberou gratuitamente a publicação nas redes sociais do primeiro capítulo da obra dwe Cheryl A. Wicks .
O trecho liberado dá informações importantes sobre Ed e Lorraine, dando a oportunidade dos leitores conhecerem um pouco mais a fundo o famoso casal de caçadores de poltergeist.
Confesso que mergulhei na leitura. Antes não tivesse lido, pois foi o mesmo que tirar pirulito da boca de criança. Quando terminei o primeiro capítulo queria muito mais, o que era impossível já que o meu livro deve demorar, ainda, um pouquinho para chegar, provavelmente, só na próxima semana.
Mas chega de lero, lero e blá-blá-blá e vamos logo ao endereço do link para que vocês possam acessar o primeiro capitulo de “Invocadores do Mal”.
Inté!

Endereço do link:
https://issuu.com/grupoeditorialpensamento/docs/1___cap__tulo_-_invocadores_do_mal-

Detalhes da obra
Título: Invocadores do Mal
Editora: Pensamento
Autores: Cheryl A. Wicks com a participação de Ed e Lorraine Warren
Idioma: Português
Tipo de Capa: Brochura
Edição: primeira

“O Demonologista” de Ed e Lorraine Warren chega ao Brasil pela DarkSide depois de 36 anos

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Man!Man! Depois de uma ‘comida de bronha’ macabra, eis me aqui novamente em busca de redenção. Pois é, em novembro de 2014 escrevi um post, dizendo que o tão aguardado livro “O Demonologista” (The Demonologist) de Gerald Brittle, que narra as aventuras do casal paranormal Ed e Lorraine Warren, seria lançado brevemente no Brasil. Ocorre que o brevemente nunca chegava! Ao final, acabou desembarcando por aqui um outro Demonologista, o de Andrew Pyper. Um bom livro, mas não com o status de antológico. Com isso, a galera que acompanha o “Livros e Opinião” caiu matando no blog. “Mêo, não é esse livro, você postou errado!”; “Cara, O Demonoliogista de Pyper não me interessa, quero o de Brittle”; “De onde você tirou essa informação? A DarkSide não sabe de nada!”.
Fui bombardeado com uma avalanche de comentários na minha caixa postal eletrônica. Todas elas querendo informações e esclarecimentos sobre a data exata da chegada do livro.
As fontes que utilizei para escrever o post eram quase todas de outros países; sites que davam como certos a vinda de “O Demonologista” de Brittle no Brasil, mas confesso que eles falharam e eu, falhei por tabela, juntamente com eles.
Mas agora chegou o momento da redenção. Um momento especial e que vale ‘um danado de um bom’ Iahuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!! Cara, estou me sentindo o próprio Cavaleiro das Trevas que após ter a sua espinhela esmigalhada pelo bombado Bane numa derrota humilhante, retorna do mundo dos esquecidos para dar a volta por cima.
Galera, retorno para anunciar que, finalmente, o tão aguardado livro de Brittle já tem data definitiva para desembarcar aqui na terrinha. Ele chega nas livrarias tupiniquins em outubro para comemorar o aniversário de fundação da DarkSide
O livro que será lançado no Brasil com o título de  “Ed e Lorraine Warren – Demonologistas”  promete ser um verdadeiro arrasa-quarteirões, daqueles, cuja primeira edição traduzida para o português se esgotam num piscar de olhos, levando a editora responsável  a programar novas e mais novas edições. Po isso, é bom a Darkside ir prepando as impressoras ou rotativas.
Men! Pode acreditar: “O Demonolista” é um daqueles livros raros que você pensa que jamais irá ganhar uma tradução para o português, então passam-se anos e até mesmo décadas e de repente vem a notícia de que a obra será lançada no Brasil.
“O Demonologista” foi lançado originalmente em 1980 e até então permanecia inédito no Brasil. Ninguém imaginava que após tanto tempo, a obra antológica de Brittle chegasse em nossa terrinha.  Mas eis que num belo e inesquecível dia, a DarkSide solta a bomba de que estará bancando a edição em português do livro. Resumindo: Após mais de 35 anos de seu lançamento original, “O Demonologista” ganhará um versão brazuca!
“Ed & Lorraine Warren – Demonologistas” é, sem dúvida, o mais completo dossiê sobre os exorcistas/caçadores de fantasmas mais famosos do mundo. Virou o livro de cabeceira do diretor James Wan (Jogos Mortais, Invocação do Mal 1 e 2, Annabelle), além de servir de fonte de inspiração para Vera Farmiga, que interpreta a sra. Warren no cinema.
Nas páginas do livro, o leitor acaba se tornando um pouco mais íntimo de Lorraine Rita e Edward Warren Miney. Duas almas gêmeas que se completavam ao dividir, entre tantas coisas, a mesma vocação: oferecer ajuda espiritual aos possuídos e atormentados.
Segundo release distribuído pela DarkSide, em “Ed & Lorraine Warren: Demonologistas”, o autor desvenda alguns dos principais casos reais vividos pelos Warren. Consta que Ed e Lorraine permitiram ao autor acesso exclusivo aos seus arquivos sobrenaturais, que incluem relatos extraordinários de poltergeists, casas mal-assombradas e possessões demoníacas. O resultado é um livro rico em detalhes como nenhum outro.
Vale lembrar que Não é de hoje que os fãs do terror conhecem Ed Warren e sua esposa, Lorraine. O casal foi retratado em filmes de grande sucesso, como Invocação do Mal, Annabelle e Horror em Amityville.
Portanto, agora é só aguardar com aquele bruta ansiedade a chegada de outubro.

E que venha logo!

