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“Origem”, novo livro de Dan Brown, chega nas livrarias em outubro. Desta vez, Robert Langdon tenta descobrir de onde viemos

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O Marcos, um colega de trabalho – cara hiper legal – me disse há alguns dias algo engraçado, mas ao mesmo tempo sério. Ao chegar na redação, ele disparou: - Moreira, sabe qual a diferença entre o Kvothe e o Robert Langdon? – eu respondi que não. – O Langdon demora uma eternidade, mas um dia chega, já o Kvothe, demora uma eternidade e meia, mas nunca chega. – Cara achei o máximo essa filosofia tupiniquim.
O Marcos quis dizer que Dan Brown demora muuuiiito para lançar uma nova sequência das aventuras de seu personagem principal, o simbologista de Harvard, Robert Langdon; mas por outro lado, Patrick Rothfuss demora o dobro de tempo para colocar no mercado um novo enredo do arcanista Kvothe que lhe deu projeção mundial.
- Digamos que os fãs de Langdon sofrem bem menos do que os fás de Kvothe. – disparou Marcos.
Vejam bem, Rothfuss lançou “O Temor do Sábio” – 2º volume da trilogia “Crônica do matador do Rei” em 2011, enquanto Brown liberou “Inferno” -4º livro das peripécias do professor universitário metido a Indiana Jones - em 2013. Após quatro anos, Brown já está com o quinto romance do personagem engatilhado para entrar no mercado literário, enquanto Rothfuss, após seis anos, ainda continua empacado. Cara, ninguém tem notícias de “Os Portões de Pedra” que conclui a trilogia “Crônica do Matador do Rei”. Caraca!
Tudo bem pessoal, deixando as analogias de lado, vamos ao que interessa: ao novo livro de Brown que você, com certeza, está contando nos dedos  a hora de chegar.
“Origem” tenta reeditar o sucesso de “Anjos eDemônios” (2000), “O Código Da Vinci” (2003), “O SímboloPerdido" (2009) – na minha opinião, o pior de todos  - e Inferno (2013). Os cinco livros pertencem ao chamado ‘Universo Langdon’ do autor. A previsão é de que o novo livro, que já está em pré-venda, desemboque nas livrarias brasileiras em  será lançado internacionalmente no dia 5 de outubro.
Em Origem, Langdon percorrerá cenários como o Mosteiro de Montserrat, a Casa Milà (A Pedreira) e A Sagrada Família, em Barcelona, o Museu Guggenheim, em Bilbao, o Palácio Real de Madri e a Catedral de Sevilha.
Em comunicado a impressa, revelou que Origem levará Langdon as duas questões mais importantes da humanidade , por exemplo, de onde viemos, e a resposta promete sacudir a Terra.
Os cenários de seus livros são peças-chave no enredo, a exemplo de sua obras anteriores.
"Sempre considerei a Espanha uma terra de belos paradoxos, um lugar que possui uma rica tradição e uma rica história que, ao mesmo tempo, não deixa de mirar o futuro inovando em ciência e tecnologia”, explicou Dan Brown em comunicado.
Ele prossegue afirmando, “quando quis escrever uma história que mesclasse o antigo e o moderno, sabia que só podia escolher um lugar para ambientá-la”.
Dan Brown escolheu situar o livro na Espanha por esses motivos narrativos, mas sua ligação pessoal com o país também influenciou na decisão. “Espanha foi o primeiro país que visitei fora dos Estados Unidos. Eu tinha 16 anos e vivi em Astúrias com uma família maravilhosa. Durante minha visita, me apaixonei pela cultura, pela história e, sobretudo, pelas pessoas e sua língua.”
Taí galera, agora só resta aguardar com toda a nossa expectativa a chegada da nova aventura de Langdon e torcer para que cumpra o seu objetivo principal: satisfazer o apetite de seus vorazes leitores.
Vejamos.



O Livro dos Mortos do Rock

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Alguns leitores consideram o livro de David Comfort sensacionalista, mas uma coisa eles não podem negar: “O Livro dos Mortos do Rock” tem muitas informações interessantes e que conseguem prender a atenção da galera até a ‘última gota’. O autor foi minucioso em suas pesquisas e vasculhou a fundo a vida das sete saudosas celebridades do mundo do rock. A escrita no formato ‘jornalismo investigativo’ aguça a curiosidade dos leitores fazendo com que eles devorem em pouco tempo as 408 páginas recheadas de informações bizarras, engraçadas, chocantes e tristes envolvendo o lado secreto – desconhecido dos fãs – dessas lendas do rock.
Com relação ao carma de sensacionalista que a obra carrega; olha... não concordo. Comfort escreveu o seu livro baseado em depoimentos de pessoas próximas dos sete artistas. Entenda ‘pessoas próximas’ como: empresários, filhos, esposas, amantes, amigos, pais, mães, avós e o escambau a quatro. Uma miscelânea de informações dadas por fontes confiáveis que tiveram a oportunidade de conviver ao lado das sete feras. Comfort completou essas informações com uma vasta bibliografia, incluindo livros e reportagens publicadas em jornais conceituados. Portanto, não vejo onde está o sensacionalismo.
Agora, falando da obra em si, trata-se de um livraço. Prato cheio para os fãs que quiserem conhecer detalhes curiosos sobre a vida de Elvis Presley, Jimi Hendrix, Kurt Cobain, Jim Morrison, Janis Joplin, John Lennon e Jerry Garcia, ou seja, as sete feras a que me referi no início do post.
Valendo-se de diversos pontos de vista, tanto de pessoas próximas quanto dos próprios astros, Comfort mostra que, apesar de personalidades diferentes, suas histórias de vida tiveram muito em comum.
Ao desafiar os limites da liberdade e da rebeldia, os sete conheceram o céu e o inferno do estrelato, a mais completa euforia e a depressão arrasadora. Tornaram-se solitários e autodestrutivos, entregues ao vício e às pressões por parte de amigos, fãs e empresários.
“O Livro dos Mortos do Rock” pode ser considerada uma obra desmistificadora já que rompe inúmeros paradigmas, mostrando o chamado ‘lado negro da força’ desses roqueiros. Depoimentos de pessoas ligadas a Elvis Presley revelam, por exemplo, a intenção do rei em contratar um assassino de aluguel para eliminar um sujeito que teria saído com uma de suas garotas. O livro dá detalhes sobre esse fato e o que motivou Elvis a tomar essa atitude drástica, que felizmente não se concretizou.
O capítulo sobre John Lennon, mostra um ex-beatle dependente de sua mulher Yoko Ono que determinava tudo o que ele devia ou não fazer, das coisas mais simples as mais complexas. Vemos, ainda, um John que não gosta de ter amigos e nem vê importância nisso. – Quando preciso de um amigo, eu alugo – diz ele.
O livro simula – através de depoimentos – como teria sido os últimos instantes  do chamado ‘Grupo dos Sete”. Hendrix, Morrison e Cobain teriam sido assassinados? Juro que fiquei na dúvida, principalmente com relação a Cobain. As provas apresentadas por detetives e perito legistas, de fato, conseguem plantar a semente da dúvida no leitor.
As brigas homéricas entre Morrison e Joplin quando estavam no auge de suas carreiras – eles eram inimigos ferrenhos que se odiavam – também são relatadas; a morte de Elvis que poderia ter sido evitada pela sua última namorada, Ginger Alden, que dormia no quarto ao lado do banheiro onde The King teve o suposto enfarte; a mania bizarra do Grateful Dead, grupo de Jerry Garcia, em querer drogar todas as pessoas que tivessem contato com eles. Estas são apenas algumas passagens curiosas do livro.
Todos os Sete, exceto um, tentaram suicídio ou ameaçaram cometê-lo. Todos os Sete tornaram-se viciados. A maioria morreu por excesso de drogas. Se um deles não tivesse morrido baleado, poderia muito bem ter tido o mesmo fim.
Seis dos sete imortais foram presos diversas vezes. Foras da lei, rebeldes, pregadores da liberdade, tiveram uma postura gloriosa contra o establishment. O sétimo foi o único de sua espécie, fazendo sua própria lei - afinal, ele era o establishment: o Rei. O presidente Nixon o nomeou agente federal de narcóticos. O Rei nunca se permitiu ser um drogado de rua: nos últimos 20 meses de vida, consumiu 12 mil tipos diferentes de analgésicos, todos receitados por médicos.
A morte também assombrou a vida da maioria deles desde a infância. A mãe de dois deles faleceu em acidente de automóvel. A mãe de outros dois bebia até cair. Aos 5 anos de idade, um deles viu o pai se afogar. Outro astro insistia em dizer que possuía os "genes do suicídio" porque os membros de sua família haviam tirado a própria vida.
Achei o livro impactante.

Recomendo.

Detalhes
Livros dos Mortos do Rock
Autor: David Comfort
Editora: Aleph
Páginas: 408
Preço: R$ 55,00 em média

“A Sombra do Vento”, o livro que misteriosamente sumiu da minha estante

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Há algum tempo teve um programa especial de fim de ano na emissora de rádio da minha cidade chamado “À Procura de Papai Noel”. Nele, um grupo de crianças tinha a missão de localizar o bom velhinho que, de repente, havia sumido, deixando as arvores de Natal vazias e consequentemente, os baixinhos sem presentes. A pergunta que se repetia a exaustão durante todo o programa era: “Onde está o Papai Noel?”.
Ontem, vivi uma situação semelhante; bastou trocar o bom velhinho pançudo de roupas vermelhas por um livro. “A Sombra do Vento” de Carlos Ruiz Zafón – primeiro volume da saga “O Cemitério dos Livros Esquecidos” – iria me proporcionar um grande presente, daqueles com aura de Natal: as chaves para entrar no mundo de Julian Carax, Daniel Sempere, Fermin Romero, Clara Barceló e companhia. Digamos que a obra de Zafón seria o meu Papai Noel.
Entonce... O livro sumiu!! Verdade! Como se fosse o próprio Papai Noel fujão do programa de rádio. Tudo aconteceu na noite desta segunda-feira (27). O menino aqui, vinha acalentando desde as primeiras horas do dia, a deliciosa expectativa de reler “A Sombra do Vento”. Tomei essa decisão após comprar “O Labirinto dos Espíritos” que fecha a saga “O Cemitério dos Livros Esquecidos”. Apesar de já ter lido e adorado os três primeiros volumes – “A Sombra do Vento”, “O Jogo do Anjo” e “Prisioneiro do Céu” – optei por rele-los antes de devorar o quarto e último livro da saga.
Cara, ainda me lembro como viajei na leitura de “A Sombra do Vento”  em 2014. Caraca, que história! O meu desejo de rele-lo era quase incontrolável; então, quando chegou o momento, por volta das 23H30min, eis que me dirijo a minha de leitura para cerimoniosamente retirá-lo da estante.  Estendi o braço, abri as mãos para segurá-lo, mas... mas... cadê o livro!! Corro até o computador, confiro o numero catalogado, volto a estante, mas o livro com o tal numero não está lá. Demorei aproximadamente 40 minutos para conferir todos os livros daquela estante, sem sucesso.
Sabe quando você tira o doce da boca de uma criança, antes dela dar a primeira e desejosa mordida? Pois é, foi assim que me senti. A própria criança sem o seu doce.
Galera até agora não sei onde o livro foi parar. No mês passado, quando dona Chiquinha veio fazer uma faxina em minha casa, foi avisada pela Lulu para que não limpasse as estantes que são os meus verdadeiros xodós, mas a bondosa mulher insistiu em fazer o serviço completo. Como Lulu é ainda mais bondosa do que a própria dona Chiquinha, acabou concordando. E assim, lá vai a dona Chiquinha limpar as minhas estantes. Cara... será que ela trocou algum livro de lugar? Quero dizer: será que a mulher trocou “A Sombra do Vento” de lugar? Se trocou, eu não consegui encontrá-lo e perguntar, agora, para a dona Chiquinha não vai adiantar. Talvez, ela responda: “Claro que não!” ou quem sabe: “Mininu, não me lembro”. Melhor esquecer.
Bem... tem ainda o lance do “me empresta esse livro?”. Antigamente, todos que iam até a minha casa e viam aberta a porta da minha ‘saletinha’ de leitura, faziam questão de entrar – vejam bem, a maioria não pedia para entrar, simplesmente, já iam entrando – no local para ficar observando os livros. E volta e meia vinha o pedido: “Me empresta esse?”. Meu, que chute certeiro nas bolas. Como doía essa perguntinha. O que eu poderia dizer? O livro não é meu, mas está na minha estante e ainda por cima catalogado com um número? É... acho que essa desculpa não iria colocar. Poderia, então, lascar simplesmente: “Não empresto!! E vamos saindo daqui, rápido, vamos, vamos! Acabou a festa!”. Galera, dizer tudo isso na brincadeira é fácil; agora ter a atitude para dizer ‘na lata’ é difícil. Bem, que eu me lembre ninguém me pediu “A Sombra do Vento” emprestado, mas sabe como é...  A nossa memória, às vezes, falha e a minha já passou dos 50, para ser exato, 54. Portanto, os meus neurônios podem estar querendo me pregar alguma peça.
O lance da reforma. Pois é, lembrei-me também do período em que reformei a casa. Isto foi há aproximadamente dois anos. Na época, eu e Lulu encaixotamos todos os livros para protegê-los do pó, já que optei por passar sinteco no piso da minha humilde residência, quero dizer, da minha humilde bibliotequinha. E lá ‘vamu nóis’ encaixotando tudo o que vemos pela frente! Depois, na operação ‘Retorno às Estantes’ demoramos quase um dia para espaná-los, limpa-los e guardá-los. Ontem, enquanto batia o desespero de não encontrar Sempere e Carax  em seus lugares, bateu aquela dúvida: “Será que enfiei esse livro em algum buraco negro? Entenda-se ‘buraco-negro’ por aquele lugar errado na estante ou então, esquecido numa caixa que já foi embora. Não, não. Eu e Lulu sempre fomos muito cuidadosos quando estamos manuseando qualquer livro, seja ele velho ou novo. Mas mesmo assim, fica sempre fica aquela pontinha de dúvida, né?
Cara, quer saber de uma coisa. Vou parar de ficar conjecturando. C-h-e-g-a! O livro sumiu, correto? Entonce não adianta ficar chorando pelo leite derramado. Sabem o que eu fiz, tão logo dei ciência do sumiço? Já adquiri um novo volume de “A Sombra do Vento”, o qual prometo à mim mesmo, guardá-lo com todo o cuidado que não tive com o seu antecessor. E se alguém me pedir emprestado, deixarei de lado as minhas boas maneiras e rosnarei como um pitbull enfurecido: Argghhh.... Nãaaaaoo empresto e ponto final!!!! Brrrrrrrrr!!!
Agora, enquanto aguardo a chegada da obra de Zafón, estou lendo “O Casamento” de Nicholas Sparks. Optei por escolher um livro light e bem curtinho, enquanto Sempere, Firmin, Carax e toda sua turma não chegam.