5 livros de terror que provocaram situações de pânico em seus leitores

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Ler um livro de terror a noite não é uma tarefa fácil. Durante a madrugada, então, piorou. Mas quer ver a situação sair de controle? Experimente ler uma obra ‘arrebenta peito’, sozinho, à meia noite, após ter assistido um filme do gênero – tipo ‘Invocação do mal’. Uuuhhhhh!! Amigo, vai me desculpar, mas acho essa missão impossible.
Mas, acredito que todos nós leitores inveterados já passamos por uma situação semelhante; pelo menos uma vez na vida. Daquelas em que no momento da leitura de um livro do gênero, pimba!!! Acontece algo inusitado, provocando uma descarga de adrenalina em suas veias.
Quer um exemplo? Ok. Eu dou. Logo no início da reforma de minha casa, resolvi reler alguns contos do livro do Almirante: “Incrível! Fantástico! Extraordinário!”Cara, se arrependimento matasse... Entonce, era uma noite de segunda-feira, chuvosa, pra variar. Os móveis da minha casa estavam todos amontoados na cozinha, só restando o meu quarto com alguma coisa em ordem. Poderia ter ido dormir na casa de Lulu, mas o ‘machão’, aqui, quis ficar no seu ‘mausoléu’, todo bagunçado, para ler. No meio do conto “Palavra Assumida” aconteceu algo inusitado que me provocou um medo ‘congelante’. Pera, pêra aí. Estou colocando o carro na frente dos bois. Antes de contar a minha experiência nada agradável que vivi altas horas da noite de uma segunda-feira chuvosa, deixe-me explicar o propósito desse post.
Enquanto escrevo essas linhas, estou no conforto da residência de Lulu – sim, moramos em casas separadas e com certeza, esse é o segredo da nossa “longevidade amorosa” – enquanto a minha humilde e bagunçada residencia enfrenta os resquícios finais de uma reforma. E nesta tranqüilidade reconfortante, lembrei daqueles leitores que estão vivendo uma situação inversa: sozinhos, de madrugada (como eu, agora) e lendo alguma obra do gênero terror. Santo Calafrio! Que  histórias eles terão para contar futuramente aos seus amigos? Quais lembranças aquele livro ou conto lhe trará daqui há 10 ou 20 anos? Interessante, não acham?
Por isso, resolvi escrever um post sobre o assunto. Decidi selecionar 10 cinco situações nada agradáveis que provocaram medo, terror ou pânico nos leitores que decidiram quebrar três regras importantes da literatura de terror que jamais podem ser desafiadas: 01 – Ler sozinho durante a madrugada; 02 – Ler de noite sem antes olhar debaixo da cama e 03 – Jamais ler um livro após ter assistido, sozinho, um filme de terror.
Bem, agora posso voltar a narração da minha experiência bem azeda daquele início de semana. Afinal, a escolhi para abrir o post. Vamos à ela.
01 – O falso machado
Livro: “Incrível! Fantástico! Extraordinário!”  
Eu e Lulu, havíamos acabado de passar uma noite agradável com alguns amigos: barzinho, chopinho e papo legal. Como a minha casa está em reforma, decidi aproveitar para encaixotar alguns livros, deixando assim, a minha estante livre para pintura. Putz, porque não ouvi o conselho de uma mulher mais centrada do que eu naquela noite. – “Deixe isso pra amanhã que eu lhe ajudo. Agora, tô muito cansada; quero mais é cair na cama e apagar”, disse Lulu. Ocorre que o “Sr. Teimoso”, não estava com um pingo de sono. Por isso, resolvi adiantar o que tinha que fazer. E lá vou eu.
Cara, a minha casa estava parecendo um museu do terror. Toda bagunçada, somente o meu quarto escapava da baderna e ainda assim, ‘meia-boca’. Ao começar a encaixotar os livros, vi na estante uma coletânea de contos de terror do Almirante chamado: “Incrível! Fantástico! Extraordinário!”. E lá vou eu folhear algumas histórias. Cara, a obra é viciante. Quando percebi já estava compenetrado na leitura e ao mesmo tempo incomodado. É verdade, as historietas do Almirante te incomodam muito.
Quando cheguei no conto “Palavra Assumida”–  que conta narra o ‘causo’ de um
sujeito que após abrir a porta de sua casa dá de cara com um amigo que morreu recentemente e que decidiu  lhe fazer uma visitinha inesperada - começou a chover com direto a alguns relâmpagos e trovões. Foi nessa hora que aconteceu algo aterrorizante e que me congelou o sangue. O portão do quintal de casa se abriu, passos pesados subiram a escada e arrastaram algo metálico no chão como um machado ou facão riscando o piso da varanda. Mêo, você já viu um grito mudo? Se esse tipo de grito existir eu o soltei naquele dia.  Depois que descobri a origem do barulho, morri de vergonha. Os  passos pesados eram do Tigrão (ver aqui), um sujeito hiper-legal que estava passando sinteco no piso de casa. Ele havia esquecido a sua máquina no quintal e saiu debaixo da tempestade para recolhê-la até a varanda, pois caso contrário, havia o risco de estragá-la. Portanto, o machado ou facão ‘triscando’ o chão da varanda, era somente a enorme lixadeira do Tigrão.
02 – Cuidado com o tapa na cara!
Livro: “O Exorcista”
Meu amigo Marcos tem uma faxineira que é muito supersticiosa. Dona Deusiléia, além de supersticiosa é uma contadora de ‘causos’. Ocorre que o Marcos é uma pessoa muito impressionável. Inteligente à beça, um gênio, mas capaz de ficar cismado com uma simples besteira. E foi uma dessas besteiras contadas pela ‘senhorinha’ Deusiléia que quase matou meu amigo de pavor.
A faxineira disse à ele, que depois do que ocorreu com a sua comadre, ela jamais olhou, novamente, debaixo da cama após a meia noite. A pobre mulher, antes de se deitar, sempre tinha esse hábito – confesso que eu também tenho, quero dizer, tinha, porque depois da história da Deusiléia, mudei de idéia – mas certa noite quando foi para a cama após a zero hora, ao se abaixar para cumprir o seu ritual, acabou levando um tapa no rosto. Quem deu o tapa? Ninguém sabe, ninguém viu! Um duende? Um anão macabro? Um... um... sei lá e pra ser sincero nem quero saber.
Já antecipo para a galera que o Marcos tem o mesmo hábito da comadre de Deusiléia.
No dia 29 de dezembro do ano passado, o meu amigo estava em sua casa, sozinho – ele iria se encontrar com os seus pais em Camboriú onde passariam o réveillon juntos – quando teve a ‘brilhante’ idéia de ler “O Exorcista”. Ao terminar a leitura de um capítulo, já com sono, e impressionado com o início do ritual de exorcismo dos padres Merrin e Karras, ele foi para cama, não sem antes olhar debaixo da cama.  “Tabéfiti!!” Marcos disse que não chegou a fazer xixi no pijama, mas revela que pelo menos algumas gotas escaparam. No exato momento em que se abaixou para verificar se não havia ‘nadica de nada’ debaixo de sua cama, o celular que estava ao lado do travesseiro disparou ao som do refrão de “Shot To Thrill” do AC/DC, tema de Homem de Ferro 2. Quem ligou? O Sr. ‘Engano”. – “Alô, Everton? É você?”
Marcos me disse, algumas semanas depois que a vóz sensual da mina que ligou querendo saber sobre o tal Everton, serviu para amenizar, pelo menos um pouco, o seu estado de pânico.
03 – A casa com barulhos estranhos
Livro (Revista): Kripta
Após visitar a casa de uma vizinha, dona Elza (nome fictício – como não a encontrei, achei melhor não citar o seu nome verdadeiro) ficou vidrada no brilho do piso da sala. A vizinha havia acabado de passar sinteco nos tacos e o chão reluzia. Depois de algum tempo, dona Elza resolveu fechar negócio com o Tigrão para também ‘sintecar’ a sua residência. O ‘causo’ que se segue foi contado por ela: dona Elza.
O ajudante do Tigrão era um garoto, dos seus 17 anos,  que adorava ler histórias de terror, mas daquelas antigas, dos anos 70. Pelo que fiquei sabendo, o seu pai tinha uma coleção das revistinhas “Kripta” e “Calafrio”. Tudo indica que o filho acabou herdando do pai o gosto pela leitura dessas revistinhas.
Pois bem, segundo dona Elza, Tigrão tinha o hábito de trabalhar até as 22 ou 23 horas. Certa noite, ele pediu ao garoto que o substituísse – já que teria de resolver alguns problemas particulares. Tigrão, acrescentou, dizendo que o esperasse para ajudar a recolher o material. Pois bem, como o menino havia terminado a sua ‘missão’, optou por retirar da sacola, uma das famosas revistinhas para matar o tempo, enquanto aguardava o retorno de seu patrão. De repente, ele começou a ouviu estalos pavorosos no interior da casa, parecidos com traques ou bombinhas de festa junina. Os ‘efeitos sonoros’ ocorriam de maneira espaçada, mas eram assustadores.
Ao chegar na casa da dona Elza; pouco mais das 22 horas, Tigrão não encontrou o seu ajudante. Ele havia fugido com os cabelos arrepiados e gemendo de medo, pensando que a casa era mal assombrada.
Tigrão esqueceu de avisar o seu novo funcionário que ao receber várias camadas de verniz, os tacos feitos de Madeira de Lei costumam ‘estalar’, geralmente a noite quando a temperatura cai. Infelizmente, o garoto não sabia desse detalhe.
Dona Elza, concluiu dizendo que um dia após a ‘tragédia’, encontrou uma revistinha abandonada no chão da cozinha. Era o exemplar número dois da revista “Kripta” com o título “A Noite dos Demendes”. A capa trazia um monstrengo todo azul com as mãos acorrentadas e uma cobra enorme tentando devorar uma mulher viva no cemitério. Arghhhh!!
04 – O zumbi do furgão da funerária
Livro: “O Guia de Sobrevivência a Zumbis – Proteção total contra os mortos vivos”
Este fato é recente e aconteceu no ano passado com o Martonelli, um ex-colega de universidade que aceitou o convite para trabalhar, temporariamente, como frentista cobrindo o horário de um funcionário que havia acabado de entrar em férias . Ele teria que fazer o segundo turno da noite num velho posto de gasolina localizado nas margens da SP-300, próximo a Penápolis. Durante a noite, o local era brabo. Abandonado e mal iluminado, poucos caminhoneiros se arriscavam a parar no posto durante a madrugada para descansar. O medo de assaltos era enorme. Portanto, o frentista de plantão tinha pouco serviço no horário noturno. No caso de Martonelli, fã incondicional de Stephen King, matava o tempo lendo as histórias do autor sentado na guarita do posto.
Mas naquela noite, ele dispensou a companhia do mestre do terror para ler um novo livro que havia acabado de adquirir: “O Guia de Sobrevivência a Zumbis – Proteção total contra os mortos vivos”.
Martonelli que devorava as páginas sobre os mortos vivos foi obrigado a parar a leitura para abastecer um furgão funerário que havia acabado de parar. Enquanto o motorista do veículo foi ao toalete para dar uma aliviada, o desafortunado frentista ficou sozinho abastecendo o furgão.
De repente, ele ouviu um barulho estranho na carroceria do furgão e ao levantar os olhos viu uma cena horripilante: o cadáver, que estava sendo transportado, se levantando do caixão!! PQP! O Martoneli não gritou de medo, ele simplesmente uivou de pavor! Soltou a mangueira de abastecimento que acabou se soltando do tanque de combustível do furgão funerário. Por sorte, a pistola de abastecimento estava travada ao cair, evitando assim, que a gasolina se espalhasse pelo chão. Ensandecido, Martonelli gritava para o agente funerário que uma ‘coisa’ parecida com um zumbi havia se levantado do caixão.
Caindo na gargalhada, o homem explicou que o morto-vivo, na realidade, era o seu ajudante que tinha o hábito de tirar uma soneca no esquife quando viajavam de noite para atender algum chamado fúnebre.
Segundo Martoneli, o tal ajudante era muito feio, mas muito feio, de fato.
05 – O Gato do Supermercado
Livro: A Coisa (Stephen King)
Esta história foi narrada pelo Joanes. É sobre o seu irmão, Ílídio; um leitor inveterado de Stephen King. Ele trabalhava como vigia noturno num supermercado de sua cidade. Como seu turno era bem tranqüilo, Ilídio “matava” o tempo lendo; de preferência livros do mestre do terror Stephen King.
Naquela ‘fatídica’ noite de 2014, o parceiro de Ilídio, acabou ficando doente e por isso, a segurança to supermercado (bem grandinho, aliás) coube inteiramente ao rapaz.
Como sempre fazia ao chegar no serviço, ele sacou o seu livro da mochila e mergulhou de cabeça na história. Tratava-se de “A Coisa” que tinha como protagonista o palhaço maldito Pennywise. A leitura prosseguia sem nenhum contratempo, até que de madrugada, Ilídio ouviu um barulho estranho no depósito e resolveu – muito a contragosto – ir averiguar. Não encontrou absolutamente nada o que o deixou muito cabreiro. Ao retornar a sua leitura, ele ouviu novamente o barulho, mas dessa vez muito diferente. Algo que lhe provocou um calafrio da base da espinha até a ponta da nuca.
O pobre rapaz se mandou! Abandonou o seu posto de vigia no meio da madrugada, passou a chave nas portas supermercado e se refugiou em sua casa.
Joanes teve que tranqüilizar o irmão assustado, explicando que o barulho que Ilídio havia ouvido, não passava de uma suruba de gatos, mas daquelas bem escandalosas, onde miados se transformam em gemidos, gritos e uivos tenebrosos. Tudo ‘junto e misturado’. Joanes sabia disso porque já havia trabalhado como vigia naquele mesmo local e na época foi alertado por alguns funcionários.
Rindo, Joanes me disse que o seu irmão pode ter associado o ‘namoro escandaloso’ dos felinos ao palhaço monstruoso do livro de King.
É mole?!

Taí galera. Por hoje é só!

Duro de Matar

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Há muitos anos – ainda na época do VHS – após assistir “Duro de Matar” com Bruce Willis, fiquei sabendo que o filme havia sido adaptado de um livro desconhecido lançado, sem nenhum alarde, no Brasil. Como gostei ‘pacas’ do filme resolvi sair à caça da obra de Roderick Thorp. Queria saber se o ritmo trepidante das telas se repetia nas páginas e também se o diretor John Mc Tiernan havia feito uma adaptação cinematográfica fiel ao texto de Thorp.
Ao encontrar o livro num sebo não pensei duas vezes e comprei. Queria matar a minha curiosidade o mais rápido possível.
A partir do momento que um grupo de terroristas toma um prédio onde se encontra, por acaso, o policial Joe Leland, já é possível perceber que Mc Tiernan mudou pouquíssima coisa do enredo original. Portanto, posso garantir que a adaptação feita para as telonas é muito fiel ao livro.
Pouca coisa foi alterada, entre elas, o nome do personagem principal: sai Joe Leland e entra John McClane. O Leland da obra escrita é bem mais velho e sisudo do que o detetive John McClane interpretado por Buce Willis no filme. O clima do romance policial também é muito pesado, com Leland e os terroristas assumindo um duelo psicológico perturbador nos intervalos dos tiroteios e explosões. Já nas telonas, McClane é bem mais jovem e humorado. Quanto ao duelo psicológico, existe, mas de uma maneira mais moderada, com o diretor preferindo dar ênfase para a ação. Outra mudança é com relação a mulher de McClane. No livro, ela não é esposa, mas sim a sua filha. 
Excetuando essas diferenças, o filme é muito fiel ao texto de Thorp, inclusive, o leitor tem a impressão que várias cenas de ação contidas nas páginas da história foram adaptadas integralmente para o cinema.
Gostei do livro e li rapidinho. Bastaram dois dias para devorar suas 192 páginas. Thorp cria um clima tenso entre Leland e os 12 terroristas que invadem o prédio onde se encontra a sua filha. A ‘guerra de nervos’ entre Leland e o chefão da gang, Anton Gruber - apelidado de “Pequeno Tony Vermelho’- de fato, prende o leitor, até bem mais do que os trechos de luta, tiros e explosões. O final da obra é bem realista, fugindo dos clichês “felizes para sempre”.
A curiosidade é que o livro de Thorp não se chamava “Duro de Matar”, mas sim “Nada é Para Sempre” (Nothing Last Forever) e na época de seu lançamento, 1979, passou completamente despercebido nas livrarias. Quer dizer... até surgirem os produtores Lawrence Gordon e Joel Silver que se interessaram pela história. Após o lançamento de “Duro de Matar nos cinemas, em 1988, e o seu estrondoso sucesso, as novas de edições de “Nada é Para Sempre” passaram a ser “batizadas” com o mesmo nome do filme. Mesmo assim, o livro não vingou, entrando para o rol das obras que ficaram desconhecidas através dos tempos.
Uma pena, já que o livro é muito bom.

Inté!

5 enciclopédias antológicas que um dia você teve em sua estante

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Um dia desses me deu uma vontade enorme de reler “História da Humanidade”. Queria mergulhar de cabeça naquele texto descomplicado e sedutor que contava em detalhes a história do desenvolvimento dos povos ao redor do mundo. E com uma vantagem: o tal texto mágico tinha inúmeras gravuras. Então, quando voltei à realidade, entendi que esse desejo era impossível. Putz! Putz! Mil vezes Putz!! Porque sumiram com o meu Trópico! Aliás, porque eu sumi com uma enciclopédia que foi a minha companheira de leitura durante toda a minha infância? História da Humanidade era um dos capítulos que eu mais gostava de ler.
Cara... Bateu um peso de consciência horrível. Acredito que muitos de vocês que lêem esse post, também enfrentam a mesma situação.
Tento encontrar uma explicação para o abandono daquelas obra, mas não encontro.
Sei lá, talvez quando percebi que a velha estante da sala estava tomada por livros e gibis, todos amontoados, decidi liberar um espaço maior para eles. E com isso quem ‘pagou o pato’ foram as antigas enciclopédias como Trópico, Medicina e Saúde, Conhecer e outras que foram parar nas gavetas de uma velha cômoda no porão.
O golpe de misericórdia que decretou a morte dessas obras mágicas foi o advento da internet. Em meados dos anos 90 quando a novidade foi liberada para os lares brasileiros, as nossas queridas e hoje saudosas enciclopédias partiram para sempre.
A pergunta que fazíamos era a seguinte: “Para quê ficar manuseando páginas se tudo o que eu preciso está aqui, nos santos: Yahoo, Cadê e finalmente no gigante “Santo Google”?
Man ! Man! Dói no coração ver que hoje nem mesmo as escolas estão aceitando doações de enciclopédias. Chega a ser constrangedor ver os nossos queridos educandários fugirem delas como o diabo foge da cruz. Nas campanhas de doações de livros, os professores já vão logo avisando: “Não aceitamos enciclopédias de qualquer espécie!”. Hoje, esse saudoso material didático e fonte de pesquisas - que encantou gerações de leitores -ganhou uma nova função nos estabelecimentos de ensino: apoio para monitor de computador ou rascunho para alunos do pré-primário.
Fico imaginando o que a escola da minha cidade fez com os volumes do Trópico que doei. Naquela época, os professores não eram tão radicais e ainda aceitavam – com cara ‘meio’ torta – as enciclopédias.
Mêo, quando doamos um caixote lotado de enciclopédias, no ímpeto de livrarmos delas, nós esquecemos de um detalhe importante: também estamos renegando uma das fases mais importantes de nossa vida, onde aprendemos a ganhar o gosto pela literatura.  Tudo bem, tudo bem...  desculpe-me se estou radicalizando tanto, mas é dessa maneira que me sinto agora. Cara, dói ver os nossos educadores contemporâneos virando as costas para um material antológico e, pior, usando-o como apoio para monitores. Pera ai; agora banquei o hipócrita, já que eu mesmo virei as costas!!
Galera, no post de hoje quero fazer uma espécie de ‘mea culpa’ e falar escrever sobre cinco enciclopédias que no passado tive a honra de acolher em minha estante e que num momento de bobeira acabei me livrando delas.
01 – Trópico
Com certeza, foi a grande responsável por despertar em mim o gosto pela leitura. Recordo dos momentos que ficava sentado na poltrona do meu pai na sala viajando com os conhecimentos da famosa e saudosa enciclopédia. E que viagem! “História da Humanidade”, “História das Religões”, “Mitologia Grega”, “Mitologia Nórdica”, “Castro Alves”, “José Bonifácio”,  “biografias de personagens famosos da nossa história”, “História dos presidentes do Brasil”, etc e mais etc. Caraca, que saudades dos meus 12 ou 13 anos!
O Trópico foi publicada no Brasil em 1957 pela Editora Martins S.A, tendo como diretor José Giuseppe Maltese e reunia 10 volumes abordando assuntos gerais. Após o seu lançamento, nos anos 50, “O Trópico” continuou dominando as estantes das residências e escolas  durante vários anos. Era considerada a grande “pop star” dos vendedores ambulantes de enciclopédias que visitavam nossas casas naqueles tempos.
Pena que num momento de “pura insanidade” resolvi doar os meus 10 volumes ao invés de restaurá-los. Agora é tarde demais para se lamentar.  Quanto a sessão “História da Humanidade”, acho que perdi para sempre a chance de relê-la, já que dificilmente irei encontra-la na “Dona Internet”. Uma pena.
02 – Conhecer
“Conhecer” foi outra enciclopédia inesquecível em minha vida. O que mais me chamava a atenção nas publicações da Abril Cultural eram as suas capas muito bem elaboradas para uma enciclopédia da década de 60. Nossa! E como eu viajava com os temas desenhados naquelas capas. Sentia como se estivesse dentro daquele cenário, participando ou observando a ação ilustrada.
As tais capas tinham um poder de sedução tão grande que acabei escrevendo um post inteiramente dedicado a elas (confira aqui). As duas capas que jamais esqueci, traziam as ilustrações de um submarino navegando numa noite estrelada; se não me engano o resumo do tema publicado numa tarja amarela ao lado da foto estava relacionado com átomos ou energia nuclear. A outra capa tinha a ilustração de uma estação espacial e abordava o tema astronomia.
A cada certa quantidade de fascículos adquiridos, o colecionador comprava na banca uma capa dura para o volume ser encadernado.
Posso dizer que “Conhecer” foi uma das mais famosas, se não, a mais famosa, enciclopédia em fascículos lançada pela Editora Abril Cultural. Ela viria se tornar referência para os trabalhos escolares dos alunos que cursavam o ginasial. Foi um sucesso estrondoso na época, chegando a vender mais de 100 milhões de exemplares, além de ter 13 edições em 30 anos. Um verdadeiro fenômeno cultural.
03 – Os Bichos
Cara, como eu gostava dessa enciclopédia! Ao contrário de “Conhecer” que pertencia ao meu irmão, “Os Bichos” era de minha total responsabilidade. Grande parte da mesada do menino, aqui, e depois uma parte ainda maior do salário de meu primeiro emprego foram direcionados para compra dos fascículos semanais da respectiva enciclopédia.
O texto fluido e recheado de gravuras me prendia da cabeça aos pés. Quando a grana ficava curta, minha mãe dava uma força para comprar o tão desejado fascículo. Foi graças à ela que consegui montar os cinco volumes que traziam ilustrações realistas de todas as espécies de animais.
Apesar dos anos, ainda me lembro das características dos fascículos. Eles tinham a capa branca e trazia sempre a gravura (não foto) de um único animal. No seu interior havia a descrição – em destaque - das características desse animal e também de outros coadjuvantes.
Um dos fascículos que marcou a minha memória foi de um leão africano que, praticamente, tomava conta de toda a capa.
Há muitos anos doei a coleção completa para um primo. Não estava ‘encontrando espaço’ na estante para novos livros que vinha comprando por isso optei pelo corte da enciclopédia.
Hoje, sinto muita falta dos “Bichos”. Bem que eu poderia ter optado por guardá-la em algum cantinho lá de casa.
04 – Lello Universal
Na minha época de estudante o advento do dicionário on line ainda estava
há milhares de anos luz. Se quiséssemos saber o significado de alguma palavra desconhecida tínhamos de apelar para os saudosos dicionários impressos.
Cara, os dicionários daquela época – anos 70 – eram uma coisa de louco! No bom sentido, é claro. Com capas ‘xiquinuurtimu’ e conteúdo recheado de gravuras, essas obras enchiam os olhos.
O Lello Universal foi um dos dicionários no formato de enciclopédia que fez parte da minha vida de ginasiano e colegial. Um dos meus passatempos preferidos era ficar folheando suas páginas a esmo. As gravuras do Lello me viciavam. Foi graças a ele que aprendi, precocemente, o significado de muitos palavras, ganhando a oportunidade de ampliar, desde cedo o meu vocabulário.
O curioso é que as gravuras dos quatro volumes do Lello eram até simples – aliás, bem simplesinhas - mas não sei porque ‘cargas d’água, elas me atraíam tanto.
Se não me engano, o Lello foi publicado por uma editora portuguesa nos anos 60 e teve várias edições com capas azuis, verdes e por aí afora. O meu tinha a capa vermelha. Eu disse “tinha” porque não sei onde os volumes foram parar.
05 – Barsa
Jamais me esquecerei do dia em que dei o ‘balão’ num vendedor da “Britânica” que insistia para que eu fizesse a cabeça de meus pais para comprar o produto. Pois é galera, ele não conseguiu. Na verdade, o meu sonho de consumo era ter os 16 volumes da “Barsa”. Por isso, armei uma verdadeira operação de guerra (ver nesse post) para que a minha mãe adquirisse a famosa enciclopédia. E deu certo.
Aquela obra luxuosa, de capa dura e vermelha contribuiu – e muito – para o meu aprendizado numa época em que uma placa de computador com microprocessador não passava de um projeto na cabeça de dois sujeitos meio malucos chamados Steve Jobs e Steve Wozniak. Quanto a internet? Hã... não passava de uma palavra a ser criada.
Eu com o meu cabelo horrível de aluno ingressando no curso ginasial, prestes a abandonar definitivamente os shorts e a conga (se lembram dela?) me embriagava com os textos e ilustrações da Barsa. Uhauuuu! Que saudades!
E novamente o tonto aqui, seduzido pela internet” abriu mão daquele importante tesouro e resolveu doá-lo para a biblioteca pública. Vale lembrar que naquela época, as escolas e bibliotecas ainda aceitam – meio a contra-gosto, mas aceitavam – enciclopédias em seus acervos.
Taí galera! Fiz minha mea culpa.
Saudades, saudades e mais saudades!!!