Inté!

Um Conto do Destino

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Tá bem, eu confesso. Lutei com todas as minhas forças e energia, mas acabei perdendo esta batalha; e por goleada. Fiquei tão grogue com a surra que levei que estou resenhando a obra somente agora. Digo isto porque já li o livro há mais de dois anos; quero dizer... a metade do livro, já que não consegui encará-lo por inteiro.
Tentei vencer aquele calhamaço de mais de 700 páginas de “Um Conto do Destino”, mas miei. A obra de Matk Helprin é muito louca, mirabolante e extrapola os limites da surrealidade. Ela até começa bem, prendendo a sua atenção, mas depois...
O autor começa contando a história de um casal apaixonado, em seguida, quando menos se espera, ele dá um corte abrupto nessa história e já ‘pula’ para um outro contexto com novos personagens e ‘bota’ personagens nisso! Cara, são muitos e nenhum deles com carisma suficiente para ‘laçar’ a atenção do leitor. Algumas pessoas que conseguiram ler as 720 páginas do livro, disseram que esses personagens - que a principio não tem nenhuma relação com o tal casal do início da história – só começam a entrar no contexto perto do final. Sei lá se é verdade galera, preferi não esperar para conferir. Parei, mesmo, antes da metade.
Algumas situações criadas por Helprin chegam a atingir as raias do absurdo. Algo muito sem noção. Acredito que ele quis criar um enredo com toques de fantasia, mas no final a ‘coisa’ degringolou e acabou ficando, de fato, surreal.
“Um Conto do Destino” conta a história de Peter Lake, um exímio mecânico e também larápio, que em uma noite especialmente fria consegue invadir uma mansão que mais se parece uma fortaleza. Ele pensa que não há ninguém em casa, mas a filha do dono o surpreende em plena ação. Assim começa o romance entre um ladrão de meia-idade e uma moça chamada Beverly que tem pouco tempo de vida. A partir daí começam a pipocar as passagens estranhas na história como um gato que veste roupas, um cachorro de seis metros de altura conhecido como “Cão do Afeganistão” e outras excentricidades das quais não me lembro, pois já faz algum tempinho que li o livro.
Um dos motivos que me levou a comprar “Um Conto do Destino”, na época, foi a publicidade muito chamativa do filme com Colin Farrell baseado na obra de Helprin. O slogan: “É possível amar alguém tão plenamente que a pessoa não pode morrer?” era o mesmo do livro. Entonce, o gaiato aqui, foi no embalo do slogan precedido por belas imagens e comprou o livrão de mais de 700 páginas. O que aconteceu? Você já sabe.
Taí, é o que dá ir com tanta sede ao pote.

Inté!

Santa demora! Após quase seis anos, nada de “As Portas de Pedra”. Conclusão da saga “A Crônica do matador de rei” está parecendo novela

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Antigamente, passava na TV uma novela chamada “O Direito de Nascer” que tinha uma audiência enorme. Todo mundo ficava torcendo para o nascimento de um bebê, só que... ele ‘nunca’ nascia. Uma diarista que trabalhava para a minha saudosa mãe, sempre dizia: “Eta bebezinho duro de vir pro mundo!”
Esta mesma situação de muitas décadas atrás, agora vale para um contexto atual: o novo livro de Patrick Rothfuss. Cara, em 24 novembro de 2017 estará completando, exatos, seis anos que o autor lançou “OTemor do Sábio”, segundo livro da trilogia “A Crônica do Matador do Rei”. E decorridos mais de meia década, até agora nem sinal de “The Doors of Stone” (As Portas de Pedra), livro que fecha a saga do arcanista Kvothe.
Em termos de demora para lançar um livro, Rothfuss colocou no bolso o próprio Dan Brown, que por sinal, já está com o seu “Origem” pronto para sair do forno, aqui no Brasil. 
Patrick Rothfuss
O ‘pai’ de Kvothe só perde para outro gênio da demora chamado Thomas Harris, criador do icônico serial killer Hannibal Lecter. Harris, por sua vez, coloca no bolso Rothfuss, Brown e companhia. O sujeito – aliás, um grande sujeito, admiro demais o seu trabalho - não lança um novo livro há 11 anos! O último que saiu do prelo, em 2006, foi “Hannibal –A Origem do Mal”. Depois disso, ‘nadica’ de nada. E olha que Rothfuss está chegando perto, porque após seis anos, não temos nenhuma notícia de “As Portas de Pedra” e cá entre nós, acho muito difícil que nos próximos dois anos tenhamos a alegria de ver Kvothe ‘desfilando’ em uma nova aventura. Os sites em todo o mundo não dão, sequer, uma previsão de lançamento. As notícias publicadas – pelo menos, as que eu vi – não passam de ‘achismos’.
Tanto Rothfuss quanto Harris são conhecidos por serem meticulosos, ao extremo, em suas pesquisas literárias antes de criar um novo enredo. Isto, talvez, explique em parte a grande demora para as suas obras chegarem ao competitivo mercado literário.
Mas no caso de Rothfuss já começam a surgir algumas críticas por causa do seu envolvimento em projetos paralelos como o lançamento de games, série e filme sobre o personagem. Como já expliquei nesse post, a produtora Lionsgate (“Jogos Vorazes”) confirmou a ida de Kvothe para o cinema e também para a TV. Conforme notícia divulgada pela Variety, já foi chamado o produtor, ator e compositor Lin-Manuel Miranda para ser o diretor criativo das adaptações da trilogia de fantasia.
O que alguns leitores e parte da crítica literária especializada não aceitam é que o escritor deixe de lado a conclusão de uma das melhores sagas de fantasia já escritas nos últimos anos para ‘investir tempo’ em projetos paralelos.
Kvothe e Auri
E para deixar os fãs do conhecido arcanista à um passo do enfarto, gostaria de lembrar que Rothfuss anunciou o lançamento para novembro do livro The Slow Regard of Silent Things (algo como A Lenta Consideração de Coisas Silenciosas), protagonizado por Auri, uma personagem secundária em “A Crônica do Matador do Rei”. Olha, pra ser sincero, fiquei P. da Vida com o anuncio do  lançamento desse livro. “C-a-r-a-c-a!! Mêu! Vai terminar o ultimo livro dessa trilogia, depois, sim, vai se preocupar em escrever histórias para personagens secundários!! Acorda pra vida Rithfuss!”. Galera, desculpa aí pelo desabafo, mas ta demorando muito, pô!
Bem, fazer o que? Se frustração, nesse caso, pagasse imposto, eu já estaria pobrezinho de ré.

Inté!

O Casamento

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Para ser sincero, eu não pretendia ler “O Casamento” de Nicholas Sparks. Não mesmo. A minha intenção era iniciar a releitura de “A Sombra do Vento” de Carlos Ruiz Zafón começando, assim, a odisséia de “O Cemitério dos Livros Esquecidos”, mas pelos motivos que já expliquei 'nesse post', acabei obrigado a adiar o meu encontro com Daniel Sempere, Julian Carax, Fermin, Tomás Aguilar e companhia.
Se me arrependo? Não. Primeiro: gostei da história de Sparks – fazendo analogia com um famoso comercial de TV: não é nenhuma Brastemp, mas é bom. – e segundo:  toda vez que adiamos, por pouco tempo, um projeto acalentado por nós, a expectativa em torno desse projeto cresce, aumentando o nosso estado de ânimo. Bem... pelo menos acontece dessa maneira comigo.
Não posso negar que esses detalhes ajudaram muito a gostar da história bem light escrita por Sparks. “O Casamento” é um daqueles livros que você lê numa tacada só. A escrita fluida e sem rebuscamentos do autor deixa o enredo ainda mais digerível. O tipo da história para você ler sem nenhuma pretensão; simplesmente para passar o tempo. Mas nem por isso, é ruim. Os personagens são bem compostos; o enredo, como já disse, é fluido; e o final tem uma baita reviravolta que certamente irá surpreender os leitores.
“O Casamento” (2003) é a sequência da obra máxima de Sparks: “Diário de Uma Paixão” (1996) e conta a história da filha, genro e netos de Noah e Allie, casal que encantou  toda uma geração de leitores há mais de 20 anos. Apesar de grande parte dos críticos literários terem derramado um mar de elogios na obra escrita em 2003, definitivamente, ela não se comprara com “Diário de Uma Paixão” que é uma história de amor - daquelas de arrebentar - entre duas almas gêmeas e que nem mesmo as piores dificuldades enfrentadas na juventude e também na velhice foram capazes de separá-los. Cara, como me emocionei! Mas emoção daquelas de deixar os olhos úmidos de lágrimas. Costumo dizer que Noah e Allie são fodas! Com todo o respeito, é claro.
Eles arrebentam qualquer coração de pedra. E justamente em “O Casamento”, é o personagem de Noah que carrega a maior parte da carga emotiva e dramática. Enganam-se aqueles que pensam que o casal principal - Wilson e Jane – são os responsáveis por mexer com o coração e os sentimentos dos leitores. Não. O responsável é Noah.
No enredo de “O Casamento”, após quase 30 anos de casamento, Wilson é obrigado a encarar uma dolorosa verdade: sua esposa Jane, parece ter deixado de amá-lo, e ele é o único culpado disso.
Viciado em trabalho, Wilson costumava passar mais tempo no escritório do que com a família. Além disso, nunca conseguiu ser romântico como o sogro era com a própria mulher. A história de amor dos pais de Jane, contada em “Diário de Uma Paixão”, sempre foi um exemplo para os filhos de como um casamento deveria ser.
Diante da incapacidade do marido de expressar suas emoções, Jane começa a duvidar de que tenha feito a escolha certa ao se casar com ele. Wilson, porém, sente que seu amor pela esposa só cresceu ao longo dos anos. Agora que seu relacionamento está ameaçado, ele vai fazer o que for necessário para se tornar o homem que Jane sempre desejou que ele fosse. É nesse momento que Noah entra na história e a história, por sua vez, se transforma. Wilson decide procurar o sogro para se aconselhar a recuperar o amor de Jane.
Neste ponto do enredo, Sparks mescla o presente e o passado, ou seja, envolve num ‘bolo só’ a história de Noah e Allie e também de Wilson e Jane.
É interessante saber como era o relacionamento de Wilson com o seu sogro antes de se casar com Jane ou então as passagens emocionantes envolvendo Allie, Noah e seus filhos, a medida em que ela ia ficando debilitada com o Mal de Alzheimer. Caraca, o trecho em que Noah e Allie se mudam para uma casa de repouso e se despedem para sempre do seu casarão dançando uma musica romantica é de cortar o coração. Viram só como os momentos de maior emoção do livro estão relacionados com Noah e Allie?
Resumindo: podem ler sem medo “O Casamento”. Com certeza irão gostar, afinal de contas, Noah está lá, novamente, marcando presença.
Ah! Lembrando mais uma vez: atenção para o final de derrubar o queixo. O meu caiu; acho que o de vocês também cairá.

Inté!