As Crônicas de Nárnia (Volume único)

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Há algum tempo, conheci um sujeito muito chato. Para a minha infelicidade, a ‘figura’ trabalhava comigo. O ‘Mirtinho Chupa-Cabra’ (esculachei no nome fictício de propósito, porque o cara era ‘um’ mala quebrada, sem alça e sem rodinhas) só lia – ou fingia ler – livros cultos ou técnicos e torcia o nariz para aquelas pessoas que encontravam prazer na literatura infanto-juvenil.
No final do expediente – ainda me lembro como se fosse hoje – ao sair da redação, ele viu um amigo meu, o Marcos, lendo um livro com ‘milhares’ de páginas e tascou na lata: “PQP! Não acredito que um jornalista que pensa em fazer pós graduação esteja perdendo tempo lendo um livrinho para crianças!!”
Bem, antes de revelar qual foi a resposta da vítima ao ‘mardito’ do Chupa-Cabra, vamos esclarecer algumas cositas. Marcos era considerado o cara mais inteligente e sarcástico de toda a redação. Muito gente boa, mas mexer com o sujeito não era bom negócio. Ele lhe arrebentava com respostas ácidas e educadas, fazendo com que o agressor se sentisse a pessoa mais ridícula e idiota do mundo. Quanto ao livro que ele estava lendo, se chamava “As Crônicas de Nárnia”, de C.S Lewis. Ah! Duas observações importantes: O Chupa Cabra estava estudando para se tornar pastor em sua igreja e por isso dominava com facilidade a Bíblia, além de ser fã incondicional – de maneira enrustida, é óbvio, da trilogia “O Senhor dos Anéis” de J.R.R. Tolkien.
Agora, vamos ao diálogo constrangedor entre os dois, começando com a resposta do Marcos. – Você sabia que esse livrinho, que na realidade não é um livrinho, mas um livrão, já que tem mais de 750 páginas são reescrituras de histórias bíblicas?
-  Ô Marcos pára com isso. Você agora vai querer discutir assuntos bíblicos comigo? E logo comigo cara? - Disse o Mirtinho Chupa-Cabra de maneira arrogante.
- O texto de Carrol é uma adaptação dos mitos da criação do mundo ao ambiente de Nárnia, incluindo, inclusive, a árvore do fruto proibido. – Marcos prosseguiu de maneira imperturbável. – você sabia que J.R.R. Tolkien tinha o maior respeito pelo autor desse ‘livrinho’, tanto é que Tolkien pediu para que ele lesse os manuscritos de O Hobbit, antes de sua publicação? -  Antes que o Chupa interrompesse, Marcos continuou – Você sabia que foi o autor desse livrinho que incentivou Tolkien a continuar com o seu projeto que deu origem a trilogia “O Senhor dos Anéis”?
O Marcão, que a partir daquele momento passou a ser o meu ídolo, disse tudo isso sem interromper a sua leitura como se o Chupa Cabras nem estivesse ali.
O golpe de misericórdia foi dado pelo nosso editor que passava por ali naquele momento. – Marcos, é verdade;  C.Lewis, de fato, faz essa alusão à Bíblia e ao cristianiusmo em sua obra. Aliás, eu já li. Lewis é um gênio.
Mirtinho, simplesmente, virou as costas e saiu completamente desconcertado. No meu íntimo gritei: - Toma Chupa Cabra! Chupa que é de uva!
Esta cena fatídica para o Mirtinho acabou despertando em mim o interesse de ler “As Crônicas de Nárnia”, o que fiz alguns dias depois.
O livro de C.S. Lewis é bárbaro! Deixando de lado as questões religiosas e filosóficas que dizem estarem arraigadas em seu contexto, “As Crônicas de Nárnia” tem o poder de levar o leitor para o interior de suas páginas. Olha, imagine que você, leitor, seja Bastian – aquele garoto do filme Never Ending History – e “As Crônicas de Nárnia” o próprio livro História Sem Fim.  Pois é, é como se você entrasse no âmago da história e também passasse a fazer parte dela, vivendo as mesmas aventuras dos seus personagens.
Com certeza, adultos e crianças viajaram com as peripécias de Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia que certo dia foram parar no reino de Nárnia. Lá deixaram de ser crianças comuns para se tornarem reis e princesas de uma terra mágica. Quem não se encantou com o enigmático e justo leão Aslan; com o valente príncipe Caspian ou então torceu pela queda da maldosa feiticeira?
Todos os sete volumes de “As Crônicas de Nárnia” foram escritos entre 1949 e 1954, tendo sido publicados originalmente no Reino Unido pela editora Harper Collins entre 1950 e 1956.
Lewis lançou inicialmente “O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa” em 1950, sem ter a intenção de produzir uma série de livros. Entretanto, encorajado pelas críticas positivas do público e de amigos (incluindo J.R.R. Tolkien), o autor decidiu prosseguir, no ano seguinte, escrevendo outros livros contando outras histórias do mundo de Nárnia, as quais Lewis já estava desenvolvendo desde antes da publicação de “ O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa.
Ao longo do processo de escrita dos demais livros, que levou cerca de quatro anos, até 1954, Lewis aproveitou para retomar partes anteriores da história para preencher lacunas deixadas no primeiro livro e poder, ao mesmo tempo, contar o que ocorria posteriormente ao primeiro livro. Por isso a ordem de publicação não coincide com a ordem cronológica, que é estruturada através dos eventos que ocorrem nas histórias dos livros.
O tal livrão com mais de 750 páginas que o Marcos estava lendo, trata-se de uma edição especial lançada pela Martins Fontes em 2009 e que reúne os sete volumes das “Crônicas de Nárnia”.
Li  a obra em poucos dias e graças a ela perdi madrugadas de sono, já que os sete livros de Lewis são viciantes. Não dá pra ficar imune as batalhas épicas entre o bem e o mal, as criaturas fantásticas, traições, feitos heróicos e amizades (ganhas e perdidas).

Livraço! Muito melhor do que o filme.
Recomendo.

Os 15 livros infantojuvenis mais vendidos no Brasil no 1º semestre de 2016

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Podem falar o que for. Desprezar, humilhar, tirar o sarro, sei lá; vale qualquer coisa. Mas não adianta, eu adoro literatura infantojuvenil. Sou como o Marcos que nem sequer esquentou a cabeça com a ‘tiração’ de sarro do Mirtinho Chupa-Cabras (quer saber mais sobre isso clique aqui) e continuou lendo, de maneira imperturbável, o seu “As Crônicas de Nárnia”.
Para aqueles que torcem o nariz para os livros infantojuvenis, lembro que a Revista veja decidiu criar um ranking específico para as obras do gênero, reconhecendo a sua importância.
E quando o assunto é “Paradão de Livros”, não tem prá ninguém, a Veja domina o território e o seu toplist é considerado referência em todo o País.
No post de hoje vou publicar os 15 livros infantojuvenis mais lidos aqui na terrinha, segundo pesquisa realizada pela Veja em mais de 90 livrarias espalhadas por todo o País. Segue também um breve resumo da obra.
Vamos ao listão!
15º Lugar: As Coisas Mais Legais do Mundo
Autora: Karol Pinheiro
Editora: Verus
Há 11 anos, uma jornalista desconhecida chamada Karol Pinheiro começou a experimentar a plataforma dos blogs. Foi assim que encontrou a possibilidade de publicar conteúdos de caráter mais pessoal, explorando as crônicas e os textos reflexivos que tanto gosta. A garota foi acumulando experiência e os seus textos caíram na graça das internautas, a maioria, adolescentes do sexo feminino. Não deu outra: Recebeu um convite para hospedar um novo blog dentro do site da Capricho, onde trabalhou por sete anos como editora de comportamento.
A idéia de transformar tudo isso em um site é mais recente - desde 2013, milhares de fãs acessam suas publicações sobre moda, beleza, comportamento e estilo de vida.
A editora Verus viu em Karol um grande potencial de vendas e resolveu convidá-la para escrever um livro baseado nas suas experiências pessoais e profissionais.
14º Lugar: Papo de Menina
Autoras: Mariany Petrin Martins e Nathany Petrin Martins
Editora: Astral Cultural
Elas têm 12 e 13 anos e uma rotina igual a qualquer menina de sua faixa etária: vão à escola, fazem lição de casa, passeiam, cuidam da beleza e de vez em quando simplesmente não fazem nada. Foi justamente o jeito“garota da minha rua” que fez dessas mineiras um fenômeno de popularidade na internet (mais de 1 milhão de inscritos!). Em Papo de Menina, Mariany e Nathany falam sem parar. Falam sobre as dúvidas que todo adolescente tem, os pequenos dramas desta fase e ainda dão dicas sobre estilo, receitas e até sugestões de desafios para fazer com a irmã (ou o irmão, o vizinho, o amigo da escola...). Em todos os capítulos, você participa da conversa e interage com as meninas.
13º Lugar: Muito Mais que 5inco Minutos
Autora: Kéfera Buchmann
Editora: Paralela
Com 22 anos, Kéfera Buchmann reúne quase doze milhões de seguidores nas suas mídias sociais (YouTube, Facebook, Twitter e Instagram). Só o seu canal no YouTube, "5inco minutos" (procura aí na internet), tem cinco milhões de assinantes e é o quarto mais visto do Brasil. 
Ela ainda recebe diariamente centenas de mensagens de fãs do Brasil todo e é parada na rua a todo momento. Alguns dizem que se, de fato, o  YouTube é a nova televisão, hoje Kéfera é o equivalente aos antigos astros globais. Tão conhecida e amada quanto eles. Neste livro,  Kéfera parte de sua vida para falar de relacionamentos, bullying, moda, gafes e conta uma série de histórias que aconteceram em sua vida.
12º Lugar: Só a Gente Sabe o Que Sente
Autor: Frederico Elboni
Editora: Saraiva
Caraca! Afinal de contas quem é esse tal Frederico Elboni? Mêo, juro que não o conheço. Por isso, como fiz com Mariany, Nathany Petrin, Karol e Kéfera, tive que apelar para a sabedoria da “Dona Internet”. Cara, confesso que meu gosto literário do gênero está mais para obras do tipo “Os Três Mosqueteiros”, “As Crônicas de Nárnia”, “Viagem ao Centro da Terra”, “20 Mil Léguas Submarinas” e outros da velha-guarda. Man, não li nada dessa leva contemporânea! Por isso tive que rebolar a fim de encontrar subsídios para fazer resenhas relâmpagos das obras, evitando ‘imprimir’ a minha opinião pessoal, mesmo porque não as li.
Bem, chega de explicações e vamos tentar dar para vocês uma rápida noção sobre esse livro e seu autor que, repito, não conheço. 
Ok, Em 2011, o tal Frederico Elboni decidiu criar um blog. Ele queria que o seu se destacasse dos demais que entupiam – e continuam entupindo a blogosfera. Leitor assíduo de revistas femininas, Fred começou a imaginar um conteúdo que fosse, ao mesmo tempo, delicado e maduro. Horóscopo, dietas malucas e dicas para arranjar um namorado não teriam espaço. O jovem queria textos inteligentes, divertidos e que incorporassem o dia a dia da mulher moderna. Foi dessa teia de desejos que surgiu o "Entenda os Homens", que hoje contabiliza 1,5 milhão de acessos por mês e quase 300 mil “curtidas” no Facebook.
Gostou? Então vai lá e compra o livro do cara. Não gostou? Guarde o seu dinheiro para outra coisa.
11º Lugar: As Crônicas de Nárnia
Autor: C.S. Lewis
Editora: Martins Fontes
Originalmente, “As Crônicas de Nárnia” é uma saga de sete livros escritos por C.S. Lewis no período de 1949 a 1954.
O autor  lançou inicialmente “O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa” sem ter a intenção de produzir uma série de livros. Entretanto, encorajado pelas críticas positivas do público e de amigos (incluindo J.R.R. Tolkien), o ele decidiu prosseguir, no ano seguinte, escrevendo outros livros contando outras histórias do mundo de Nárnia.
A edição especial com mais de 750 páginas lançada pela Martins Fontes em 2009 agrega todos os sete livros.
Gostei tanto das histórias de Lewis que resolvi escrever uma resenha. Você pode conferir a minha opinião aqui.
10º Lugar: Dois Mundos, Um Herói
Autor: Rezendeevil
Editora: Suma de letras
Cara, a onda agora é convidar jovens que estão fazendo sucesso nos faces, blogs, instagrans e twitters ‘da vida’ para escrever livros. Basta ter um grande numero de seguidores. Quanto ao conteúdo? Olha, pra ser sincero,  qualquer coisa vale, desde  joguinhos, moda, beleza à narração de rotinas de vida. Bem, é claro que nesse ultimo caso, a sua rotina deve ser bem sui generis para despertar a atenção da galera.
Bem, voltando ao que interessa. Na realidade, o Rezendeveil que assina esse livro se chama Pedro Afonso. Ele tem 19 anos, é de Londrina e mantem um canal de vídeo no YouTube com mais de 30 milhões de visualizações por mês. A Suma de Letras achou o conteúdo ou o numero de visualizações interessante e contratou o rapaz para o seu time de escritores.
O carro-chefe de Pedro no YouTube são suas séries sobre "Minecraft", fenômeno entre os jogadores mais jovens. Usando diversas modificações para o game, ele trabalha com as ferramentas de criação do jogo para contar histórias que vão desde uma versão do programa de TV "The Walking Dead" a uma interpretação da Arca de Noé – sempre sem palavrões e com foco no público infantil.
09º Lugar: Segredos da Bel para Meninas
Autora: Bel
Editora: Gente
Depois da Karol, da Mariany, Nathany, Kéfera e do Pedro, chegou a vez da Bel. Entonce, vamos falar da Bel, uai! Ela é uma menina de apenas oito anos e com um canal de sucesso no YouTube.
Apontado pelo Google como o maior canal kids do Brasil e um dos 10 mais vistos em todo o território nacional, não deu outra: foi convidada por uma editora para colocar num livro as suas experiências da Net. Bel foi a primeira criança brasileira a conquistar a marca de 1 milhão de inscritos no YouTube e conta, atualmente, com mais de 1,4 milhão seguidores e 580 milhões de visualizações.
Seu canal de origem, o “Penteados para Meninas”, e o de sua irmã, “Nina para Meninas”, onde Bel também aparece, já contam com um total de  2,5 milhões de seguidores e 800 milhões de visualizações. Os assuntos abordados nos vídeos são variados: desafios, teatrinhos, novelinhas de temas do cotidiano, todos de forma divertida e uma linguagem própria para crianças.
 08º Lugar: Orfanato da Srta Peregrine para Crianças Peculiares
Autor: Ramsom Riggs
Editora: Leya Brasil
Pela sinopse fornecida pela editora Leya, parece ser um livro infantojuvenil bem pesadinho, bem denso. Vejam só: “Tudo está à espera para ser descoberto em 'O orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares', um romance que tenta misturar ficção e fotografia. A história começa com uma tragédia familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada até uma ilha remota na costa do País de Gales, onde descobre as ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato são muito mais do que simplesmente peculiares. Elas podem ter sido perigosas e confinadas na ilha deserta por um bom motivo. E, de algum modo - por mais impossível que possa parecer - ainda podem estar vivas”. Eu heeinn?!
Apesar do climão, me interessei pela história. Antes que me esqueça: Hollywood já comprou os direitos do livro para filmagem. O diretor será ninguém menos do que Tim Burton. Conhecem?
 07º Lugar: Tá Todo Mundo Mal
Autor: Jout Jout
Editora: Companhia das Letras
My God!! As grandes e médias editoras, de fato, sucumbiram à febre dos youtubers. Agora chegou a vez de falarmos escrevermos sobre Jout Jout. Japonesa? Chinesa? Francesa? Esqueça. A moça é brasileira da gema, sendo esse nomezinho esquisito, apenas o apelido de Julia Tolezano da Veiga.
O livro é inspirado em um vídeo do canal joutjoutprazer que fez muito sucesso em 2014. Confiram a sinopse fornecida pela Companhia das Letras. É claro que se trata de uma sinopse para divulgação do produto e por isso, mesmo, coloca a obra nas alturas. Compre por sua conta e risco. Anotem: “Do alto de seus 25 anos, Julia Tolezano, mais conhecida como Jout Jout, já passou por todo tipo de crise. De achar que seus peitos eram pequenos demais a não saber que carreira seguir. Em Tá todo mundo mal, ela reuniu as suas ‘melhores’ angústias em textos tão divertidos e inspirados quanto os vídeos de seu canal no YouTube, ‘Jout Jout, Prazer’.
Família, aparência, inseguranças, relacionamentos amorosos, trabalho, onde morar e o que fazer com os sushis que sobraram no prato são algumas das questões que ela levanta. Além de nos identificarmos, Jout Jout sabe como nos fazer sentir melhor, pois nada como ouvir sobre crises alheias para aliviar as nossas próprias!”
Terminou. 
 06º Lugar: De Volta ao Jogo
Autor: Rezendeevil
Editora: Suma de Letras
Olha ele novamente aí. Parece que o primeiro livro do Rezendeevil vendeu bem, já que a Suma de Letras arriscou investir novamente no garoto. Seguem os dizeres que estão no release de divulgação da editora: “Depois de acordar um dia dentro do jogo e conhecer o próprio avatar, o Rezende virtual, ele agora mal pode esperar pela próxima aventura. Desta vez, porém, ao se ver no mundo quadrado que adora, Pedro não reconhece muita coisa. Onde está? De quem é aquela mansão mal-assombrada que vê à distância? E onde estão seus amigos? É hora de mergulhar em uma nova aventura para salvar o mundo que criou. Mais uma vez, Pedro e Rezende precisam se unir, pois um vilão de olhos brilhantes ameaça a vida de todos, e apenas o Herói Duplo poderá derrotá-lo.”
Belê?!
05º Lugar: Harry Potter e a Pedra Filosofal
Autor: J.K. Rowling
Editora: Rocco
“Harry Potter e a Pedra Filosofal é o início de tudo. O livro serve de introdução aos personagens principais: Harry, Hermione Granger, Ron Weasley, Draco Malfoy, Severo Snape, Dumbledore, Voldemort e tantos outros. A leitura do livro é fundamental para que você possa seguir lendo os demais da saga, pois tudo começa nele, a infância de Harry, a tragédia envolvendo seus pais, sua iniciação na escola de bruxaria de Hogwarts, seus primeiros laços de amizade, o surgimento de Voldemort, etc. A autora britânica J.K. Rowling escreveu sete livros dependentes um do outro.
Gostei muito da obra, tanto é que depois optei pela compra dos outros seis livros da saga. Confira resenha da obra aqui.
04º Lugar: Authenticgames – Vivendo Uma Vida Autentica
Autor: Authenticgames
Editora: Alto Astral
Mais um youtuber na área! E mais um pra falar sobre Minecraf. Caraquíssima das caracas!! O mineiro Marco Túlio Matos Vieira lançou há aproximadamente cinco anos, um canal para falar – despretensiosamente – sobre os seus games de Minecraft. Resultado: Além do canal do YouTube chamado Authenticgames, um dos 20 mais populares do país, ele administra um website e uma página no Facebook, que já atingiu a marca de tem 1,4 milhão fãs.
A editora Alto Astral cresceu os olhos no grande número de seguidores do Marcão e saiu correndo atrás do garoto.
Neste livro, os fãs vão saber como surgiu o projeto do canal, quem são os amigos da internet que o Authentic levou para a vida real e outras cositas. Fiquem a vontade para comprar ou não.
03º Lugar: Herobrine – Alenda
Autores: Pac e Mike
Editora: Geração Jovem
Nãaaaaaaaaaaaaaaoooooooooo!!!! Mais Minecraft e youtubers na lista!!!!!! Nãaaaaaaaaooooo!!! PQP, assim eu não agüento! Cara, como estou muito esgotado e enjoado, vou publicar – sem tirar, nem por vírgula – a sinopse fornecida pela Geração Editorial e que Deus ajude a todos nós. Vamos lá. ‘O TazerCraft é um dos maiores sucessos da internet brasileira. Trata-se de um canal no YouTube que mobiliza milhões de jovens, diariamente, em histórias que prendem até o último segundo. No total, são mais de 1,5 bilhão de visualizações, sendo 20 milhões da série Herobrine- a lenda , 4,5 milhões de inscritos e uma aventura que não poderia ficar restrita apenas às telas dos computadores. Por isso, essa webserie (e filme) ganhou livro, para contar, com mais profundidade, com novos acontecimentos, com muito mais batalhas e emoção, uma história cheia de tensão, reviravoltas e o melhor ingrediente do mundo- aventura! Sem perder o charme dos vídeos e o conhecido jeito irreverente de Pac e Mike. Para melhorar, a dupla mostrou todo o talento num texto leve e empolgante, que envolve o leitor da primeira até a última página. Em Herobrine- a lenda, o amado quarteto está de volta- Felipe, Peter, João e Victor! Os quatro amigos viverão uma aventura que nem o mais crente dos habitantes de Mine poderia imaginar. Para os fãs, a edição conta com mais 30 ilustrações impressionantes que fazem os personagens saltarem – literalmente – no decorrer do livro.
Zéfini!
02º Lugar: A Coroa
Autores: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Como não li o livro e também não tenho interesse em lê-lo, vou publicar no post apenas a sinopse da editora Seguinte: ‘Em A herdeira, o universo de A Seleção entrou numa nova era. Vinte anos se passaram desde que America Singer e o príncipe Maxon se apaixonaram, e a filha do casal é a primeira princesa a passar por sua própria Seleção. Eadlyn não acreditava que encontraria um companheiro entre os trinta e cinco pretendentes do concurso, muito menos o amor verdadeiro. Mas às vezes o coração prega peças… E agora Eadlyn precisa fazer uma escolha muito mais difícil — e importante — do que esperava. America Singer e o príncipe Maxon se apaixonaram, e a filha do casal é a primeira princesa a passar por sua própria Seleção. Eadlyn não acreditava que encontraria um companheiro entre os trinta e cinco pretendentes do concurso, muito menos o amor verdadeiro. Mas às vezes o coração prega peças… E agora Eadlyn precisa fazer uma escolha muito mais difícil — e importante — do que esperava.
É só isso.
01º Lugar: O Diário de Larissa Manoela
Autores: Larissa Manoela
Editora: Haper Collins Brasil
Para quem não sabe, Larissa Manoela é a protagonista da novela “Carrossel” do SBT, em que viveu a enjoada Maria Joaquina, e também de “Cúmplices de um Resgate” na qual interpreta gêmeas, uma boa e outra má. Larissa é a atriz que mais aparece no horário nobre da TV brasileira.
Se Xuxa, Mara, Capitão Asa e outros foram os grandes ídolos de gerações passadas de crianças; não podemos negar que Larissa Manoela se tornou um fenômeno de popularidade entre as crianças e adolescentes de hoje. Prova disso é que o seu livro encabeça a lista dos mais vendidos da Veja.
Nesta obra, Larissa recorda episódios da infância, conta como brincava de interpretar personagens em casa ainda bem pequena, fala do primeiro beijo, do bullying que sofreu na escola.
Pelo release distribuído pela Haper Collins Brasil, o livro é uma biografia da garota narrada em primeira pessoa, ou seja, por ela mesma.
É isso aí pessoal, se vocês gostam de literatura infanto-juvenil, vejam a lista, analisem e escolham as suas obras preferidas.

Inté!