Nova obra de John Green, “As tartarugas lá embaixo”, chega em outubro nas livrarias

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Capa do livro que será lançado pela Intrínseca
Alguns gostam, outros não. Alguns se emocionam, outros nem tanto. Estou me referindo as histórias escritas por John Green. Aquele cara que ficou famoso graças ao romance “A Culpa é das Estrelas” (2012). Aliás, ele deve tudo e um pouco mais à esse bestseller, já que os seus livros anteriores – “Quem é você, Alasca?” (2005), “Deixe a neve cair (2008) e “Cidades de Papel” (2008) – só ficaram conhecidos graças a obra escrita em 2012.
Pois é galera, esse mesmo John Green estará lançando - simultaneamente em vários países, incluindo o Brasil - um novo livro. Se você é fã de carteirinha do cara e leu todas as suas obras, além de ter derramado copiosas lágrimas no filme “A Culpa é das Estrelas”, com certeza deve estar vibrando no momento em que lê esse post.
O novo livro do autor se chama “As tartarugas lá embaixo” e será lançado pela editora Intrínseca em 10 de outubro.
A história acompanha a jornada de Aza Holmes, uma menina de 16 anos que sai em busca de um bilionário misteriosamente desaparecido – quem encontrá-lo receberá uma polpuda recompensa em dinheiro – enquanto tenta lidar com o próprio transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
A curiosidade é que o livro tem várias referencias sobre a vida do autor, entre elas a sua tão marcada paixão pela cultura pop e o TOC, transtorno mental que o afeta desde a infância. Isto significa que Green decidiu emprestar à personagem principal de “As tartarugas lá embaixo” algumas de suas características pessoais.
John Green
O autor, inclusive, publicou no YouTube um vídeo onde fala sobre o novo livro. Green revela que a história é inspirada em situações que ele teve de enfrentar. "É difícil falarmos sobre as coisas que acontecem lá no fundo da gente, provavelmente porque não dá pra ouvir as dores da mente e é difícil falar sobre isso sem fazer analogias e metáforas", afirma.
A última publicação de John Green foi o best-seller “A culpa é das estrelas”, há cinco anos. Depois do sucesso e da repercussão do livro, o autor publicou um vídeo no YouTube contando sobre a pressão que sentiu para publicar uma sequência para a história. O título do vídeo é "Falhando em dar continuidade para A culpa é das estrelas". "Eu senti uma pressão intensa das pessoas como se elas estivessem me observando enquanto eu escrevia", desabafou. "Eu estava apavorado porque achava que jamais conseguiria acompanhar o crescimento."
"Deixei de ser a pessoa que escreve livros, título de trabalho no presente, para ser a pessoa que escreveu aquele único livro, título de trabalho no passado", contou Green sobre os reflexos de “A culpa é das estrelas” na carreira, que afirma ter escrito em um dia que foi tomar café no Starbucks, mas que é grato pelo sucesso.
Taí galera! Se você está muito impaciente, fica o consolo de que 10 de outubro não está tão longe.





Histórias Extraordinárias

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Quem sou eu para cometer o sacrilégio de criticar o gênio Edgard Allan Poe. Não sou e tampouco serei maluco para isso, mas...
Caraca! Perceberam como essa conjunção, o afamado ‘mas’, que é parente em primeiro grau do “porém”, “contudo” e do “todavia” é um baita de um bagre ensaboado? Para não ficar em maus lençóis com alguém ou alguma coisa que pretende criticar, ele primeiramente passa com toda a delicadeza o algodão com o álcool para depois dar a picada. E neste texto, o tal do ‘mas’ tem essa função e justamente com Poe.
Gente, os textos desse escritor americano influenciaram grandes nomes da literatura contemporânea, mas não podemos negar que eles – os textos – seguem uma dinâmica literária característica do século XIX:  linguagem rebuscada, vocabulário culto e descrições detalhadas. Poe faz parte dessa geração.
Portanto, se você  já está acostumado ou viciado na linguagem descompromissada, leve e direta dos autores atuais, com certeza irá estranhar “Histórias Extraordinárias”, já que todos os 18 contos que compõem o livro foram escritos no século XIX.
No meu caso, fiquei incomodado com o rebuscamento e detalhismo das primeiras três histórias e juro que pensei em abandonar o livro, mas fui persistente e prossegui com a leitura. Resultado: acabei me adaptando com o estilo literário de Poe e daí para frente tudo fluiu normalmente. É importante lembrar que encontrei a mesma dificuldade inicial com os livros “Contos Fantásticos do Século XIX” e “Contos de Horror do Século XIX”.; pelo mesmo motivo: conflitos de linguagens. Pois é, e tudo por culpa do meu vício literário em Stephen King, César Bravo e Clive Barker (rs).
Mas isto serve como desculpa para criticar a obra de Poe. Desde que você se adapte à linguagem daquela época, as histórias do autor, pelo menos a maioria, são ótimas.
Gostei de “Os Crimes na Rua Morgue”, uma mistura de suspense e investigação; “O Gato Preto”, um conto angustiante com doses generosas de violência, o final me deixou com taquicardia; “ O Escaravelho de Ouro” também pode ser considerado ‘trucão’, onde três personagens saem a caça de um tesouro que poderá trazer sérias conseqüências; além de vários outros.
Um livro muito bom para os leitores contemporâneos, desde que eles passem por um processo de adaptação para a linguagem de dois séculos atrás.
Inté!



‘O Meu Pé de Laranja Lima’ ganha edição comemorativa de 50 anos

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Em 2018, o livro “O Meu Pé de Laranja Lima” do autor José Mauro de Vasconcelos (1920-1984) completa 50 anos de lançamento e para comemorar a data, a Melhoramentos reservou um presentaço para todos os leitores que se emocionaram com a história de Zezé e Xururuca. Certamente, aqueles que leram e releram a obra sabem quem é essa famosa dupla. Para os que ainda não tiveram contato com o bestseller nacional; Zezé é um garoto pobre de apenas seis anos, inteligente e sensível, mas carente de um afeto que não encontra na família. As surras que lhe aplicam seu pai e sua irmã mais velha são seu suplício, a ponto de fazê-lo querer desistir da vida. Por isso, ele inventa para si um mundo de fantasia em que seu grande confidente é Xururuca, o pé de laranja lima. As suas conversas com a árvore são emocionantes.
Agora, voltando ao presentaço preparado pela Melhoramentos; a editora decidiu antecipar o lançamento de uma edição comemorativa pelos 50 anos do livro. E que edição! A responsabilidade pelas 232 páginas da obra ficou a cargo de Luiz Antonio Aguiar, escritor e tradutor, mestre em literatura brasileira e ganhador de dois prêmios Jabuti. Coube a Aguiar, a missão de traduzir para o leitor de hoje alguns termos comuns na época em que foi escrita a obra, além de elaborar um suplemento de leitura para o livro de Vasconcelos. Neste suplemento, apresentado no final das 232 páginas, Aguiar destaca peculiaridades desse clássico, apresentando um contexto histórico e cultural da época em que acontece a história de Zezé (1920-1930).
Autor José Mauro de Vasconcelos
Vale lembrar que nestes 50 anos em que a obra se encontra no catálogo da Melhoramentos, já foram lançadas mais de 150 edições  no Brasil e 2 milhões de exemplares vendidos – o recorde foi em 1969, com 320 mil cópias comercializadas, e, embora os números tenham perdido a força com o passar dos anos, eles ainda impressionam. Em 2016, por exemplo, a editora diz que vendeu nada menos de 35 mil exemplares. O livro é sucesso também na TV, no cinema e no exterior, com tradução em 15 idiomas e presença em 23 países.
Apesar de ainda não ter escrito nenhuma resenha sobre obra – o que farei em breve - li e reli, inúmeras vezes, a história idealizada por Vasconcelos e, agora com o lançamento da edição comemorativa, estarei relendo novamente.
Sobre o autor
Mais conhecido pelo livro O Meu Pé de Laranja Lima, José Mauro de Vasconcelos (1920 – 1984) tem uma história fascinante. Ainda menino, trocou Bangu, no Rio de Janeiro, pela cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, onde foi morar com os tios. Lá treinava natação no Rio Potengi e sonhava em ser campeão. Mas a vida o levou por muitos outros caminhos. Estudou Medicina, foi jornalista, radialista, pintor, treinador de boxe, pescador, garçom e até estivador. Jovem ainda viajou com os irmãos Villas-Boas, sertanistas e indigenistas brasileiros, em expedição no sertão do Araguaia, no Centro-Oeste do país. Com seu porte de galã, teve ainda uma atuação destacada como ator em diversos filmes e novelas.

Ficha técnica:
Obra: O Meu Pé de Laranja Lima
Autor: José Mauro de Vasconcelos
Formato: 13,5 X 21 cm
Número de páginas: 232
ISBN: 978-85-06-07027-7
R$ 52,00

Álbuns de figurinhas dos anos 60, 70 e 80 que deixaram muitas saudades

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À exemplo do que fiz há mais de cinco anos quando publiquei no blog esse post, hoje, novamente, vou fugir da proposta principal do Livros e Opinião que é a de fazer postagens exclusivamente literárias, para explorar um outro tema. Em minha opinião, acredito que valerá a pena essa pequena ‘escapulida’ de assunto, afinal de contas, os famosos álbuns de figurinhas não deixaram de ter, no passado, a sua função didática e de entretenimento, iniciando na leitura muitos devoradores de livros. E o post de hoje é dedicado, inteiramente, à eles: os álbuns de figurinhas.
Apesar de já ter tratado do assunto no post que escrevi em 2011; no de hoje, abordarei apenas os detalhes relacionados aos álbuns de figurinhas do passado que fizeram parte da infância de muitas pessoas que viveram a geração dos anos 60, 70 e 80. Vale lembrar que em 2011, o post explorava não só esses álbuns (escrevi sobre apenas sobre dois), mas também enciclopédias e revistas.
Quer emoção maior do que ter nas mãos, álbuns que marcaram a infância de gerações de leitores. Quem não se lembra dos saudosos pacotinhos de figurinhas que comprávamos nas bancas, torcendo para que não viessem cromos repetidos? Dos emblemáticos álbuns que davam prêmios? Das figurinhas carimbadas? Dos jogos de bafo que praticávamos durante o recreio das aulas no primário?
Os 10 álbuns da lista desse post farão muitos leitores viajar décadas atrás, na época em que éramos crianças inocentes ou então garotos despertando para a puberdade. Vamos à eles!
01 – Chapinhas de Ouro (1977)
Em 1977, a editora Dimensão Cultural lançou um álbum que revolucionou todo o mercado do gênero. As figurinhas de papel cediam o seu lugar para as chapinhas de metal redondas estampadas. Estou me referindo ao álbum Chapinhas que era dividido em diversas categorias: Marcas Famosas da Época, Copa do Mundo de 1930 a 1978, Desenhos Animados, Super-Heróis, Olimpíadas e muitas outras.
Como eu estava acostumado com os álbuns tradicionais, estranhei muito o Chapinhas de Ouro e acabei não me familiarizando muito com ele. Na época em que foi lançado tinha os meus 16 anos e estranhei o peso do álbum com todas aquelas chapinhas. Coisa de loko! Por isso, preferia aqueles tradicionais com os cromos de papel. Eram mais práticos, pelo menos para mim.
Mas tudo bem, cada pessoa com a sua opinião. Se o Chapinhas de Ouro não fez a minha cabeça, por outro lado deve ter se tornado a coqueluche na vida de muitas crianças e adolescentes de outrora.
02 – Perdidos no Espaço (1968)
A série “Perdidos no Espaço” lançou bordões  inesquecíveis. Quem não se recorda do antológico Robô B9 disparando o alerta: “Aviso! Aviso! Perigo! Perigo! Perigo! Tem ainda o Dr. Smith com a frase: “Não tema, com Smith não há problema”. Mas nada supera aquele bordão que ele soltava quando se encontrava em apuros: “Oh dor! Oh dor!”.
No final dos episódios vinha o tradicional aviso: “Não percam na próxima semana no mesmo horário e canal, mais um filme da série perdidos no espaço”.
Cara, juro que estou emocionado com essas lembranças, pois vivi o período de pura magia dos seriados de TV dos anos 60 e 70. “Perdidos no Espaço” foi um dos ases dessa época.
O seriado contava a saga da família Robinson e da nave Júpiter 2 na exploração do espaço em busca de novas civilizações, mas graças a um sabotador atrapalhado (advinhe quem?), que também se encontrava a bordo da Júpiter 2, eles saíram de sua rota, ficando  'Perdidos no Espaço'. 
O sucesso da série acabou gerando um álbum lançado no Brasil em 1968. A responsável pelo lançamento foi a Editora Verão que já havia colocado no mercado outros produtos semelhantes com os temas de  “Bonanza” e “Pra Frente Brasil”, esse, em homenagem a conquista do tri-campeonato da nossa seleção no México em 1970.
Além das figurinhas do seriado de TV; o álbum nos brindava com outras sessões, cujos nomes estavam relacionados com o espaço sideral, temática principal de “Perdidos no Espaço”. Coisas do tipo: “O Homem e o Universo”, com cromos sobre a conquista do universo pelo homem; “Galáxia da TV”, com os artistas famosos da televisão daquela época; “Satélites do Riso”, sobre os principais comediantes daqueles tempos; “Estrelinhas do Espaço”e por aí afora..
“Perdidos no Espaço”, em minha humilde opinião foi um dos melhores álbuns dos anos 60. 
03 – Astros do Ringue (1979)
Os programas de luta-livre no Brasil passaram por diversas fases e cada uma delas com um nome diferente. Tudo começou com na extinta TV Excelsior, em 1965, com o nome de Telechat Vulcan. Dois anos depois, o programa iria para a Rede Globo e já mudaria o nome para “Telecatch Montilla”. Nos anos 70 seria a vez da Record adotar o já famoso show de luta livre como “Os Reis do Ringue”. Teve ainda a fase da TV Bandeirantes; no final dos anos 70 e início de 80 como “Astros do Ringue”.
A minha geração viveu muito mais as fases da Record e da Bandeirantes. No meu caso, lembro perfeitamente dos Reis e também dos Astros do Ringue. Fase que vive antes dos meus 18 anos. Após chegar em casa, depois das peladas de futebol com os amigos, tomava um banho rápido e me amoitava no sofá, na frente TV para assistir ao programa. Dali não saía até o final da atração.
Os meu ídolos eram Fantomas, Mister Argentino, La Múmia, King Kong e seu filho Renê, além de  um sujeito que lutava vestido de executivo, sempre segurando uma pasta tipo 007. Ele tinha uma secretária ‘bonitaça’ que entrava com ele no ringue antes dos duelos. Tinha ainda os lutadores que eu mais ‘odiava’: Homem Montanha, Michel Serdan (que tempos depois, entrou para o time dos mocinhos), Aquiles – esse tinha o hábito de morder as orelhas dos oponentes – e Belo, conhecido como ‘O Carrasco Português”.
Como fã incondicional do programa, não podia me refutar de adquirir o álbum de figurinhas que teve várias edições. Particularmente, me lembro de três edições: “Astros do Ringue” (1967), “Os Reis do Ringue” (1970) e “Astros do Ringue Internacional” (1979). O álbum que ainda tenho guardado é o de 1979 da editora Guarani. Ele é dividido em várias partes. Em ‘Eles Comandam o Show’, os destaques são as figurinhas do Homem Montanha, Gran Caruso e Cangaceiro que eram os donos da Companhia de lutas, além do apresentador do evento, Alexandre Santos. Na sessão ‘Os Grandes Ídolos’ temos, entre outros, Michel Serdan, Sancho Pança e Senhor X. E por aí vai. O álbum tem várias divisões.
O meu está guardadinho. Volta e meia, lá estou eu, folheando-o e matando saudades daqueles tempos.
04 – A Turma do Paulistinha (1980)