Neil Gaiman lançará livro sobre mitologia nórdica

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Acredito que os fãs de Neil Gaiman que são fissurados em mitologia nórdica acabaram de ter um treco. Em alguns, a pressão subiu ou baixou; em outros, as batidas cardíacas dispararam e por aí vai. A empolgação foi a causa de todas essas alterações fisiológicas. A galera que curte o barbudão Odin e companhia limitada de Asgard e de quebra são fãs incondicionais de Sandman, estão explodindo de alegria com a notícia de que o escritor britânico estará lançando em fevereiro de 2017 o livro “Norse Mythology” onde irá recontar a mitologia nórdica.
Gaiman fará uma releitura em forma de romance de mitos famoso sobre os deuses de Asgard. O livro irá explorar os nove mundos nórdicos, que são habitados por duendes, demônios de fogo, os deuses Vanir, seres humanos, anões, gigantes e mortos. Há ainda gigantes de gelo e elfos, além de divindades bem conhecidas como Thor, Odin e Loki, além do assustador e apocalíptico cenário do Ragnarok, onde os deuses lutam contra um gigante de fogo com sua espada em chamas, em uma batalha que levará ao fim do mundo.
Man!!! Pode acreditar! E toda essa odisséia contada “a maneira Gaiman”. Isso vale um tremendo e sonoro Ihauuuuuu!! Só mesmo quem é fã do cara e já leu sua obra prima Sandman para entender o motivo de tanta empolgação com relação a “Norse Mythology”.
O próprio Gaiman tornou pública a sua expectativa com o livro: “Ter a oportunidade recontar os mitos e poemas que herdamos dos nórdicos era quase bom demais para ser verdade. Espero que o uso da mitologia esteja bom, mas muito mais do que isso, espero que tenha recontado essas histórias como elas merecem ser lidas: algumas vezes profundas, às vezes engraçadas, às vezes heróicas, às vezes sombrias, e sempre inevitáveis.”
Vale lembrar que o autor já chegou a utilizar alguns temas dos mitos nórdicos em suas obras de fantasia como: “Deuses Americanos”, “Odd e os Gigantes de Gelo” e “O Oceano no Fim do Caminho”. Ah! “Sandman” também conta com a participação de três feras da mitologia nórdica: Loki, Odin e Thor.
Enfim, vamos aguardar a chegada dessa grande novidade. Pena que ainda tem chão para a chegada de fevereiro de 2017. E um pouquinho mais de chão, ainda, para a obra ser traduzida e lançada no Brasil.

Mas com certeza valerá a pena esperar.

Autora de “P.S. Eu Te Amo” lança novo livro: “O Ano em que Te Conheci”. Confira os primeiros capítulos

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Hoje, ao chegar em casa e acessar o meu e-mail topei com uma cartinha da editora Novo Conceito  que certamente deve estar recheando a caixa postal eletrônica de milhares de blogueiros. Caramba, elas sempre fazem isso quando lançam algum livro no qual apostam todas as suas fichas! É a chamada campanha virulenta na Web. Portanto, se você fez o seu cadastro no site dessa editora - visando participar de sorteios ou então, se inscrever em projetos de parcerias, sonhando ganhar alguns livrinhos de graça para resenhar - com certeza já deve ter sido brindado com os primeiros capítulos de “O Ano em que Te Conheci”, novo livro da escritora irlandesa Cecelia Aherm
A área de marketing da Novo Conceito caprichou na divulgação da obra que acabou de ‘desembarcar’ nas principais livrarias físicas e virtuais de todo o País. O marketing caprichado fica evidente no livro virtual que foi repassado, via e-mail, aos blogueiros cadastrados. Cara, é muito show de bola! Não há como negar e certamente você concordará comigo, após ter acesso aos primeiros capítulos do romance. É men! Verdade! Vou liberar no final do post, o link pra você ler as primeiras 66 das 336 páginas do livro. Acredito que será o suficiente para lhe inspirar a comprar a obra ou não.
Confesso que não li e provavelmente não irei ler, já que não tenho o hábito de fazer a chamada ‘leitura picada’, do tipo ‘leia as primeiras páginas, depois... se gostar, compre’. Sabem é meio complicado, pelo menos na minha concepção. Neste caso, teria de abandonar outras leituras de minha lista para encarar algo que não está completo. Além do mais quem acompanha esse blog já sabe da minha ojeriza de ler livros em Pdf  na tela de um computador, tablet ou similares.
Bem, mas vamos ao que interessa: dar alguns detalhes da escritora e de sua obra.
Para quem não sabe, Ahern foi muito elogiada pelo seu livro anterior: “P.S. Eu Te Amo”. Ele foi escrito em 2004 e fez tanto sucesso que acabou indo parar nas telas dos cinemas quatro anos depois. A autora ficou conhecida como a “Nicholas Sparks” de saias já que o seu estilo tem alguma semelhança com o conhecido escritor americano, nascido em Nebraska.
“P.S. Eu Te Amo” caiu tanto no agrado popular que a Novo Conceito decidiu relançar a história de Ahern 12 anos depois de a editora Relume Dumará ter publicado a história no Brasil..
Agora, a expectativa dos leitores é de que “O Ano em que Te Conheci” repita o sucesso de “P.S. Eu Te Amo”.
O novo romance da autora irlandesa de 34 anos segue a mesma linha lacrimosa de seus livros anteriores. De acordo com a sinopse fornecida pela editora, ‘Jasmine e Matt são vizinhos, mas não têm o menor interesse em tornarem-se amigos, além de nunca terem se falado antes. Estavam sempre ocupados demais com suas carreiras para manter qualquer tipo de contato. Jasmine, mesmo sem nunca tê-lo encontrado, tem motivos para não suportar Matt. Ambos estão em uma licença forçada do trabalho e sofrendo com seus dramas familiares, precisando de ajuda. Na véspera de Ano-Novo, os olhares de Jasmine e Matt se encontram de forma inusitada pela primeira vez. Conforme as estações do ano passam, uma amizade improvável lentamente começa a florescer.’
Segue abaixo o link onde vocês poderão ‘pescar’ os primeiros capítulos de “O Ano em que Te Conheci”. Se gostarem, fiquem à vontade para adquiri-lo; caso contrário, também fiquem à vontade para dispensá-lo.
Inté!
Link dos primeiros capítulos:

·        http://goo.gl/MMQE9w

Como eu era antes de você

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Olha, sinceramente? Eu deveria ter lido “Como eu era antes de você”, antes da obra de Jojo Moyes ter ficado famosa e conquistado milhares de leitores no Brasil. Deveria ter sido um dos primeiros a agarrar o livro logo quando o danadão entrou em pré-venda, mas o tonto aqui, esperou uma eternidade para adquiri-lo. Resultado: O final da história já estava sendo propalado aos quatro ventos pelas redes sociais. PQP!! Então, pra f... de vez, a editora Intrínseca lança “Depois de Você” (a sequência da história), sem se dar ao trabalho de ocultar qual foi o destino de Will Trynor e Louisa Clark. PQP, novamente! A sinopse da editora escancara, descaradamente, o que aconteceu com o pobre coitado, infeliz, azarado, seja lá o que for do personagem. Quanto a Louisa, simplesmente revelou que ela... Cara, quer um conselho? Se você, por algum milagre, ainda desconhece o destino do casal, não leia em hipótese alguma a sobrecapa de “Depois de você” e muito menos o release promocional que a editora distribuiu para as livrarias virtuais.
Não faça como o inocente, aqui, que leu o livro sabendo, por tabela, tudinho o que rolou com Will, Lou e companhia limitada.
Mas apesar desse fiasco, percebi que o livro é bom. Porque mesmo com o festival de spoilers que literalmente me derrubou, consegui me emocionar. E muito. Ah! Ri bastante, também. Caramba! Como me surpreendi com a qualidade de escrita de Moyes, principalmente na composição dos diálogos. Conheço autores que são verdadeiros desastres na hora de ‘colocar palavras’ na boca de seus personagens. Tanto é que eles evitam ao máximo escreverem diálogos longos, optando mais pela descrição. E quando se arriscam a criar alguma ‘coisa’ mais comprida... Ohohohohoh!! A cobra fuma! Alguns passam verdadeiros vexames. E olha que tem gente famosa que tinha grandes dificuldades em escrever diálogos. Quer um exemplo? Ok, se segura aí na cadeira men: H.P. Lovecraft foi um deles. Verdade! Este escritor considerado uma verdadeira lenda se enrolava todo em seus diálogos. Antes que me esculhambar, já aviso que o dono dessa afirmação foi o mestre do terror, Stephen King, e não eu.
Pois é, Moyes é por demais competente na formação de diálogos. Eles são perfeitos. Ela demonstra muita segurança ao escrever páginas inteiras somente com trocas de palavras entre os personagens de seu romance.
Quanto ao enredo de “Como eu era antes de você”, mesmo sendo água com açúcar – aliás, qual história de amor não é? – agradou-me muito.
Nem mesmo os spoilers que tomei conhecimento antes de ler o livro, me impediram de se emocionar com a história de Lou e Will. A autora consegue fazer isso, graças aos diálogos perfeitos. É como se você estivesse, de maneira invisível, ao lado dos personagens presenciando as suas interações.
Não  cheguei a chorar como fiz ao ler as páginas finais de “Marina” do grande escritor espanhol Carlos Ruiz Zafón, mas garanto que me emocionei, sim.
Moyes conta a história de Louisa Clark, ou simplesmente Lou, uma garota de 26 anos sem muitas ambições. Ela mora com ao pais, a irmã solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Sua vidinha ainda inclui o trabalho como garçonete num café de sua pequena cidade – um emprego que não paga muito, mas ajuda com as despesas – e o namoro com um cara chato e arrogante ‘pra mais de metro’ chamado Patrick, um triatleta que não parece muito interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor tem 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de ter sido atropelado por uma moto, o antes ativo e esportista Will agora desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Sua vida parece sem sentido e dolorosa demais para ser levada adiante. Obstinado, ele planeja com cuidado uma forma de acabar com esse sofrimento. Só não esperava que Lou aparecesse em sua vida. Entonce...
Recomendo a leitura. Muuuuito melhor do que “A Culpa é das Estrelas” e outras histórias de amor genéricas.

Inté!