Quem viveu os ‘loucos anos 80’vai se lembrar desse álbum que fez a cabeça da molecada daquela época, e porque não, também dos adultos.
“A Turma do Paulistinha” foi lançado em 1980 pela Secretaria da Fazenda como parte de um concurso que distribuía 51.448 prêmios. Para concorrer era preciso juntar notas fiscais simplificadas e cupons de máquinas registradoras, no valor de qualquer compra. Os consumidores que conseguissem juntar um total de Cr$ 500,00 em notas, ganhava o direito de preencher uma cartela com todos os dados pessoais para trocá-la por um álbum que vinha acompanhado por uma ficha de inscrição.
Conforme as pessoas fossem juntando mais notas ou cupons de compras no valor de Cr$ 500,00, as trocavam por pacotinhos que continham 10 figurinhas.
Cara, foi uma verdadeira coqueluche no início da década de 80! Todos sonhavam em completar o álbum. Após cumprida a missão de colar as figurinhas e preencher todo o álbum, só restava ao consumidor levá-lo à um posto de troca e solicitar o seu cupom para concorrer a diversos prêmios, entre os quais: 20 automóveis (4 Belinas, 4 Fiats 147, 4 Wolkswagen 1.300, 4 Dodges Polara e 4 Chevettes), 500 gravadores, 8 mil jogos de frescobol, 252 refrigeradores, 96 aparelhos de som 3 em 1 e muitos mais.
05 – Álbum de Figurinhas com Prêmios (1990)
Ahahaha!! Como nóis era ingênuu! Êta! Lembram-se daqueles álbuns que davam prêmios? Pois é, nós gastávamos toda a nossa mesada comprando figurinhas e o premio raramente ou muitas vezes, nunca saía.
Estes álbuns - com temas de super-heróis ou personagens de desenhos animados da época -  por incrível que pareça acabaram tornando-se cults. Eles surgiram nos anos 70 e duraram por aproximadamente três décadas.
Eram álbuns regionais, lançados por empresas que ofereciam prêmios para os colecionadores que conseguissem completar cada página. Mas, meu amigo... o problema era completar as tais páginas! Uma verdadeira missão impossível.
Como a empresa que dava os prêmios era a mesma que controlava de forma direta a produção das figurinhas, sempre tinha um cromo de cada página que era produzido em pequeno número; verdadeira agulha no palheiro. Acredito que algumas dessas ‘figurinhas difíceis’ nem sequer eram produzidas pelas empresas. Resultado: na ânsia de completar a página para ganhar o prêmio, você comprava um ‘caminhão’ de pacotinhos de figurinhas, ficava com um montão delas repetidas e toda vez que olhava para a ‘marvada’ da página, via que faltava um cromo para completá-la. Que raiva!
Quando comecei a colecionar esse tipo de álbum, a sua produção já estava praticamente no final. Acho que até mesmo a criançada desconfiou que se tratava de um golpe ou ‘semi-golpe’ de algumas empresas. No meu caso, são fui descobrir perto dos 30 anos. Que vergonha para mim.
Comprei o álbum de uma empresa, não me lembro o nome, e parei de preenchê-lo pela metade. Acho que acabei caindo na real. O pior nisso tudo foi um ex-vizinho que vivia dizendo que havia ganhado uma panela de pressão. Só que ele nunca mostrava a tão falada panela ou então a página do álbum completada. Até hoje, não sei se ele estava tirando onda com a minha cara ou se, realmente, ele tinha sido premiado.
06 – Álbum de Figurinhas Ping Pong Copa do Mundo de 82 (1982)
Se você é da geração dos anos 80, posso afirmar que esse álbum fez parte da sua vida. Não só o álbum, mas também a famosa marca de chiclete.
Cara, não teve um brasileiro, amante do futebol, que não se encantou com a seleção do Telê em 1982. Por causa do carrasco Paolo Róssi, milhares de brasileiros choraram com a tragédia do estádio Sarriá quando a Itália despacharia do campeonato, a seleção que encantou o mundo.
A Kibon, detentora da marca Ploc, percebendo a aura de otimismo que crescia em torno do time de Telê, bem antes da Copa, decidiu fechar um acordo publicitário com a CBF e lançar o seu álbum de figurinhas da Copa de 82 em terras espanholas. Foi um sucesso. Estourou em vendas. De cada 10 brasileiros, mais da metade tinha o álbum; adultos e crianças.
Figurinhas com os grandes nomes daquela competição fizeram a alegria da galera. Quem não se lembra de Zico, Toninho Cerezo, Sócrates, Falcão, Leandro e Valdir Perez pelo lado do Brasil? Zoff e o famigerado Paolo Rossi pela Itália ou ainda do craque Maradona defendendo a Argentina? Figurinhas hiper-disputadas.
Hoje, tudo isso faz parte da nossa memória, inclusive o chiclete Ping Pong que parou de ser fabricado. ‘Culpa’ do concorrente Ploc produzido pela Adams que era mais macio e vinha com adesivos que viravam tatuagens.
07 – El Cid
O álbum El Cid lançado em 1965 pela editora Egide também fez muito sucesso e hoje é vendido à peso de ouro nos sebos.
Devido a fama do filme que levou multidões aos cinemas na década de 60, o lançamento de um álbum com os personagens da trama seria um caminho mais do que normal.
Rodrigo Diaz de Bivar, mais conhecido por El Cid, foi um herói espanhol do século XI que uniu os católicos e os mouros do seu país para lutar contra um inimigo comum: o emir Ben Yussuf (Herbert Lom). Após vários anos de cruzada pela libertação do país, o herói morreu antes da batalha final, alvejado no peito por uma flecha moura. Mas aqui cabe uma observação importante. Após receber a flechada fatal, El Cid em seu leito de morte, vendo o desânimo de seu exército com a situação, exigiu aos seus generais que tão logo, ele viesse a morrer, o seu corpo fosse amarrado firmemente na sela de seu cavalo para que os seus comandados pensassem que ele estivesse vivo. E foi assim, que durante a batalha final, os mouros ao verem o exército espanhol sendo liderado pelo seu grande comandante El Cid – que julgavam estar vivo - se colocaram em fuga.
História fantástica que gerou um álbum também fantástico.
08 – Galeria da Disney (1976)
Há mais de 30 anos chegava nas bancas de todo o País, o álbum Galeria da Disney. Uma edição de capa branca com o Tio Patinhas no centro e cercado por pequenas fotos de outros personagens famosos da Disney. Eram 256 cromos para a alegria da garotada.
O sucesso desse lançamento foi tanto que anos depois, a mesma Editora Abril resolveu lançar uma segunda edição, dessa vez com a capa vermelha e figurinhas autocolantes.
Segundo os colecionadores, a figurinha mais difícil era a da Baleia Agapito do desenho do Pinóquio. Para se ter uma idéia, haviam colecionadores que conseguiam completar todo o álbum, com exceção desse cromo. Os garotos da época chegavam a disputar a baleia a ‘tapas’. Alguns vendiam a figurinha a preços bem consideráveis ou então trocavam por algum outro bem de consumo que lhes interessava.
É, pessoal, a tal Agapito fez sucesso nos anos 70.
09 – Ídolos da TV – Astros e Estrelas (1967)
O movimento da Jovem Guarda estava bombando quando a Editora Verão colocou no mercado o álbum “Ídolos da TV – Astros e Estrelas”. Todos aqueles que viveram a onda do ‘Iê-iê-iê’ compraram esse álbum e viveram a febre de preenchê-lo com as figurinhas de seus ídolos.
Entre as sessões mais populares estavam: ‘Pra Você Cantar’ que trazia a letra de três  músicas, duas interpretadas pelo Roberto (A namoradinha de um amigo meu e Negro gato) e outra pelo Erasmo (Gatinha manhosa), ao lado de suas respectivas figurinhas; ‘Os Outros Que Fazem a Onda’ com os cromos da Wanderléa e Eduardo Araújo, entre outros; ‘Galeria do Riso’, onde os destaques eram Moacir Franco, Guto e Renato Corte Real; e por aí afora.
Um álbum que marcou a vida de todos que viveram os saudosos anos 60. A época da Jovem Guarda.
10 – Mundo Animal (1976)
A Editora Abril lançou em 1976, um álbum que foi considerado uma verdadeira enciclopédia do mundo animal, com informações sobre animais de todos os continentes, inclusive daqueles em extinção.
Um detalhe curioso: os cromos eram semelhantes as ilustrações da famosa enciclopédia “Os Bichos”, da também Editora Abril, lançada no início dos anos 70.
“Mundo Animal” começava com figurinhas de animais pré-históricos, da África, das três Américas, Ásia e Ártico. As sessões do álbum são completadas com animais da Europa, Oceania e também domésticos.
Com 34 páginas e 246 figurinhas foi considerada uma verdadeira biblioteca do reino animal para os estudantes primários e secundaristas daquele ano. Talvez, até mesmo para você que está lendo este post. 

5 livros sobre o massacre do Carandiru

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Na segunda-feira, dia 02 de outubro, um dos mais sangrentos massacres da história do sistema prisional brasileiro completa 25 anos. Uma das páginas mais tristes da história do nosso País e que repercutiu negativamente em todo o mundo.
Ainda me lembro que no dia 02 de outubro de 1992, no auge da minha terceira década de vida, estava trabalhando na redação da mesma rádio onde continuo exercendo as minhas atividades quando no início da tarde o ‘bicho pegou’ na Casa de Detenção do Carandiru.
Naquela época a Rota ainda era considerada uma espécie de tropa de elite da Policia Militar (PM) e só era convocada para atuar em áreas de conflito em situação excepcionais, já que a sua especialidade era o policiamento ostensivo nas ruas da capital paulista. De repente, entra um colega na sala gritando: - Gente, a Rota vai invadir o Carandiru! – Pronto, a emissora virou um pandemônio.
Na realidade, além da Rota estavam do lado de fora da detenção, os policiais do Gate, Choque, Cavalaria e Corpo de Bombeiros, totalizando aproximadamente 300 homens.
De acordo com a direção do Carandiru e o comando da PM, houve uma tentativa de negociação, ignorada pelos presos. Ex-detentos, por outro lado, alegaram que os presos sinalizaram a rendição antes de a polícia entrar. 
A polícia invadiu o pavilhão por volta das 16h30. Logo no primeiro andar, os policiais toparam com barricadas e um detento morto pendurado de cabeça para baixo. De acordo com a perícia, a agressividade policial aumentou e cerca de 30 prisioneiros foram mortos fora das celas neste pavimento. Do terceiro andar em diante, não havia indícios de conflito
Na versão oficial, aconteceu uma emboscada dos detentos, equipados com armas de fogo, estiletes e facas com sangue contaminado e sacos plásticos com fezes e urina. A polícia revidou com disparos de fuzis e metralhadoras e 60% das vítimas foram mortas entre o primeiro e o segundo pavimento. Cerca de 70% dos disparos certeiros dos policiais atingiram o tórax ou a cabeça dos presos. Resultado: 111 presos foram mortos.
O coronel Ubiratan Gonçalves que comandou a invasão foi condenado a 632 anos de prisão.
Como não poderia ser diferente, um evento dessa intensidade e que polarizou as atenções em todo o globo acabou gerando, ao longo dos anos, muitas obras literárias. Vamos conferir cinco delas que tiveram grande sucesso:
01 – Estação Carandiru (Drauzio Varella)
Lançado em 1999, o livro é considerado um dos maiores fenômenos editoriais brasileiros, com mais de 460 mil exemplares vendidos e Prêmio Jabuti 2000 de Livro do Ano de Não-Ficção. Foi adaptado com grande sucesso para o cinema. Público e críticos aplaudiram de pé.
“Estação Carandiru” narra o convívio entre o médico Drauzio Varella e os presos durante dez anos de atendimento voluntário na Casa de Detenção do Carandiru. Conta a história de presos com quem manteve contato, a rotina deles, os dramas vividos e as crueldades cometidas no presídio. Destaque para a narração, conforme a versão dos detentos, do dia 2 de outubro de 1992, quando a PM invadiu o pavilhão 9 e matou mais de 100 presos.
Algumas edições, possuem fotografias das celas e também de outras partes do presídio, além de alguns cartazes escritos pelos presos.
02 – Pavilhão 9 – Paixão e Morte no Carandiru (Hosmany Ramos)
Hosmany Ramos era um médico famoso, intelectual refinado, no final dos anos 70. Trabalhou com grandes nomes como Ivo Pitanguy, fazendo fama e fortuna, mas de repente, por razões que nem ele mesmo consegue explicar, viu-se do outro lado da lei. Acusado de vários crimes, tráfico de drogas, contrabando, estelionato e até mesmo assassinato foi condenado há mais de 40 de prisão. Depois de 35 anos preso, Hosmany conseguiu a liberdade. Em 2016, recuperou a autorização do Conselho Regional de Medicina para voltar a trabalhar.
Em 2001, ele escreveu um livro de contos cortantes, secos e duros, que revelam violentas histórias ambientadas na Casa de Detenção do Carandiru. Na realidade, “Pavilhão 9 – Paixão e Morte no Carandiru”, não teria sido escrito por Hosmany, mas sim por outro pessoa. Explicando melhor: Ele teria guardado, em segredo, o relato de um bandido que conviveu com ele em sua cela e depois veio a falecer.
03 – Carandiru – Um Depoimento Póstumo (Renato Castelani)
Esta obra escrita em 2008 é o relato de um dos presos do Carandiru executados no fatídico dia 2 de Outubro de 1992. Trata-se um uma obra espírita que narra a história de um rapaz que se chamava  Zeca, um garoto pobre e sem esperança que viveu na Zona Norte de São Paulo. 
Após ingressar no mundo das drogas e do dinheiro fácil, acabou se afundando num mar de lama até ser preso e encaminhado para o Carandiru. Naquela casa de detenção passou por dias difíceis e complicados. O lado bom de tanto sofrimento é que foi no presídio que conheceu uma moça que passou a visitá-lo com freqüência e que se transformou no grande  amor de sua vida. Por ela, poderia ter se salvado, mas acabou desencarnando no massacre que ocorreu em 1992. A obra é um testemunho sobre o massacre e também sobre a vida de Zeca.
Após dar uma fuçada na Net com o objetivo de encontrar mais informações sobre o livro, todos os comentários que eu li foram só elogios. Grande parte dos leitores derramou elogios para a obra lançada pela editora Lachâtre.
04 – Vidas do Carandiru (Humberto Rodrigues)
O jornalista Humberto Rodrigues, preso por um ano e meio no Carandiru, conta neste relato como encontrou histórias de otimismo e esperança em meio ao inferno da maior penitenciária da América Latina.
Ele foi preso e condenado no dia 23 de maio de 2000 por um crime que não havia cometido. As autoridades só reconheceram que o jornalista era inocente um ano e meio depois. Caraca!! Que penúria! Portanto, ele viveu todo esse período no inferno do Carandiru, sofrendo poucas e boas e comendo o pão que o coisa ruim amassou. O livro é dividido em duas partes, na primeira, o autor  retrata a sua realidade na casa de detenção e na segunda, ele conta a história de 12 outros presos.
Tenho um colega de trabalho que já leu “Vidas do Carandiru” e gostou muito, principalmente da primeira parte onde Rodrigues narra o seu dia a dia. Pois é galera, imagine uma pessoa que nunca esteve presa e de repente é ‘jogada’, injustamente, num mundo movido por regras completamente diferentes daquelas que regem a nossa sociedade. Tá loko!!
O livro é isso aí; pelo menos a primeira parte.
05 – Carcereiros (Drauzio Varella)
Olha o ‘homi’ novamente aí. Drauzio Varella é fera, meu amigo! Após narrar o cotidiano dos presos em “Estação Carandiru”, Varella conta a vida dos agentes penitenciários, as dificuldades enfrentadas no trabalho e as consequências dele nos relacionamentos com amigos e parentes.
O livro começa com a narrativa de como um carcereiro experiente impediu que a rebelião no pavilhão 9 ultrapassasse o muro e contagiasse os presos do pavilhão 8 do Carandiru. O agente também conseguiu fazer com que a PM não entrasse no bloco oito naquele sangrento 2 de outubro.
Digo sempre para os meus amigos: vida de agente penitenciário é barra. E, de fato, é. Vejam só, na cidade onde moro, esses profissionais tem fama de ganhar um ótimo salário, mas por outro lado, não vemos o que eles sofrem atrás das muralhas. Conheço muitos agentes que ao chegarem perto da aposentadoria estão com o seu lado psicológico em frangalhos.
Imagine, então, o que seria ser um guarda de presídio no Carandiru?  “Carcereiros” aborda com profundidade esse assunto. Varella narra os  tormentos pessoais dos carcereiros com anos de histórias pra contar, os problemas familiares, os acertos de contas do crime, as corrupções dentro e fora dos presídios e outras ‘cositas mas’.

Taí galera, escolha o seu e boa leitura!

O Meu Pé de Laranja Lima

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“O Meu Pé de Laranja Lima”, escrito por José Mauro de Vasconcelos, lançado em 1968, foi um dos livros que me ajudou a ganhar gosto pela leitura. Tanto é verdade, que já o li e reli por diversas vezes e pretendo relê-lo outras vezes mais.  E não satisfeito com as leituras e releituras, ainda assisti as novelas que foram ao ar pela Rede Bandeirantes em 1980 e 1998. Cara, a história é muito boa.
Ainda me lembro da minha fase de ‘calouro-ginasial’. Fiquei abobado quando vi, pela primeira vez, a biblioteca da minha nova escola que se comparada com a do grupo escolar, onde estudava, se parecia com a antológica biblioteca de Alexandria. Foi fuçando nesse mar de livros que localizei a história de um garoto chamado Zezé. Após folhear as primeiras páginas acabei me interessando pelo livro e o pedi emprestado.  Lí rapidinho.
Fiquei fã de carteirinha daquela criança pobre, de seis anos, inteligente e sensível. Carente de um afeto que não encontra na família. Zezé aprende tudo sozinho e inventa para si um mundo de fantasia em que seu grande confidente é Xururuca, o pé de laranja lima. As suas conversas com a árvore são emblemáticas e ao mesmo tempo emocionantes.
Acredito que um dos motivos que leva tanta gente a gostar do livro, são as emoções que ele desperta, algumas bem fortes. No meu caso, ainda me recordo, que parte dos sentimentos de Zezé era semelhante aos meus. E vou mais além, o desabafo que o personagem fazia toda vez que ‘conversava’ com o seu pé de laranja lima era também o desabafo que muitas crianças daquela época gostariam de fazer com alguém, mas não podiam - por não terem esse alguém ou, simplesmente, não confiarem em ninguém.
O pé de laranja lima que está plantado na casa de Zezé é o seu melhor amigo: ouve, fala, brinca, dá conselhos. Xururuca é incrível! O amigo que todos nós, crianças daquele tempo, gostaríamos de ter.
O livro tem ainda outros personagens importantes e cativantes como Portuga, um comerciante supimpa que faz Zezé se sentir querido pela primeira vez na vida. Mêu! Um trecho envolvendo o Portuga é de partir o coração.
Uma curiosidade interessante que fiquei sabendo há pouco tempo, é que José Mauro escreveu o livro em apenas 12 dias. Acredita?!
“O Meu Pé de Laranja Lima” pode ser considerado o livro brasileiro mais traduzido para outras línguas, deixando evidente a sua popularidade entre crianças, adolescentes e adultos.
Foi adaptado para o cinema pela primeira vez em 1970 por Aurélio Teixeira. Ganhou três telenovelas: em 1970, exibida pela TV Tupi; em 1980, pela Rede Bandeirantes; e em 1998, novamente exibida pela Rede Bandeirantes. Em 2003, O Meu Pé de Laranja Lima foi publicado na Coréia do Sul, em forma de quadrinhos, numa edição com 224 páginas ilustradas. Em 2012, uma nova versão cinematográfica foi dirigida por Marcos Bernstein, um dos roteiristas da mega-produção do cinema nacional, Central do Brasil.
Enfim, um livro que merece todo esse sucesso.


O Pequeno Príncipe

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Defino “O Pequeno Príncipe’ como um livro de cabeceira de muitas gerações. Uma obra que foi passando de pais para filhos ao longo de décadas sem perder a sua atualidade. Também pudera, a história escrita pelo francês Antoine de Saint-Exupéry, há mais de 70 anos, é antológica.
Tive contato com o livro através de uma professora quando ainda estava cursando o primeiro ano do antigo ginasial. A nossa classe tinha de fazer um trabalho baseado na obra de Saint-Exupéry, acho que um resumo, não me lembro bem. A classe inteira amou a história; até mesmo aqueles alunos que não eram muito chegados em literatura. Acredito que a partir daquele momento, “O Pequeno Príncipe” injetou nas veias de vários alunos o gosto pela leitura.
Sem querer deificar a obra, ela pode ser considerada o clássico dos clássicos e uma das mais importantes do século, pois transcende o tempo e o espaço em que foi criada, se perpetuando ao longo de décadas. Quem lê “O Pequeno Príncipe” acaba descobrindo o que há de melhor nos seres humanos. Só mesmo, você lendo as suas páginas para entender melhor o que estou tentando explicar.
Trata-se de uma das obras literárias mais traduzidas no mundo, tendo sido publicada em mais de 220 idiomas e dialetos. Saint-Exupéry foi também autor das ilustrações originais de 1943. Em Portugal, O Principezinho, como ficou conhecido,  integra o conjunto de obras sugeridas para leitura integral, na disciplina de Língua Portuguesa, no 2º Ciclo do Ensino Básico.
Aquele menino lourinho se transformou num dos personagens mais famosos e queridos de todos os tempos, que empolga crianças e adultos com ensinamentos inesquecíveis. Sua história deixa marcas pela forma simples de suas mensagens de otimismo, simplicidade e amor ao nosso planeta. 
O livro conta a história de um piloto que cai com seu avião no deserto e ali encontra uma criança loura e frágil. Ela diz ter vindo de um pequeno planeta distante. Naquele lugar ermo, na convivência com o piloto perdido, os dois repensam os seus valores e encontram o sentido da vida. 
Uma obra imperdível que não pode faltar na biblioteca de nenhum adulto e também de nenhuma criança.
Fantastic!

Stephen King escreve livro em parceria com Owen, seu filho caçula. “Belas Adormecidas” já está em pré-venda

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Imagine só duas feras do gênero terror unindo forças para lançar um livro. Pai e filho. Um mestre e o outro, aprendiz, aliás, um ótimo aprendiz. É evidente que estou ‘falando’ de Stephen e Owen King. Os dois decidiram escrever uma história arrepiante e que certamente irá tirar o sono de muitos leitores.
“Belas Adormecidas” mostra uma cidade muuuito e apavorante onde as  mulheres dormem envoltas em casulos. Se perturbadas, elas se tornam extremamente ferozes e violentas. Entretanto, uma misteriosa mulher parece ser imune a essa condição. A pergunta que fica no ar: Seria ela uma anomalia médica ou um demônio que deve ser exterminado a qualquer custo? Um mote incrível, não acham?
Segundo o pai e o filho caçula, o processo de escrever um livro a quatro mãos foi pacífico, sem nenhum tipo de conflito. Eles se entenderam perfeitamente bem. Por exemplo, Owen escrevia cerca de 30 páginas e depois perguntava ao pai onde ele iria a partir daquele ponto. King, por sua vez, disse que não estranhou o processo nem um pouco, pois já tinha escrito uma história com o seu filho mais velho Joe Hill.
Stephen e Owen King
Mas não pense que por ser pai, o mestre do terror teve uma atitude paternalista com Owen. Nada disso, ambos se comportaram como dois profissionais sem vínculos familiares – pelo menos foi o que King disse em entrevista coletiva e... Owen concordou – para que o enredo fluísse naturalmente.
O projeto deu tão, mas tão certo que os dois  já estão pensando em escrever um segundo livro juntos.
Taí galera, “Belas Adormecidas” já está em pré-venda nas principais livrarias virtuais, o problema é que... cada uma delas aponta uma data de lançamento diferente, a maioria para novembro, mas prefiro seguir a cartilha da Amazon e principalmente da Suma de Letras que é a ‘dona dos porcos’, afinal, é a editora responsável pelos lançamentos dos livros de King no Brasil. A data divulgada tanto pela Amazon quanto pela Suma é 16 de outubro.