Love Story (Uma História de Amor)

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Os leitores que acompanham o blog há algum tempo  já conhecem a minha aversão por novelizações de filmes. Eu, simplesmente, detesto. Se fosse padre, excomungaria todos os autores que escrevessem as famigeradas novelizações. E talvez, eu não esteja assim tão errado já que a maioria dos livros com essa característica acabou naufragando, enquanto os filmes tornaram-se verdadeiros blockbusters. Em 2011 escrevi um post que explica muito bem a chamada maldição das novelizações.
Mas como para tudo nesse mundo existem as exceções, no caso das novelizações não é diferente. Uma delas é o livro de Erich Segal, “Love Story” que no Brasil recebeu o título de “Uma História de Amor”.
O romance lançado em 1970 foi o livro mais vendido nos Estados Unidos e traduzido para 33 idiomas. Na época as livrarias enfrentaram filas gigantescas de leitores que de tão desejosos em adquirir a obra chegaram a dormir nas portas das lojas.
Então, como explicar toda essa histeria por uma novelização? Bem, para decifrar esse mistério temos que voltar para 1969, ou seja, um ano antes do lançamento do filme. Pois é, Segal havia escrito um roteiro sobre o envolvimento de um rapaz rico com uma garota pobre que sofre de doença terminal. Os executivos da Paramount ‘amaram’ o enredo lacrimoso e sem pestanejar compraram o texto.  Frisando: isto, em 1969.  Para reforçar a divulgação do filme, a produtora pediu que o autor escrevesse também um livro baseado no roteiro cinematográfico, para ser lançado nas lojas no Dia dos Namorados do ano seguinte, semanas antes de o longa ir para os cinemas. A estratégia funcionou.
"Love Story", estourou em vendagens e o filme com Ryan O’Neal e Ali MacGraw se tornou a sexta maior bilheteria na história do cinema americano. A frase dita pela personagem de MacGraw no filme: “amar é jamais ter que pedir perdão” se tornou antológica e uma marca registrada para aquela geração.
Portanto, acredito que o sucesso da novelização de Love Story deve-se  a estratégia de marketing da Paramount que optou por lançar o livro bem antes do filme e numa data que tinha tudo a ver com a situação: o dia dos namorados. Acredito que por ter sido lançado antes da produção cinematográfica, o livro de Segal acabou perdendo o estigma de novelização.
Milhares de pessoas leram o livro antes de assistir ao filme o que resultou num sucesso estrondoso da obra. Não deu outra: esses mesmos milhares de leitores ficaram hiper-curiosos para ver como a história escrita ficaria nas telonas. Cara, essa estratégia de marketing simples mas eficaz, fez com que tanto livro quanto filme entrassem para o chamado rol da fama das obras antológicas.
Como já disse, o livro foi o mais vendido em 1970 na Terra do Tio Sam e lançado em mais de 30 países. Já a película cinematográfica faturou cinco Globos de Ouro, incluindo melhor filme e melhor atriz para Ali MacGraw, que pegou o papel por ser namorada de Robert Evans, um poderoso produtor da Paramount.
Conseguiu sete indicações para o Oscar, mas só levou a melhor trilha sonora, para Francis Lai.
“Love Story” também abriu caminho nos cinemas para os chamados filmes românticos de doença, onde sempre um dos protagonistas morria perto do fim. Afinal, onde você acha que “Como eu era antes de você”, “A culpa é das estrelas”, “Diário de uma paixão” e tantos outros se inspiraram?
Li o livro de Segal e também assisti ao filme dirigido por Arthur Hiller e posso garantir que as diferenças são praticamente inexistem. Obra literária e produção cinematográfica podem ser consideradas irmãs gêmeas.
Como já havia assistido ao filme há décadas - na minha infância - não me recordo de muitas coisas, por isso, as páginas de “Love Story” ainda conseguiram me prender; caso contrário, seria difícil.
Na trama temos um rapaz rico que estuda direito em Harvard e uma garota de classe baixa que dá um duro danado para pagar uma faculdade de menor prestígio. A família dele se opõe ao romance, mesmo assim, eles se casam e Oliver perde a ajuda financeira paterna.
Tempos depois, o choque: ela tem uma doença incurável. O roteiro não deixa claro, mas é leucemia. Quando a doença se agrava, ele acaba se reaproximando do pai que por sua vez, revê a sua forma de encarar o relacionamento do casal. Mas, já é tarde demais.

Um ótimo livro, desde que você não se recorde do filme.

Desejo de matar

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Quando “Desejo de Matar” com o saudoso Charles Bronson foi lançado nos cinemas em 1974, muitas pessoas sequer imaginavam que a história havia sido baseada num romance policial publicado dois anos antes do filme. Livro e filme são verdadeiros contrastes: o primeiro, um fiasco; o segundo, um sucesso inquestionável.
A produção cinematográfica que elevou, na época, o nome de Bronson a categoria de atores mais bem pagos de Hollywood fez tanto sucesso que ganhou mais quatro sequências. A franquia de filmes só terminou em 1994 com “Desejo de Matar V: A Face da Morte”, durando exatos 20 anos.
Quanto ao livro... Infelizmente, ninguém se lembra. Digo infelizmente porque a obra de Garfield é muito boa e por isso, não merecia ter permanecido no limbo.
O autor conta a história de Paul Benjamin (no filme o nome do personagem foi alterado para Paul Kersey), um pacato e obeso arquiteto de Nova York que decide sair passando fogo na bandidagem depois que sua família é violentamente atacada por um bando de marginais. A mulher de Benjamin é espancada e morta. Quanto a filha, após sofrer nas mãos dos criminosos, não suporta tanta brutalidade e acaba ficando em estado catatônico para sempre, sendo internada num manicômio. Isto é demais para Benjamin que percebendo a ineficiência da polícia que não consegue descobrir os autores do crime, resolve fazer justiça com as próprias mãos.
Mas a sua justiça é distinta. Ele não sai em busca de vingança contra os homens diretamente responsáveis pelo crime; pelo contrário, Benjamin nunca os encontra. Furioso com o fato de os cidadãos honestos serem prisioneiros numa sociedade dominada pelos marginais, o outrora pacato arquiteto torna-se um justiceiro que passa fogo em todo e qualquer bandido que encontre pela frente, punindo o crime em geral.
Este é o resumo do livro e também do filme, já que ambos são semelhantes. Os produtores optaram por uma adaptação fiel da obra de Garfield, excetuando o nome do personagem principal que foi trocado. Ah! A sua forma física também, já que Paul Benjamin é um cara obeso, enquanto o Paul Kersey de Bronson não tem nada de gordo.
Você que assistiu ao filme pode questionar: “Se livro e filme são parecidos porque perder tempo lendo a história?” A resposta é simples: lendo o romancevvocê vai acompanhar, em detalhes, as mudanças psicológicas do personagem, o que não ocorre no cinema.
Garfield mostra a desconstrução de um perfil psicológico e a construção de outro totalmente diferente. Não espere encontrar no livro a mesma ação e tiros do filme. Nas páginas, a ação cede espaço para o drama, as dúvidas, medo e revolta de Paul Benjamin, conhecido como “O Justiceiro”. O leitor presencia a transformação de um homem pacato em uma pessoa psicótica que quer eliminar todo ser humano, o qual julgue ser um criminoso, que cruze o seu caminho. Basta o sujeito colocar a mão no bolso para retirar um maço de cigarros ou a carteira que Benjamin já estará pensando que ele vai sacar um revólver ou uma faca. O lado violento e racista do personagem também é exacerbado no livro. Vejam só o seu raciocínio no momento em que viaja num vagão de trem lotado de passageiros: “Surpreendeu-se olhando para todos os rostos como se procurasse entre a multidão de passageiros alguns que ainda pudessem ser salvos. Quem quisesse fazer alguma coisa a respeito do excesso de população, ali era o lugar para começar. Contou as cabeças e descobriu que dentre os cinqüenta e oito rostos, sete pareciam ser de pessoas que tinham direito à sobrevivência. O resto era carne de canhão... Era fácil ver nos corpos e rostos que não mereciam viver, que em nada contribuíam, a não ser a sua catinguenta existência. Para que poderiam servir? Melhor seria exterminá-los”
Já no filme, vemos um vigilante menos psicótico, já que não temos acesso aos seus pensamentos mais intimos. A vantagem do romance é que o autor deixou um pouco de lado as cenas de caçada aos criminosos – acho que são quatro ou cinco e descritas de maneira bem sucinta – para investir na composição do personagem.
Por isso galera, vale muito a pena sim, ler o livro.