Aguardemos! 

Jovem escritor brasileiro lança 1º volume de trilogia infantojuvenil. “Vince – A Busca de um Caminho” tem dragões, pântanos, castelo misterioso e muita aventura

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Fico imaginando quantos escritores brasileiros de talento estão lutando para  lançar o seu primeiro livro e não conseguem. Já tive a oportunidade de ler vários originais escritos por alguns amigos que fiz ao longo dos meus mais de seis anos de blog. Posso afirmar que são histórias fantásticas e que segundo os seus autores foram recusadas por várias editoras.
Cara, as vezes penso que  a maioria dessas editoras, sequer lêem os originais que recebem. Na pior das hipóteses “batem os olhos” na introdução e param por aí. Esta é a única explicação plausível que eu encontro para tantas porcarias – geralmente de escritores americanos ou europeus - publicadas com grande estardalhaço e que não chegam aos pés dos originais ‘rejeitados’ que eu li.
Fazer o que? Só resta torcer para que as nossas grandes editoras passem a tratar com mais carinho e atenção os enredos que recebem de novos autores, aqui da terrinha, para serem analisados. Com certeza, esses editores  estão perdendo jóias raríssimas e de uma maneira displicente, ingênua e me desculpem a sinceridade, até mesmo burra, deixando passar a oportunidade de ganharem muito dinheiro com as vendas de boas histórias.
Por isso quando descubro que algum escritor tupiniquim conseguiu romper esse preconceito, com certeza comemoro com uma bateria de fogos.
Não poderia deixar de citar as editoras Multifoco, Chiado e Scortecci que são, na minha opinião, as únicas que ainda procuram dar uma chance para o novos talentos da escrita no Brasil. Pelo menos, por enquanto, elas ainda não aderiram a febre  das publicações de s youtubers.
Vinícius Varzim Cabistany
Torço muito por esses jovens escritores que lutam por um lugar ao sol e procuro ajudá-los, na medida do possível. Bem, mas vamos ao que interessa. Tem novo escritor brasileiro no pedaço que conseguiu publicar o seu livro. Trata-se de Vinicius Varzim Cabistany. Recebi o pdf da obra e apesar de ter parado de ler romances digitais, pois tenho que priorizar as obras físicas que recebo, resolvi acrescentar “Vince – A Busca de um Caminho” em minha lista de leitura. Confesso que fiz uma leitura dinâmica do pdf, mesmo assim, gostei.
“Vince – A Busca de um Caminho” é uma obra infanto-juvenil muito interessante. É o  primeiro volume de uma trilogia, ambientada em um mundo fantástico onde  os três protagonistas, Vince, Tom e Mike, são arrastados para uma realidade totalmente diferente do cotidiano
em que viviam, sendo obrigados a lutar pela sobrevivência e ao mesmo tempo, encontrar um caminho de volta para casa. Os três adolescentes precisam lidar com a realidade de viver em uma região vasta, tão bela quando perigosa e aparentemente esquecida do resto do mundo.
O autor busca o apoio de dragões e outros animais excêntricos, além de muitas peripécias, fugas e desafios  para deixar o enredo bem mais interessante. E consegue.
Os cenários incluem florestas densas, pântanos estéreis, desertos
escaldantes e até um castelo misterioso. A jornada avança motivada pela inabalável esperança de encontrar ajuda ou mesmo pistas que possam indicar um caminho a ser seguido.
Ao final, a procura culmina no objetivo traçado, logo nos primeiros diálogos, onde todos concordam em alcançar o ponto mais alto do vale.
O caminho até lá reserva surpresas incríveis, de encontros com criaturas
desconhecidas  à  descobertas  surpreendentes sobre o  vale, mas também revela a face mais egoísta de cada personagem.
Gostei do ritmo da narrativa e com certeza os leitores que apreciam histórias de aventura com muita adrenalina irão aprovar o lançamento do selo ‘Desfecho Romances’ da editora Multifoco.
Vinicius Cabistany nasceu em Rondonópolis e atualmente reside em Campos Grande (MS). É biólogo e professor de ciências naturais e segundo ele, viu na natureza das diferentes regiões onde viveu, os cenários perfeitos para as narrativas de “Vince – A Busca de um Caminho”.
Boa leitura. Acredito que irão gostar. 





O Jogo do Anjo (2º volume da saga O Cemitério dos Livros Esquecidos)

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Estava com um receio enorme em iniciar a leitura de “O Jogo do Anjo”. Tinha acabado de ler “A Sombra do Vento” e acreditava que Carlos Ruiz Zafón não iria conseguir escrever uma sequência tão boa quanto o primeiro livro da saga “O Cemitério dos Livros Esquecidos”. E advinha? Eu estava errado. Muito errado. Zafón conseguiu criar um enredo tão envolvente quanto “A Sombra do Vento”.
Apesar de ter escrito uma história com elementos sobrenaturais, fugindo das características de “A Sombra do Vento” que tinha um clima mais realista, o autor consegue prender da atenção do leitor da primeira a ultima página.
O sucesso de “O Jogo do Anjo” deve-se em grande parte a elaboração fantástica de seus personagens principais. Caraca, como Zafón é bom nisso! David Martin - o atormentado e talentoso escritor que para fugir de seu destino nada promissor decide, supostamente, vender a sua alma ao diabo – é o personagem mais instigante já criado por Zafón. Em determinados momentos, você o considera um verdadeiro calhorda, em outros, o melhor dos seres humanos. A partir do instante em que o leitor vai conhecendo a vida cheia de agruras e rejeições do personagem, inclusive dentro de seu lar com os próprios pais, passa a ter uma maior identificação com ele e até mesmo compreender algumas de suas atitudes menos comuns.
A minha admiração por Zafón vem da sua capacidade em conseguir transformar personagens pequenos em verdadeiros gigantes, como por exemplo Dom Basílio e Victor Grandes. O primeiro, subdiretor de um jornal decadente onde Martin começa a trabalhar e o segundo, um inspetor da polícia de Barcelona que fica nos calcanhares do protagonista após a ocorrência de uma onda de assassinatos estranhos na cidade.
Dom Basílio dá os ares de sua graça em poucas páginas, mas conquista o leitor com a sua antipatia de fachada, porque na realidade, ele é dono de um grande coração. Juro que ele com aquele inseparável lápis vermelho rabiscando os textos de seus redatores, encontrando erros existentes ou inexistentes, lembrou um antigo ex-editor que trabalhou comigo. Quanto a Victor Grandes, Zafón guarda um grande Ás na manga, dando uma reviravolta na vida do personagem, deixando o leitor de queixo caído. Ele começa pequeno e desinteressante na trama, mas de repente: Booom!! O personagem dá uma quinada de 360 graus, revelando um grande segredo.
Se você adorou as reviravoltas no enredo de “A Sombra do Vento”, com certeza, irá gostar de “O Jogo do Anjo” que segue a mesma linha. Quando tudo parece caminhar para um desfecho normal, envolvendo determinado personagem, eis que vem a surpresa e o que você pensava ser o óbvio, acaba se transformando em algo totalmente inesperado. Este estilo de escrita do autor espanhol faz com que o leitor se transforme num devorador de páginas, atravessando madrugadas lendo o livro; como eu fiz.
Em “O jogo do Anjo” você também terá a oportunidade de conhecer, em detalhes, a vida de Isabella, a mãe de Daniel Sempere, um dos protagonistas de “A Sombra do Vento”. Zafón resgata as origens da personagem, mostrando como foi a sua infância e adolescência e ainda como ela conheceu Sempere, o pai de Daniel. É prazeroso entrarmos na intimidade dos “pais adolescentes” de Daniel Sempere. Vale lembrar que todos esses personagens cruzam os seus destinos com o de David Martin.
A história de “O Jogo do Anjo” se passa bem antes de “A Sombra do Vento”, no primeiro ano do século XX.  O autor narra a saga do escritor David Martin que logo ao nascer, já começou a tomar golpes da vida. Seu pai, segurança de um jornal em Barcelona, morreu assassinado na porta da redação quando o autor ainda era uma criança. O jeito para a escrita logo se manifestou, mas as oportunidades nunca estiveram à altura do potencial do rapaz. As pancadas em sua vida continuaram acontecendo com freqüência, entre as quais, a perda de seu grande amor que foi parar nos braços de seu melhor amigo.
Aos 28 anos, cínico, habituado a vender barato o seu talento, vivendo sozinho num casarão em ruínas, David se descobre doente e com pouco tempo de vida. É quando resolve fazer um pacto com um  misterioso personagem que surge em sua vida, prometendo muito dinheiro e o restabelecimento de sua saúde. Este pacto terá grandes conseqüências na vida do personagem. Boas ou más? Só lendo o livro para saber.
O que posso dizer é que a história tem um final inesperado.
Podem conferir, sem medo.


DarkSide relança Creepshow, obra rara de Stephen King

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Lá pelos meus 20 anos, assisti a um filme no cinema de minha cidade que arrastou um grande numero de garotos. O Cine São Salvador tornou-se pequeno para receber toda a galera. Anos depois, na fase dos famosos e saudosos VHS’s, loquei o mesmo filme e deliciei-me novamente. Não satisfeito, há pouco tempo, sai desesperadamente a procura dos quadrinhos sobre o filme e... decepção: todos eles esgotados e assim;  acabei voltando para casa de mãos vazias.
E agora, após décadas, uhauuuuu!!!! Finalmente poderei realizar o meu desejo de consumo. A DarkSide, editora especializada no lançamento de livros de terror já colocou no mercado uma verdadeira lenda: Creepshow. E aí? Conhecem? Se você faz parte da minha geração, com certeza deve se lembrar e também  cultuar esta famosa histórias em quadrinhos do mestre da literatura de terror, Stephen King.
Deixe-me contar um pouquinho da história de Creepshow. Garanto que valerá a pena. Lá pelos idos de 1982, o grande mestre do terror, já famosíssimo na época, propôs ao seu grande amigo George Romero - considerado uma verdadeira lenda por causa de sua obra prima “A Hora dos Mortos Vivos” (1968) – um projeto cinematográfico onde ele, King, escreveria o roteiro e Romero, entraria com a direção. Resultado: o nascimento de um dos filmes de terror mais idolatrados de todos os tempos.
Participação de Stephen King no conto "A Morte Solitária de Jordy Verrill"
“Creepshow” chegou ao primeiro lugar de todas as bilheterias mundiais, enfim, um estrondoso sucesso de crítica e público. A obra cinematográfica dos dois amigos gastou poucos recursos e arrecadou muito dinheiro. O sucesso fez com que Romero e King se unissem novamente em uma continuação, “Creepshow 2: Show de Horrores”, em 1987, cinco anos depois do sucesso do primeiro filme, mas sem o mesmo impacto do projeto original.
No mesmo ano do lançamento do primeiro filme, ou seja, 1982, King decidiu transformar o roteiro de “Creepshow” numa história em quadrinhos. Para fazer as ilustrações, ele chamou outro amigo, mais uma  fera chamado Bernie Wrighston que algum tempo depois trabalharia em outro projeto literário do autor, o emblemático “A Hora do Lobisomem”.
A história em quadrinhos foi lançada pela Penguin Books e à exemplo do filme se tornou um sucesso instantâneo de vendas. O gibi de 64 páginas trazia a segunda incursão de  King ao universo dos quadrinhos. O autor já havia feito uma experiência em Bizarre Tales, da Marvel, em dezembro de 1981 em um conto com arte de Walt Simonson, deixando evidente que sempre manteve ligações a grandes nomes em seus projetos, seja nos quadrinhos ou no cinema.
A HQ “Creepshow” vendeu tanto, mas tanto que acabou se esgotando, entrando para o rol das obras extintas, deixando com água na boca muitos fãs do mestre do terror que, assim, tiveram de se contentar apenas com o filme. Inclusive, vale à pena lembrar que para aqueles que já assistiram a produção cinematográfica não haverá surpresas, já que a HQ foi adaptada literalmente do roteiro do filme. Mas galera... confesso que nada disso interessa. Eu quero é ter os dois!
Parte do meu sonho já foi  realizado há muito tempo quando consegui copiar o filme de um amigo, mas quanto a HQ, por estar extinta, a missão era considerada impossível.
George Romero e Stephen King no intervalo das filmagens de Creepshow
Vejam bem, “era”, porque agora, a DarkSide acabou de relançar as cinco histórias de Creepshow com um layout de ‘estontear’ (no bom sentido, é claro) qualquer leitor. Fazem parte do pacote: capa dura, ilustrações originais de Wrighston, papel de qualidade, enfim, um design de arrepiar, bem ao estilo da DarkSide.
Confiram o resumo das cinco histórias de “Creepshow”:
Na primeira, chamada "Dia dos Pais", um velho demente decide voltar a vida, após sete anos de sepultura, para comer o bolo de Dia dos Pais e vingar-se da filha que o matou, pois não suportava mais o seu jeito bruto.
No 2º conto, "A Morte Solitária de Jordy Verrill", que na adaptação cinematográfica contou coma presença de Stephen King, um pequeno agricultor vê  um meteorito cair nas suas terras. Ele pensa então em vendê-lo por 200 dólares para poder pagar as dívidas, mas ao tocar no meteorito contrai algo que gradativamente o transforma numa planta. Além disso um líquido que sai do meteorito faz a vegetação ao redor da sua casa crescer de forma assustadora.
No 3º conto, "Indo com a Maré", Richard Vickers, um vingativo marido , enterra a sua esposa e o amante dela na praia. Ambos ficam enterrados na areia até o pescoço para que sejam afogados pela maré, mas algo de imprevisto acontece, pois os amantes voltam como mortos-vivos afogados dispostos a se vingar na mesma moeda.
No 4º conto, "A Caixa", Mike é o segurança de uma faculdade, que liga para o seu professor dizendo  que achou uma caixa de 1834 escondida debaixo da escada. O mestre vai ao seu encontro e, ao abrirem a caixa, surge uma aterradora criatura que mata Mike. Apavorado com o sucedido, o professor sai a procura de auxilio, mas o seu pesadelo está apenas começando.
Na última história, "Vingança Barata", um intratável milionário que tem mania da limpeza, é atacado por uma infinidade  de baratas.
Beleza? Então corram e comprem logo esse presentão... para você.
Detalhes técnicos
Autor: Stephen King
Páginas: 64
Edição: 1ª
Tipo de Capa: Capa Dura
Formato: Livro
Editora: Darkside Books
Ano: 2017

Gênero: Terror

Acidente com o Fokker 100 da TAM que deixou 99 mortos em São Paulo completa 21 anos. Confira dois livros sobre a tragédia

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Há exatos 21 anos, eu acompanhava aturdido pela televisão a queda do Fokker 100 da TAM sobre oito casas no bairro do Jabaquara, em São Paulo. A tragédia  que deixou um saldo de  99 mortos – todos os passageiros e tripulantes da aeronave, totalizando 96 pessoas, além de outras três vitimas que estavam em terra – chocou todo o País.
O voo 402 decolou às 8h26 do dia 31 de outubro de 1996 do Aeroporto de Congonhas com destino ao Rio de Janeiro e caiu 24 segundos depois.
Segundo as investigações, a queda do avião foi provocada por uma falha no reversor da turbina direita (freio aerodinâmico) que abriu durante a decolagem, um erro cuja chance de ocorrer seria, segundo projeções da fabricante, da ordem de um em 100 bilhões.
Ao se aproximar da rua onde caiu, a cerca de 2 km do aeroporto, o avião esbarrou em um prédio na esquina com a Avenida Jarupari, próximo à Escola Estadual Doutor Ângelo Mendes de Almeida.
A asa direita do avião cortou parte de um outro prédio na esquina da Rua Luís Orsini de Castro. A aeronave ainda levou o telhado de um sobrado, no número 40 da mesma rua, onde fez a primeira vítima em terra. O avião caiu no lado ímpar da rua, nas oito casas entre os números 59 e 125. Duas vítimas que estavam no solo morreram no número 77.
Cara, ainda me lembro da fila de corpos cobertos com sacos pretos, todos eles estendidos na rua numa fila macabra e ao mesmo tempo triste. Chorei muito. Aliás, decorridas mais de duas décadas do acidente, ainda me emociono.
Após o acidente com o avião da TAM em 1996,  foram publicados dois livros sobre o assunto. Confiram:
01 – Perda Total (Ivan Sant’Anna)
O escritor, que é piloto amador e trabalhava no mercado financeiro, passou cerca de três anos e meio pesquisando a fundo para reconstituir passo a passo três dos maiores, e mais recentes, acidentes da aviação nacional: o TAM 402, o GOL 1907 e o TAM 3054, que juntos interromperam quase 450 vidas num espaço de dez anos.
Apesar de “Perda Total” não ser um livro que aborde exclusivamente os fatos relacionados ao acidente envolvendo o vôo 402 da TAM, os leitores interessados nessa tragédia irão encontrar muitas informações interessantes.
No livro, ele transcreve, por exemplo, o diálogo final e as últimas ações dos pilotos, que mostra que o tempo inteiro eles trabalharam em cima de um erro - já que tentavam solucionar um problema no autothrottle (acelerador automático) que não existia, já que a falha foi no reverso (uma espécie de freio). Segundo o autor, este e outros detalhes que estão na obra, não são exatamente novidades, mas coisas que foram descobertas anos depois dos acidentes e que muitas deixaram de ser divulgadas ou não tiveram repercussão.
Além das gravações de caixas pretas das três aeronaves, com todas as falas das cabines e os dados técnicos dos vôos, a  pesquisa realizada por Sant’Anna incluiu também os relatórios do Cenipa (Centro de Investigação e Prevensão de Acidentes Aeronáuticos, da FAB).
A obra foi muito elogiada por pilotos e experts em aviação, por isso, acredito que vale a pena ser lida.
Autor: Ivan Sant’Anna
Editora: Objetiva
Ano da edição: 2011
Páginas: 304
Acabamento: Brochura
02 – O Dia Que Mudou Minha Vida (Sandra Assali)
Quando há mais de 20 anos vi pela TV a queda do Fokker 100 da TAM, o meu pensamento se voltou de maneira instantânea para os familiares das vítimas. Putz! Como vai ficar a situação daquelas pessoas que dependiam das vítimas para a sua sobrevivência? Elas serão indenizadas ou não? Esta indenização vai demorar? Como elas ou eles irão fazer até lá? Enfim, como será feito o gerenciamento das crises de tantas pessoas após a queda do avião?
O acidente com o vôo 402 da TAM provocou catástrofes em várias famílias com filhos perdendo os pais, esposas perdendo os maridos ou vice e versa, empresas que perderam seus líderes. Cara, foi uma cadeia de catástrofes.
E ninguém melhor do que uma pessoa que esteve envolvida  no centro dessa catástrofe para ‘falar’ sobre o sinistro e principalmente orientar todos os familiares das vítimas.
Assali é uma das viúvas do vôo 402. Ela perdeu o marido, José Rahal Abu Assali. Para superar o trauma da perda repentina, criou a Abrapavaa (Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos), da qual é presidente até hoje.
A associação revolucionou o sistema de indenizações às famílias das vítimas.  Na época, 64 famílias se uniram para entrar com processo na justiça dos Estados Unidos, país do fabricante do reverso do Fokker 100 --equipamento do avião que apresentou problema e foi um dos principais fatores do acidente.
Antes mesmo de uma decisão judicial, Sandra afirma que as famílias assinaram acordos extra-judiciais entre US$ 800 mil e US$ 1,5 milhão (entre R$ 2,5 milhões e R$ 4,7 milhões na cotação atual).
“O Dia Que Mudou Minha Vida dá detalhes de como está sendo realizado esse gerenciamento da crise envolvendo uma das maiores tragédias da aviação em nosso País.
Autor: Sandra Assali
Editora: Independente (Sandra Assali)
Ano da edição: 2016
Páginas: 229 (Tamanho do arquivo: 1849 KB)

Acabamento: eBook Kindle

A Escrava Isaura

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Resenhar “A Escrava Isaura” de Bernardo Guimarães é complicado... muito complicado. Com certeza se analisá-lo de uma maneira crítica, esquecendo-me de sua veia folhetinesca, irei levar alguns açoites no lombo – pois nem todos os leitores poderão concordar com as minhas colocações – por outro lado, se me ater apenas as peripécias, dramas e romances envolvendo os seus personagens, corro o risco de levar outros acoites no mesmo lombo, agora por acharem que estou sendo superficial e ingênuo. Resumindo: as lambadas chegarão de qualquer maneira. Portanto – como já dizia Kid Tourão, ‘perdido por perdido, truco!’. Irei escrever sobre essas duas vertentes da obra.
Talvez o que eu exponha agora, possa chocar alguns defensores da obra de Bernardo Guimarães. Assim, me desculpem aqueles que consideram “A Escrava Isaura” uma obra anti-escravagista ou abolicionista. Eu não penso dessa maneira. Vejam bem, o autor coloca como heroína em plena campanha abolicionista - período em que os escravos negros eram maltratados e torturados por seus senhores - uma escrava branca, bonita, educada e que ainda toca piano e se veste bem. Em contraste, temos Rosa – uma das antagonistas de Isaura. Ela é negra, bem menos bonita, ardilosa, vingativa e invejosa. Capiche? Todas as virtudes ficam com a escrava branca e todos os defeitos ficam a escrava negra.
O autor faz questão de ressaltar de maneira exaustiva a beleza pura e branca de Isaura. Isto fica evidente em vários trechos da obra, onde Guimarães enaltece a sua pele branca como marfim e sem nenhum traço africano. Cara, se pensarmos bem, não havia nada em Isaura que a denunciasse como escrava.
Outra escolha do autor foi se deter muito pouco aos sofrimentos provocados nos negros durante o  regime escravocrata. Volta e meia aparecem no enredo algumas frases abolicionistas, mas de pouca significância. A história tenta camuflar tudo isso com muito drama, perseguições e romances proibidos entre os seus personagens.
Desta maneira, não posso concordar com as pessoas que comparam “A Escrava Isaura” com “A Cabana do Pai Tomás” de Harriet Beecher Stowe, escrito em 1851 - 24 anos antes da obra de Guimarães – quando a escravidão ainda imperava nos Estados Unidos com o contrabando de escravos apoiado por muitos senhores do Norte. Foi nesta época que o livro de Harriet Stone caiu como uma bomba mandando para os ares toda e qualquer pretensão a favor da escravidão.
“A Cabana do Pai Tomás” teve um papel relevante na libertação dos escravos nos Estados Unidos, acordando as consciências dos americanos para a iniquidade da escravatura. A obra é um relato nu e cru das mazelas enfrentadas pelos negros, vítimas do regime escravocrata americano. Um verdadeiro libelo contra a escravatura.
Já, “A Escrava Isaura” pisa em ovos. A impressão que tive é que o autor não queria provocar a fúria de seus leitores mais conservadores do século XIX  por isso acabou optando por apenas cutucar o regime e não dar a estocada fatal. Acredito que Guimarães escreveu um livro com o objetivo de atingir o publico alvo daquela época (1875) formado por mulheres e moçoilas da sociedade que raramente saíam de suas casas desacompanhadas e por isso tinham, somente, como diversão ficar cosendo ou lendo histórias de amor.
O livro é ruim por não ser tão crítico e ácido quanto a “Cabana do Pai Tomás”? Jamais. “A Escrava Isaura” é um  romance muito bem escrito e com diálogos maravilhosamente construídos e que deu ao seu autor a fama merecida.
O meu conselho é que não leiam a obra como instrumento anti-escravagista, mas simplesmente como um romance muito bem escrito. Se olharem por essa ótica, irão apreciá-lo muito. Praticamente, irão devorá-lo como eu devorei.
O enredo, que se passa durante os primeiros anos do reinado de D. Pedro II, em resumo, conta a história de Isaura, escrava branca, bonita, bem vestida e educada que é assediada por Leôncio, seu cruel senhor, recém casado com Malvina. Como Isaura se recusa a ceder aos apelos de Leôncio, ele a manda para a senzala trabalhar com outras escravas. Vale lembrar que a mãe de Isaura também sofreu na pele toda a tirania da família de Leôncio, para ser mais exato, de seu pai que por não conseguir conquistar, a força, o seu amor acabou por submetê-la a um tratamento tão cruel que matou a pobre mulher.
Boa leitura, mas sem olhares críticos.

Inté!