10 livros que o tempo esqueceu, mas que merecem ser lidos e relidos

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É uma pena vermos, hoje em dia, tantos livros fraquinhos ganharem o status de bestsellers. O pior é que alguns deles chegam até mesmo a fazer a cabeça dos críticos. Cara, como isso dói. É claro que no meio de tanta sucata, existem bons livros, mas sinto dizer que o número de tranqueiras é maior. Enquanto isso, clássicos de um passado distante ficam relegados ao limbo do esquecimento.
O tempo é cruel com os livros; os bons, quero dizer. Ao longo de décadas foram publicados romances maravilhosos que encantaram gerações, mas com o passar do tempo acabaram caindo no esquecimento. Sabem de uma coisa? Estes livros são parecidos com nós, seres humanos: crescem, se tornam conhecidos, caem no esquecimento e depois morrem. Como se eles tivessem alma. Quando disse que eles morriam, me refiri ao encerramento definitivo de novas publicações. Então, só resta aos leitores empedernidos buscarem auxílio nos sebos, considerados o cemitério dessas obras. Fico pensando o que seria dos devoradores de livros se não fossem os “santos” sebos. Eles são indispensáveis, tanto que dediquei um post só para eles (confira aqui).
Hoje, gostaria de homenagear esses livros que o tempo esqueceu, mas que no passado foram devorados por várias gerações. O que me consola é que muitos leitores contemporâneos, alguns bem jovens – na casa dos seus 14 o 15 anos – ainda sentem prazer na leitura dessas verdadeiras obras de arte.
Vamos a elas:
01 – A Águia Pousou (Jack Higgins)
O livro escrito pelo inglês Jack Higgins foi campeão de vendagens em 1975. O tema abordado pelo autor que misturou ficção com realidade se transformou no principal assunto em várias ‘rodas sociais’ da década de 70. Todo mundo discutia qual teria sido a reação da Inglaterra se, por acaso, o seu primeiro ministro, Wiston Churchill se tornasse vítima de sequestro pelos alemães nazistas na década de 40.
Apesar do livro ter sido escrito há mais de três e meia após a 2ª Guerra Mundial, o tema abordado por Higgins continuou gerando muita polêmica devido a participação decisiva de Churchill na vitória dos aliados contra as tropas comandadas por Adolf Hitler. Ele realizou inúmeras viagens, costurou alianças e traçou estratégias militares fundamentais para a vitória aliada. Agora, imagine se esse famoso estadista do Reino Unido fosse seqüestrado pelas tropas nazistas? Qual seria o rumo da 2ª Guerra Mundial? Pois é, Higgins pensou nessa possibilidade e escreveu um verdadeiro ‘arrassa-quarteirão’ naquele ano.
O autor garante que cerca de cinqüenta por cento dos fatos narrados em sua obra são historicamente documentados.  Ele explica a complexa operação planejada pelo alto comando do Exército Nazista Alemão para seqüestrar o Primeiro-Ministro inglês que se preparava para passar um final de semana tranqüilo em Norfolk, interior da Inglaterra. A ação se passa em 1943. Sob o comando de Hitler; Heinrich Himmler e os coronéis Max Radl, Kurt Steiner e Liam Devlin levam suas tropas de pára-quedas a uma pequena cidade próxima de Norfolk, disfarçados de soldados poloneses. O plano era perfeito. Ele só não era capaz de prever uma paixão no meio da operação.
“A Aguia Pousou” teve ainda mais duas edições em 1984 e 1986, depois... nada mais. Em 1991, Higgins escreveu “A Aguia Voou”, uma continuação da história que não repetiu o sucesso da original.
02 – Pássaros Feridos (Collen McCullough)
Era o ano de 1985 e o SBT – canal de Silvio Santos que estava em funcionamento há apenas quatro anos – colocava no ar o primeiro capítulo da minissérie “Pássaros Feridos” com Richard Chamberlain, na época um galã que arrancava longos suspiros da galera feminina. A polêmica história de um padre que é apaixonado por uma moça que conhece desde criança conseguiu uma verdadeira façanha naquele ano: vencer a toda poderosa Rede Globo de Televisão.
Silvio Santos que não era bobo (e continua não sendo) atrasava a exibição da minissérie – cujo horário normal era as 21H30min – para não bater de frente com a novela Roque Santeiro da concorrente platinada. Resultado: Quando ia ao ar, “Passaros Feridos” engolia TV Pirata, Tela Quente, Magnum, enfim qualquer programa que fosse exibido naquele horário. A surra era humilhante.
Esta minissérie exibida originalmente pela rede norte-americana ABC – antes de ter os seus direitos adquiridos pelo SBT – foi baseada no romance de Collen McCullough escrito em 1977. À exemplo da minissérie, o livro foi um estrondoso sucesso e vendeu 30 milhões de exemplares, sendo traduzido para vários idiomas. A edição mais recente do romance de McCullough foi lançado em 2012 pela editora Bertrand, mas a sua venda estava cotada em euros.
“Passaros Feridos” narra A história do padre Ralph de Bricassart, que passa a vida no dilema de seguir na vida religiosa ou abandoná-la e viver plenamente seu amor por Maggie, que conhece desde criança, quando ela foi morar numa fazenda na Austrália de propriedade de sua tia Mary Carson, apaixonada por Ralph. Maggie, depois de crescida, acaba se casando com Luke O'Neill, enquanto Ralph segue em sua escalada rumo ao papado.Os dois vivem infelizes.
Loucamente desejado há quase 40 anos, hoje essa jóia rara da literatura caiu no esquecimento de muitos leitores viciados nas chamadas obras teens.
03 – O Enxame (Arthur Herzog)
O livro de 1976, lançado pela Artenova é fantástico e volta e meia o releio ou então dou uma folheada em algumas partes. Herzog usou um método inovador na época, deixando de lado introdução, prólogo, prefácio e outros inícios convencionais de obras, para estampar na história, logo de cara, notícias de ataques de abelhas africanas em várias partes do mundo.
As duas páginas, antes do 1º capítulo, contem textos jornalísticos sobre os estragos provocados pelas abelhas, além de relatos que indicam o surgimento de uma nova espécie mortífera do animal.
Confesso que foi um golpe de mestre de Arthur Herzog, pois logo no prólogo, ele já consegue fisgar a atenção do leitor, apresentando escancaradamente o vilão: as temíveis abelhas africanas.
As abelhas de “O Enxame” são completamente do mal: traiçoeiras, nervosas, descontroladas, ferroando homens e animais, mesmo sem serem molestadas, pelo simples prazer de matar (ver mais na resenha do livro). 
O livro teve uma única edição no Brasil, a de 1976 publicada pela Artenova com a clássica capa de um enxame atacando uma metrópole, causando o maior alvoroço.
“O Enxame” agradou tanto a crítica literária quanto os leitores da década de 70, mas atualmente, é um ilustre desconhecido.
04 – Os Invasores de Corpos (Jack Finney)
Viciante! É dessa forma que classifico “Invasores de Corpos”. Jack Finney misturou terror e ficção científica com maestria. O livro respira tensão, medo e suspense, sem apelar para descrições sangrentas.
Enquanto os escritores convencionais ‘daqueles tempos’ – o livro foi lançado originalmente em 1954 -  ainda pegavam carona na idéia de H.G. Wells e o seu fantástico “Guerra dos Mundos”, elaborando histórias de invasões alienígenas com naves espaciais pilotadas por seres hediondos de outros planetas; Finney deu chute nisso tudo e rodou a baiana. Ele substituiu as naves espaciais e os viajantes interplanetários por  vegetais alienígenas que viajam pelo espaço durante milhares de anos em busca de um planeta onde pudessem se reproduzir, substituindo seres vivos. E então, as ‘vagens-aliens’ encontram a  Terra. Os organismos originais padecem, enquanto, de dentro de vagens gigantes, irrompem clones desprovidos de emoção. Cara!! Finney foi muito astuto. Imagine como uma idéia dessa natureza foi recebida naquela época. Devido ao seu tom revolucionário, “Invasores de Corpos” foi um verdadeiro blockbuster literário nos anos 50. No Brasil, a obra só teria a sua primeira edição em 1978 pela editora Record. Em 1984, a Abril Cultura relançaria a história. Os leitores ainda seriam brindados com mais duas edições três anos depois (1987): uma de bolso e outra normal pela Nova Cultural. Depois disso ‘Zéfini’, nenhuma outra editora dos tempos modernos decidiu republicar a revolucionária história de ficção científica de Finney.
05 – Memórias de um Cabo de Vassoura (Orígenes Lessa)
Orígenes Lessa surpreendeu os leitores brasileiros em 1969 ao lançar “Memórias de Um Cabo de Vassoura”. No livro, um cabo de vassoura com um afiado senso crítico conta a sua trajetória desde a transformação de árvore em madeira, até sua decepcionante incursão no mundo dos homens e seu destino de utensílio de limpeza.
Na realidade, o cabo de vassoura representa a classe social mais sofrida dos anos 60; ou será que você pensa que a coisa ‘tá braba’ somente no Brasil de agora? O livro de Lessa apresenta questões relacionadas a desigualdade social, por isso acabou se transformando numa espécie de porta-voz da geração mais sofrida daquela época.
Hoje, pouco se ouve falar sobre esse livro. Que pena.
06 – O Dia do Chacal (Frederick Forsyth)
Frederick Forsyth criou dois personagens muito carismáticos. O Chacal, apesar de ser considerado vilão, tem o poder de seduzir o leitor. Ele é tão inteligente e detalhista que em certos momentos da trama, sem perceber, você se vê torcendo por ele. Então, entra em cena Label, tão inteligente e detalhista quanto o Chacal, e lá vai você trocar de lado em sua torcida. Este vai e vem na ‘preferência popular’ – bandido-mocinho, mocinho-bandido –  para descobrir quem leva a melhor no final é constante. O carisma de Chacal e Label são fod...   
O “Dia do Chacal”  é baseado em um fato real: a tentativa de assassinar o presidente francês Charles de Gaulle, que aconteceu em 1963, por obra de Jean Batistien-Thiry. O carro onde estava De Gaulle chegou a ser metralhado. Thiry era um funcionário público francês insatisfeito em perder seu cargo na Argélia  em virtude da independência do país  promovida por De Gaulle.
Forsyth ‘agarrou’ esse fato para compor a sua trama, com algumas modificações, é obvio. A principal delas foi trocar um funcionário publico insatisfeito por um mercenário misterioso contratado com a missão de eliminar o presidente francês.
O livro de Forsyth foi publicado no Brasil em 1971 e devido a ótima receptividade ganhou mais 12 edições nos últimos 13 anos, a última delas em 2010 pela Bestbolso. Depois a euforia acabou e nos últimos seis anos nenhuma editora manifestou interesse em colocar, novamente, a obra no mercado.
07 – A Cabana do Pai Tomás (Harriet Bucher Stowe)
O livro de Harriet Bucher Stowe recebeu inúmeras adaptações para a TV e o cinema em vários países, inclusive no Brasil. A Rede Globo exibiu uma novela sobre o livro no período de 7 de julho de 1969 a 28 de fevereiro de 1970. O Pai Tomás foi vivido pelo ator Sérgio Cardoso que viria a morrer em 1972, aos 47 anos, vítima de um ataque cardíaco.
"A Cabana do Pai Tomás" é uma história de fé, coragem, determinação, perseverança e luta. Stowe passa ao leitor um sentimento de revolta e indignação ao apresentar detalhadamente o comércio "legal" de seres humanos e a forma bruta e selvagem com que os senhores tratavam os negros a fim de obterem mais lucros em suas propriedades.
Esta obra literária contribui intensamente para a abolição da escravatura. Basta observar que, dois anos depois de seu lançamento, surgiu o Partido Republicano, que abraçou a causa abolicionista. A autora chegou até mesmo merecer do presidente norte-americano, Abraham Lincoln, esta consideração: Foi a senhora que, com seu livro, causou essa grande guerra (a guerra entre os estados).
Uma pena ver um livro tão importante como “A Cabana do Pai Tomás”sem nenhuma edição recente.  A última foi lançada há 12 anos pela editora Madras.
08 – Presa (Michael Crichton)
Com certeza, “Presa” é o livro mais injustiçado de Michael Crichton. Enquanto a crítica especializada e milhares de leitores endeusam “O Parque dos Dinossauros”, “Mundo Perdido” e “O Enigma de Andrômeda”; “Presa” caiu no esquecimento.
Quando o livro foi lançado em 2003, aconteceu algo estranho, bem sui generis no meio literário. Vou tentar explicar. Todos que leram a obra de Crichton acharam-na magnífica. A crítica amou, mas em menos de quatro ou seis meses ninguém mais ouvia falar da obra! Falha de estratégia de marketing? De fato, não sei o que ocorreu. O que posso dizer é que o livro foi esquecido e acabou não vendendo o que merecia. Para que vocês entendam melhor, bastar dizer que o post que escrevi sobre o livro (ver aqui) em 2011 é o que tem menos acessos em todo blog, apenas: 66. Isto mesmo. Simplórios 66 acessos!
Aqueles que ainda não leram “Presa” estão perdendo uma das melhores leituras de toda a sua vida.
Crichton explora num ritmo frenético (tipo monta-russa) o polêmico tema nanotecnologia. Na história, um grupo de cientistas que realizam experiências com nanopartículas num laboratório isolado no meio do deserto de Nevada acabam cometendo um erro e uma nuvem dessas nanopartículas escapam. Em pouco tempo, elas vão se tornando inteligentes, auto-sustentáveis e auto-reprodutivas transformando os seres humanos em suas presas, em seu alimento.
“Presa” foi publicado uma única vez pela Rocco, em 2003. Depois disso, anything.
09 - Os Eleitos (Tom Wolfe)
“Os Eleitos” reproduz a história de pilotos de provas que se transformaram nos astronautas do primeiro projeto espacial americano. Tom Wolfe usa uma linguagem de fácil assimilação fazendo com que até mesmo os leitores que não estejam familiarizados com a história da corrida espacial americana compreendam perfeitamente o texto.
O filme baseado em “Os Eleitos” fez muito sucesso na época, 1983. A produção cinematográfica  tornou-se um clássico. Levado às telas em 1983, sob a direção de Philip Kaufman, com um elenco com nomes como Sam Sheppard, Ed Harris, Barbara Hershey, Dennis Quaid e Scott Glenn recebeu oito indicações ao Oscar (entre elas a de Melhor Filme), levou as estatuetas de Melhor Trilha Sonora, Melhor Som, Melhores Efeitos Sonoros e Melhor Montagem.
O livro de Tom Wolf só foi lançado no Brasil pela editora Rocco em 1988, cinco anos depois do filme e  vendeu o suficiente para ser reeditado por mais duas vezes, sendo a terceira edição datada de 1992.  Parou por aí.
10 – A Metade Negra (Stephen King)
Cara, livraço! “A Metade Negra” estourou em vendagens na data de seu lançamento por aqui: 1991. Na época, a editora Francisco Alves detinha os direitos de publicação das histórias de Stephen King no Brasil. Acredito que aquele foi um dos melhores períodos para os fãs de King, pois ele escreveu verdadeiras jóias lapidadas. Anotem aí: “Os Estranhos”, “Trocas Macabras”, “Os Livros de Bachman” e outros. “A Metade Negra”, é claro, faz parte dessa leva.
Que eu me lembre, parece que o livro só teve uma edição, a de 1991. Depois nadica de nada. Fico P. da vida quando vejo o mercado literário entupido de relançamentos de King ainda atuais. Caraca, a obra foi lançada em 2015 e mal chegou 2016, já temos reedições?! E quanto aqueles livros fenomenais – como “A Metade Negra” - que só tiveram uma oportunidade na vida e depois sumiram?

É decepcionante!
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