Os 10 livros de ficção mais vendidos em outubro de 2017

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E aí galera, tudo bem? No post de hoje vamos conferir os livros mais vendidos no mês de outubro. Pois é, já começamos subir os degraus da escadaria de novembro, mas nem por isso somos obrigados a esquecer o mês passado que, pelo menos para nós leitores, foi muito positivo.
O objetivo dessa postagem é servir de referencia para todos os ‘internautas-leitores’- que acompanham o nosso blog – no momento de comprar as suas cotas mensais ou bimestrais de livros. E vamos a elas!
Ah! Antes que me esqueça procurei utilizar o site da revista Veja que semanalmente publica o seu toplist com os livros mais vendidos. Como tenho o hábito de arquivar esse ‘paradão lietrário’ todas as semanas, foi fácil fazer uma média das 10 obras mais vendidas em outubro. Quero frisar que a maioria das sinopses foi fornecida pelas editoras.
01º Lugar:  Origem (Dan Brown)
Editora: Arqueiro
Sinopse: De Onde Viemos? Para Onde Vamos? Robert Langdon, o famoso professor de Simbologia de Harvard, chega ao ultramoderno Museu Guggenheim de Bilbao para assistir a uma apresentação sobre uma grande descoberta que promete “mudar para sempre o papel da ciência”. O anfitrião da noite é o futurólogo bilionário Edmond Kirsch, de 40 anos, que se tornou conhecido mundialmente por suas previsões audaciosas e invenções de alta tecnologia. Um dos primeiros alunos de Langdon em Harvard, há 20 anos, agora ele está prestes a revelar uma incrível revolução no conhecimento… algo que vai responder a duas perguntas fundamentais da existência humana. Os convidados ficam hipnotizados pela apresentação, mas Langdon logo percebe que ela será muito mais controversa do que poderia imaginar. De repente, a noite meticulosamente orquestrada se transforma em um caos, e a preciosa descoberta de Kirsch corre o risco de ser perdida para sempre. Diante de uma ameaça iminente, Langdon tenta uma fuga desesperada de Bilbao ao lado de Ambra Vidal, a elegante diretora do museu que trabalhou na montagem do evento. Juntos seguem para Barcelona à procura de uma senha que ajudará a desvendar o segredo de Edmond Kirsch. Em meio a fatos históricos ocultos e extremismo religioso, Robert e Ambra precisam escapar de um inimigo atormentado cujo poder de saber tudo parece emanar do Palácio Real da Espanha. Alguém que não hesitará diante de nada para silenciar o futurólogo. Numa jornada marcada por obras de arte moderna e símbolos enigmáticos, os dois encontram pistas que vão deixá-los cara a cara com a chocante revelação de Kirsch… e com a verdade espantosa que ignoramos durante tanto tempo.
02º Lugar:  A Coisa (Stephen King)
Editora: Suma de Letras
Sinopse: Durante as férias escolares de 1958, em Derry, pacata cidadezinha do Maine, Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly aprenderam o real sentido da amizade, do amor, da confiança e... do medo. O mais profundo e tenebroso medo. Naquele verão, eles enfrentaram pela primeira vez a Coisa, um ser sobrenatural e maligno que deixou terríveis marcas de sangue em Derry. Quase trinta anos depois, os amigos voltam a se encontrar. Uma nova onda de terror tomou a pequena cidade. Mike Hanlon, o único que permanece em Derry, dá o sinal. Precisam unir forças novamente. A Coisa volta a atacar e eles devem cumprir a promessa selada com sangue que fizeram quando crianças. Só eles têm a chave do enigma. Só eles sabem o que se esconde nas entranhas de Derry. O tempo é curto, mas somente eles podem vencer a Coisa. Em 'It - A Coisa', clássico de Stephen King em nova edição, os amigos irão até o fim, mesmo que isso signifique ultrapassar os próprios limites.
03º Lugar:  Os outros jeitos de usar a boca (Rupi Kaur)
Editora: Planeta
Sinopse: “Outros jeitos de usar a boca” é um livro de poemas sobre a sobrevivência. Sobre a experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade. O volume é dividido em quatro partes, e cada uma delas serve a um propósito diferente. Lida com um tipo diferente de dor. Cura uma mágoa diferente. Outros jeitos de usar a boca transporta o leitor por uma jornada pelos momentos mais amargos da vida e encontra uma maneira de tirar delicadeza deles. Publicado inicialmente de forma independente por Rupi Kaur, poeta, artista plástica e performer canadense nascida na Índia – e que também assina as ilustrações presentes neste volume –, o livro se tornou o maior fenômeno do gênero nos últimos anos nos Estados Unidos, com mais de 1 milhão de exemplares vendidos.
04º Lugar:  O Homem mais inteligente da história (Augusto Cury)
Editora: Sextante
Sinopse: “O homem mais inteligente da história” é fruto de 15 anos de estudos e pesquisas. Considerado por Augusto Cury a obra mais importante de sua carreira, este é o primeiro volume de uma nova coleção lançada pelo escritor. Psicólogo e pesquisador, Dr. Marco Polo desenvolveu uma teoria inédita sobre o funcionamento da mente e a gestão da emoção. Após sofrer uma terrível perda pessoal, ele vai a Jerusalém participar de um ciclo de conferências na ONU e é confrontado com uma pergunta surpreendente: Jesus sabia gerenciar a própria mente? Ateu convicto, Marco Polo responde que ciência e religião não se misturam. No entanto, instigado pelo tema, decide analisar a inteligência de Cristo à luz das ciências humanas. Ele esperava encontrar um homem simplório, com poucos recursos emocionais. Mas ao mergulhar na inquietante biografia de Jesus presente no Livro de Lucas, suas crenças vão sendo pouco a pouco colocadas em xeque. Para empreender essa incrível jornada, Marco Polo vai contar com uma mesa-redonda composta por dois brilhantes teólogos, um renomado neurocirurgião e sua assistente, a psiquiatra Sofia. Juntos, eles irão decifrar os sentidos ocultos em um dos textos mais famosos do Novo Testamento. Os debates são transmitidos via internet e cativam espectadores em todo o mundo – mas nem todos estão preparados para ver Jesus sob uma ótica tão revolucionária. Agora os intelectuais terão que lidar com seus próprios fantasmas emocionais e encarar perigos que jamais imaginaram enfrentar.
05º Lugar:  Coluna de fogo (Ken Follet)
Editora: Arqueiro
Sinopse: “Coluna de Fogo”, do britânico Ken Follett retoma a série que o fez famoso, iniciada com “Pilares da Terra” e seguida por “Mundo Sem Fim”. O enredo se passa em 1558 durante a coroação da Rainha  Elizabeth, no momento em que a Europa está contra a Inglaterra e o extremismo religioso cresce de maneira assustadora. O livro é uma história de amor mesclada com muitos fatos históricos.
Enquanto católicos e protestantes lutam pelo poder, a única coisa que Ned Willard deseja é se casar com Margery Fitzgerald. No entanto, quando os dois se veem em lados opostos do conflito, Ned escolhe servir à princesa Elizabeth da Inglaterra. Assim que Elizabeth ascende ao trono, a Europa inteira se volta contra a Inglaterra e se multiplicam complôs de assassinato, planos de rebelião e tentativas de invasão. Astuta e decidida, a jovem soberana monta o primeiro serviço secreto do país, para descobrir as ameaças com a maior antecedência possível. Ao longo das turbulentas décadas seguintes, o amor de Ned e Margery não arrefece, mas parece cada vez mais fadado ao fracasso. Enquanto isso, o extremismo religioso cresce, gerando uma onda de violência que se alastra de Edimburgo a Genebra. Protegida por um pequeno e dedicado grupo de talentosos espiões e corajosos agentes secretos, Elizabeth tenta se manter no trono e continuar fiel a seus princípios. 
06º Lugar:  O livro dos ressignificados (João Doederlein)
Editora: Paralela
Sinopse: Antes aprisionadas na formalidade dos dicionários, palavras como “girassol”, “Deus”, “sonho”, “tatuagem”, “cafuné” e muitas outras são libertadas por João Doederlein — que assina com o pseudônimo AKAPoeta — neste seu primeiro livro. Elas são repensadas a partir das experiências pessoais do autor, de vinte anos, e de sua geração, mesclando romantismo bem resolvido, paixão, isolamento e um dia a dia que respira tecnologia e cultura pop. Combinando textos que se tornaram sucesso nas redes sociais com material inédito, o autor acha novos significados para os signos do zodíaco, para clichês indispensáveis como “paixão” e “saudade” e para as atualíssimas “match” e “crush”. Uma história de amor correspondido entre um jovem e sua musa — a escrita.
07º Lugar:  A dança dos dragões (George R.R. Martin)
Editora: Leya
Sinopse: “A Dança dos Dragões” é o quinto volume da saga “As Crônicas de Gelo e Fogo” idealizada pelo autor norte-americano, George R.R. Martin. retoma a história onde “A Tormenta de Espadas” terminou, e corre simultaneamente com os eventos de “O Festim dos Corvos”. A Guerra dos Cinco Reis parece estar acabando. No Norte, Rei Stannis Baratheon se instalou na Muralha e pretende ganhar o apoio dos nortenhos para continuar sua luta para obter o Trono de Ferro. Na Muralha, Jon Snow foi eleito como o nongentésimo nonagésimo oitavo Senhor Comandante da Patrulha da Noite, mas possui inimigos na própria Patrulha, e Para Lá da Muralha. Tyrion Lannister atravessou o Mar Estreito até Pentos, mas seus futuros objetivos são desconhecidos até mesmo para ele. Na Baía dos Escravos, Daenerys Targaryen conquistara a cidade de Meereen, e decide ficar e governar a cidade, aprimorando suas habilidades de liderança, que serão necessárias quando ela viajar para Westeros. Mas a presença de Daenerys é conhecida agora por muitos, e das Ilhas de Ferro, Dorne, Vilavelha e das Cidades Livres, emissários partiram para encontrá-la e usarem sua causa para seus próprios fins...
08º Lugar:  Depois de você (Jojo Moyes)
Editora: Intrínseca
Sinopse:  “Depois de Você” é a sequência da história que conta o relacionamento entre Will Traynor e Louisa Clarke em “Como eu era antes de você”.  Nesta continuação, Lou ainda não superou a perda de Will. Morando em um flat em Londres, ela trabalha como garçonete em um pub no aeroporto. Certo dia, após beber muito, Lou cai do terraço. O terrível acidente a obriga voltar para a casa de sua família, mas também a permite conhecer Sam Fielding, um paramédico cujo trabalho é lidar com a vida e a morte, a única pessoa que parece capaz de compreendê-la.
Ao se recuperar, Lou sabe que precisa dar uma guinada na própria história e acaba entrando para um grupo de terapia de luto. Os membros compartilham sabedoria, risadas, frustrações e biscoitos horrorosos, além de a incentivarem a investir em Sam. Tudo parece começar a se encaixar, quando alguém do passado de Will surge e atrapalha os planos de Lou, levando-a a um futuro totalmente diferente.
09º Lugar:  O conto da aia (Atwood Margaret)
Editora: Rocco
Sinopse:  Escrito em 1985, o romance distópico O conto da aia, da canadense Atwood, ganhou, no mês de junho, uma nova edição pela editora Rocco. E nova edição quer dizer novo projeto gráfico com uma capa espetacular. Não li o livro, mas tive oportunidade de sentir a sua textura nas mãos. Neste ponto, fantástico!  A obra inspirou a série homônima  produzida pelo canal de streaming Hulu. O enredo de Atwood é ambientado num Estado teocrático e totalitário em que as mulheres são vítimas preferenciais de opressão, tornando-se propriedade do governo.
Neste futuro distópico, não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes. As universidades foram extintas. Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no Muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. Para merecer esse destino, não é preciso fazer muita coisa – basta, por exemplo, cantar qualquer canção que contenha palavras proibidas pelo regime, como “liberdade”.  Nesse Estado totalitário, as mulheres tem apenas a função de procriar. Elas são transformadas em aias e entregues a algum homem casado do alto escalão do exército, sendo obrigadas a fazer sexo com eles até engravidar. Depois de dar à luz, elas amamentam a criança por alguns meses, sendo o bebê propriedade do casal que as escravizou, e então são entregues a outro homem, agora com outro nome – Offred significa “of Fred” (“de Fred”) ou “pertencente ao homem chamado Fred”. Assim, ao longo da vida, uma aia pode ter vários donos e, portanto, vários nomes: Ofglen, Ofcharles, Ofwayne...
10º Lugar:  A irmã da pérola (Lucinda Riley)
Editora: Arqueiro
Sinopse:  “A irmã da pérola”, da escritora holandesa Lucinda Riley, é o quarto volume da série As Sete Irmãs, onde duas jovens de séculos diferentes têm seus destinos cruzados numa história sobre amor, arte e superação.
Ceci D’Aplièse sempre se sentiu um peixe fora d’água. Após a morte do pai adotivo e o distanciamento de sua adorada irmã Estrela, ela de repente se percebe mais sozinha do que nunca. Depois de abandonar a faculdade, decide deixar sua vida sem sentido em Londres e desvendar o mistério por trás de suas origens. As únicas pistas que tem são uma fotografia em preto e branco e o nome de uma das primeiras exploradoras da Austrália, que viveu no país mais de um século antes.
A caminho de Sydney, Ceci faz uma parada no único local em que já se sentiu verdadeiramente em paz consigo mesma: as deslumbrantes praias de Krabi, na Tailândia. Lá, em meio aos mochileiros e aos festejos de fim de ano, conhece o misterioso Ace, um homem tão solitário quanto ela e o primeiro de muitos novos amigos que irão ajudá-la em sua jornada.
Ao chegar às escaldantes planícies australianas, algo dentro de Ceci responde à energia do local. À medida que chega mais perto de descobrir a verdade sobre seus antepassados, ela começa a perceber que afinal talvez seja possível encontrar nesse continente desconhecido aquilo que sempre procurou sem sucesso: a sensação de pertencer a algum lugar.

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